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A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, foi a protagonista, este sábado, de uma manifestação com milhares de pessoas em Caracas, a capital do país. A política, de 56 anos, que foi impedida de concorrer às eleições presidenciais, surgiu em cima de um camião e foi recebida pelos manifestantes no meio de aplausos e gritos de “Liberdade, liberdade!”.

“A violência não vai derrubar a verdade”, declarou, apelando à não violência, mas declarando: “Não temos medo”. “Eles são capazes de tudo, mas não podem contra a nossa organização”.

Marina Corina Machado voltou a reclamar a vitória do candidato da oposição Edmundo González nas eleições do último domingo e garantiu que a Venezuela vai entrar numa “nova etapa”. “Seis dias depois, eles não entregaram uma única ata. Não há manobra jurídica que possa encobrir a verdade”, disse Corina Machado, citada pelo El País, criticando o que diz ser a violência usada como arma pelo atual Presidente do país, Nicólas Maduro.

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“Nós não promovemos a violência. Sair para protestar cívica e pacificamente não é violência. Não vamos renunciar ao nosso direito ao protesto cívico. Não cairemos em provocações“, garantiu, referindo que agora se segue “uma nova etapa”.

“Agora vem uma fase que viveremos dia após dia, mas nunca fomos tão fortes como hoje. Nunca o regime foi tão fraco (…) Estamos a viver as horas mais importantes”, sublinhou Corina Machado. A líder da oposição diz que o dia das eleições presidenciais marca o momento a partir do qual “se iniciou a transição para a democracia na Venezuela”.

Apoiantes de Maduro também saíram às ruas

No mesmo dia, e como é habitual, decorreram também várias contra manifestações a favor do regime de Nicólas Maduro. Os manifestantes celebraram o que designaram como “a vitória da paz” nas eleições presidenciais de domingo. Tanto a Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela como o Supremo Tribunal do país já certificaram a vitória de Maduro, mas os resultados do escrutínio são contestados pela oposição — que alega ter vencido as eleições.

Decorram manifestações de apoio ao partido do governo em San Fernando de Apure, 400 quilómetros a sul de Caracas, no estado de Sucre, em La Guaira (a norte de Caracas) e na própria capital, dava conta o jornal El Universal. Algumas foram mesmo reprimidas pela polícia com recurso a gás lacrimogéneo.