O primeiro-ministro, Luís Montenegro, prossegue a visita oficial de três dias a Angola, que é esta quarta-feira centrada na vertente económica, depois de na terça-feira ter anunciado o alargamento da linha de crédito a este país em 500 milhões de euros.

O primeiro dia da visita, na terça-feira, teve como ponto alto o encontro com o Presidente da República de Angola, João Lourenço, e a assinatura de 12 instrumentos jurídicos, entre eles um que assegura que o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) começará a trabalhar em Angola para promover a formação profissional de quadros angolanos.

Portugal e Angola assinam 12 instrumentos jurídicos durante visita de Montenegro

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O mais relevante passa pelo reforço da linha de crédito Portugal-Angola em mais 500 milhões de euros — passando dos atuais 2.000 milhões, ainda não esgotados, para 2.500 milhões — com o objetivo de apoiar “as empresas portuguesas e o governo de Angola a fazerem investimentos em infraestruturas e também noutros domínios que possam favorecer a diversificação da economia angolana”.

Montenegro anuncia reforço da linha de crédito Portugal-Angola em mais 500 milhões de euros

Esta quarta-feira, Montenegro começará a agenda pelas 9h30 (mesma hora em Lisboa) a visitar duas empresas: a Powergol, com origem em Braga e que opera na área da energia e equipamentos elétricos (com enfoque na formação de quadros), e a Refriango, o maior projeto de investimento industrial em Angola na área das bebidas e refrigerantes.

À tarde, Luís Montenegro visita na Feira Internacional de Luanda (FILDA) o pavilhão de Portugal e vários “stands” de empresas portuguesas e angolanas, fazendo a intervenção de encerramento do Fórum de Negócios Angola-Portugal, dedicado ao tema do setor agroalimentar.

Neste fórum, discursarão igualmente o ministro da Economia, Pedro Reis, e o ministro para a Coordenação Económica de Angola, José Lima Massano.

No primeiro dia, Montenegro prometeu apelar às mais de 1.250 empresas que atualmente operam em território angolano para continuarem a “arriscar” neste país.

De acordo com o INE, em 2023, o “stock” de Investimento Direto de Portugal em Angola cifrou-se em 1,6 mil milhões de euros, representando 2,5% do total do investimento direto português no estrangeiro.

Nesta deslocação a Angola, o primeiro-ministro está acompanhado pelos ministros de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e da Economia, Pedro Reis, além do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Nuno Sampaio, (em representação do ministro da tutela, Paulo Rangel, que se encontra no Rio de Janeiro na reunião do G20) e o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes.

A visita de Luís Montenegro a Angola termina na quinta-feira à noite.