O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta terça-feira que fará na quarta-feira um discurso à nação a partir da Sala Oval da Casa Branca, no qual falará sobre a sua renúncia à candidatura presidencial do Partido Democrata.

Numa mensagem publicada na rede social X, Biden esclareceu ainda que também falará sobre “o que se vai seguir” ao seu abandono da corrida presidencial e sobre como terminará o seu mandato.

O discurso está marcado para as 20h00 locais (1h00 de quinta-feira, em Portugal continental), quando Biden já tiver regressado à Casa Branca (presidência norte-americana), em Washington, depois de ter passado vários dias isolado na sua casa em Delaware, por estar infetado com Covid-19.

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No passado domingo, o Presidente, de 81 anos, anunciou que se retirava da corrida presidencial após fortes críticas do seu próprio partido pelo seu desempenho no primeiro debate televisivo contra o candidato republicano e ex-presidente Donald Trump.

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Ao anunciar a renúncia, Biden argumentou que o fazia para o bem do país e do próprio Partido Democrata. Na mesma ocasião, garantiu que ia dirigir-se à nação para explicar a situação.

Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu “apoio total” à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 5 de novembro.

Logo na segunda-feira, Harris já tinha obtido o apoio de delegados suficientes para garantir a nomeação na próxima convenção nacional democrata que terá início em 19 de agosto, em Chicago.

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Biden interveio por telefone na segunda-feira num evento que Harris realizou na sede da campanha em Wilmington (Delaware), no qual incentivou os eleitores a votarem nela.

Continuo totalmente comprometido. Continuamos juntos nesta luta. Não vou a lado nenhum. (…) Ainda temos de salvar esta democracia. Farei o que Kamala (Harris) precisa que eu faça”, disse Biden.

Com o seu discurso de quarta-feira, o Presidente procurará apaziguar as críticas de várias figuras do Partido Republicano e do próprio Trump, que pediram a sua demissão alegando que, se Biden não estiver preparado para continuar a campanha, também não está preparado para continuar a servir no cargo que agora ocupa.