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O líder do partido francês Republicanos, Eric Ciotti, denunciou esta segunda-feira que o Presidente francês e o líder da França Insubmissa (LFI, esquerda radical), Jean-Luc Mélenchon, estão a selar uma “aliança” para a segunda volta das eleições.

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Segundo Ciotti, vários candidatos da coligação Juntos (Ensemble, em francês) do Presidente francês, Emmanuel Macron, e outros da Nova Frente Popular — coligação de esquerda que reúne a LFI, o Partido Socialista, os Ecologistas e o Partido Comunista — estão neste momento a renunciar para concentrar votos contra a extrema-direita, “perante o olhar espantado de milhões de franceses“.

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O presidente do partido conservador francês decidiu unilateralmente a formação de uma coligação com o RN de Marine Le Pen, sem pedir o acordo da direção política do partido, que tem tentado destituí-lo sem sucesso e apresentou os seus candidatos para a primeira volta das eleições legislativas, alguns dos quais nos mesmos círculos eleitorais que os da coligação firmada por Ciotti.

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De acordo com Eric Ciotti, em alguns casos, os candidatos do Juntos estão a desistir para tentar concentrar o voto nos candidatos da Nova Frente Popular que “negam o ataque antissemita” perpetrado pelo grupo islamita Hamas em 7 de outubro contra Israel e que, alegadamente, lançam lemas contra os judeus.

O RN, cujo candidato principal é Jordan Bardella, venceu a primeira volta das eleições, no domingo, com 33,15% dos votos, à frente da Nova Frente Popular (28,14%) e da coligação presidencial (21,27%).

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Estas três forças vão disputar a maioria dos círculos eleitorais na segunda volta das eleições legislativas convocada para o próximo domingo, 7 de julho.

A Nova Frente Popular e o Juntos pediram, respetivamente, aos seus candidatos que se retirassem dos círculos eleitorais onde ficaram em terceiro lugar, facilitando assim uma possível concentração do voto para impedir que o RN tenha mais votos e atinja a maioria absoluta no parlamento francês.