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A Ucrânia reivindicou avanços entre um e três quilómetros, durante o dia de sexta-feira, em alguns pontos da região fronteiriça russa de Kursk, alvo de uma invasão pelas forças ucranianas na semana passada.

“Os nossos grupos ofensivos ainda estão em combate. Em algumas zonas fizemos avanços entre um e três quilómetros”, detalhou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem de vídeo.

Perto da cidade de Malaya Loknia, onde os combates continuam, espera-se que mais soldados russos sejam capturados, adiantou o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Sirski.

O comandante acrescentou que a captura de mais soldados russos permitirá aumentar o grupo para a troca de prisioneiros com Moscovo.

Nas outras zonas da frente de combate a situação está controlada e também não há alterações significativas no leste do país, onde decorrem combates tensos perto de Pokrovsk e Toretsk, na região de Donetsk, acrescentou Sirski.

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Também Zelensky frisou que as forças ucranianas estão a reforçar posições em Kursk e a aumentar o “fundo de troca” de prisioneiros.

Um porta-voz militar russo denunciou esta sexta-feira um ataque ucraniano contra uma ponte na região de Kursk que impede a retirada da população da zona.

“Confirmamos que o inimigo atingiu a ponte sobre o rio Seim. Parte do distrito de Glushovski não poderá ser evacuada por terra”, destacou a fonte militar, citada pela agência de notícias estatal russa TASS.

Segundo bloggers militares russos, o bombardeamento destruiu a ponte, dificultando a evacuação de 28 cidades na região de Kursk.

Os especialistas russos consideram que se trata de preparativos para uma ofensiva terrestre contra o distrito de Glushovski, onde as autoridades anunciaram na véspera uma “retirada obrigatória” da população sem saber quantos habitantes conseguiram sair daquele território nas últimas 24 horas.

Segundo o canal Baza da rede social Telegram, informações preliminares indicam que a ponte foi atacada com um míssil HIMARS de fabrico norte-americano.

De acordo com os últimos dados oficiais de Kiev, a ofensiva em Kursk, que começou em 6 de agosto e é a primeira incursão terrestre que a Rússia sofre desde a II Guerra Mundial, conseguiu colocar 80 cidades e um território de 1.150 quilómetros quadrados sob controlo ucraniano.

Entretanto, as forças russas continuam a avançar em direção a Pokrovsk, na frente oriental da Ucrânia, de onde estão a apenas 10 quilómetros de distância.

Autoridades do distrito reiteraram esta sexta-feira os seus apelos à retirada de civis, uma vez que a situação é ameaçadora.