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O Exército israelita reivindicou esta terça-feira ter matado cerca de 100 alegados operacionais do grupo islamita palestiniano Hamas em Rafah, no sul de Gaza, onde Israel mantém uma ofensiva desde o início de maio.

No âmbito das operações conduzidas nos últimos dias, o Exército israelita informou igualmente ter destruído armas e centenas de infraestruturas que estavam a ser utilizadas pelos combatentes.

“Os soldados travaram um tiroteio com uma célula terrorista, que se barricou num apartamento no coração de um bairro civil, e conseguiu eliminar os terroristas”, indicaram as fontes militares israelitas, que divulgaram também imagens das operações.

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A incursão israelita em Rafah — onde se refugiam mais de um milhão e meio de palestinianos que fugiram dos combates noutras partes da Faixa de Gaza — forçou o encerramento da passagem fronteiriça com o Egito, através da qual entrava grande parte da ajuda humanitária para o pequeno enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 40 mil mortos e mais de 92 mil feridos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Em Gaza, nove em cada 10 pessoas vivem deslocadas, a maioria em tendas sobrelotadas, sem acesso a serviços básicos como água corrente, eletricidade ou produtos de higiene.

A isto juntam-se cerca de 10 mil pessoas desaparecidas, presumivelmente soterradas nos escombros.

O Exército israelita não parou a sua ofensiva militar no enclave e, desde a passada sexta-feira, avançou com uma nova incursão terrestre em Khan Yunis, uma importante região do sul que tem sido historicamente um bastião militante.