A antiga candidata presidencial da União Nacional (RN), Marine Le Pen, defendeu, esta sexta-feira, que o Presidente francês, Emmanuel Macron, se deve demitir se a coligação centrista do seu partido, Renascença, obtiver um mau resultado nestas eleições legislativas, que convocou após a derrocada eleitoral nas europeias. “Tudo o que resta ao Presidente é a demissão para potencialmente sair de uma crise política.”

Em declarações às televisões num evento partidário em Courrières, Marine Le Pen salientou é uma “constatação” e não um “pedido”, atirando uma possível demissão para Emmanuel Macron: “Fará exatamente o que quiser”.

“Não estou a pedir a demissão de Emmanuel Macron. Respeito as instituições. Apenas noto que, quando há um bloqueio político, quando há uma crise política, há três possibilidades”, assinalou Marine Le Pen, enumerando as três hipóteses: “Remodelação, dissolução ou a demissão”.

Marine Le Pen explicou seguidamente os três cenários: “A remodelação, nestas circunstâncias, não me parece útil. A dissolução acaba de ser realizada. O Presidente, portanto, só terá de renunciar para sair de uma crise política”.

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Não obstante, Emmauel Macron já garantiu por várias vezes que não se demitirá em caso de um mau resultado. Numa conferência de imprensa durante a semana passada, o Presidente francês classificou como “absurda” essa possibilidade. “A eleição ficou decidida em 2022. É para cinco anos. Isso está claro.”