Sebastião Bugalho vai participar numa missão do Partido Popular Europeu de apoio eleitoral às presidenciais da Venezuela, depois do presidente Nicólas Maduro ter vetado a entrada observadores da União Europeia para acompanhar o escrutínio que se realiza a 28 de julho. O porta-voz dos deputados do PSD fará parte de uma pequena comitiva de três eurodeputados do PPE, que inclui o português e mais dois espanhóis, o recém-eleito vice-presidente do Parlamento Europeu Esteban González Pons e o eurodeputado Gabriel Mato.

A missão de acompanhamento, que começará a 26 de julho, não é exatamente o mesmo que uma missão de observação eleitoral e será realizada em resposta a um convite da líder da oposição democrática, Maria Corina Machado e do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. Há um histórico de envolvimento do PPE na questão venezuelana e, em 2019, Paulo Rangel esteve no país após Juan Guaidó se ter autoproclamado presidente do país. Agora é Bugalho a assumir esse papel.

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Sebastião Bugalho destaca, em declarações ao Observador, que a decisão de uma delegação de acompanhamento das eleições que decorrem na Venezuela surge “depois de o regime de Nicólas Maduro rejeitar a presença de uma missão de observação eleitoral da União Europeia”. O eurodeputado do PSD confirma que a deslocação é realizada “a convite da liderança da oposição democrática venezuelana” e por o PPE acreditar “firmemente na necessidade de transparência e escrutínio dos atos eleitorais”.

Sebastião Bugalho diz ainda que “apesar da sensibilidade da missão, é com muita honra que a nossa delegação a integra”. E aproveita para recordar “a forte presença e relevância da comunidade portuguesa no país”, que estará na base de estar um português entre o curto grupo de eurodeputados do PPE que se deslocam àquele país.

A Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria chavista, fez um pedido ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para que retirassem o convite à UE para enviar observadores às eleições da Venezuela por serem “grosseiros, canalhas, ilegais, ilegítimos”. O CNE venezuelano manteve no entanto o convite a outras entidades como a CELAC (a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a Caricom (Comunidade do Caribe).