O novo Governo do Reino Unido esteve reunido pela primeira vez este sábado de manhã, dois dias após os trabalhistas terem conseguido uma vitória que acabou com 14 anos de domínio conservador, com garantias de que existe “muito trabalho pela frente” e “decisões difíceis” a tomar. Keir Starmer, que disse já se estar a “habituar” ao título de primeiro-ministro, afirmou que foi uma “honra e um privilégio” ser “convidado pelo Rei a formar governo”.

Em Downing Street, junto aos governantes que já foram nomeados, como Angela Rayner (vice-primeira-ministra e ministra da Habitação), Yvette Cooper (ministra da Administração Interna), Rachel Reeves (ministra das Finanças) ou Wes Streeting (ministro da Saúde), o novo líder britânico estabeleceu as prioridades para os próximos meses e salientou que o trabalho do executivo já começou.

De acordo com a Sky News, no topo da agenda do novo governo estão objetivos que constavam num manifesto do Partido Trabalhista, como, por exemplo, garantir a estabilidade económica, reduzir o tempo de espera do serviço nacional de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês), recrutar 6.500 novos professores e combater a imigração ilegal através do lançamento de um novo comando de segurança das fronteiras para impedir travessias de barco.

Após a reunião, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro britânico indicou que este é um Partido Trabalhista “mudado” e disse que existe a expectativa de que o novo governo “faça as coisas de forma diferente”. Além disso, avisou, desde logo, que será necessário “tomar decisões difíceis” — e “cedo”. “Fá-lo-emos com uma honestidade nua e crua”, acrescentou, sem fornecer mais detalhes.

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Uma das imagens da primeira reunião do novo governo britânico

Durante a conferência de imprensa, Keir Starmer avançou ainda que vai começar este domingo uma visita pelos quatro países que compõem o Reino Unido: “Primeiro [visito a] Escócia, depois Irlanda do Norte, depois País de Gales e depois regresso a Inglaterra, onde me vou encontrar com os primeiros-ministros.”

Quanto ao panorama internacional, depois de considerar que a Segurança e a Defesa fazem parte dos “primeiros deveres” do seu governo, Starmer revelou que já falou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para assegurar que o Reino Unido vai continuar a apoiar Kiev. Por outro lado, segundo o The Guardian, disse que também falou com outros líderes mundiais (não revelando quais) desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro e avançou que vai deslocar-se a Washington para participar na cimeira da NATO, que se realiza na próxima semana.