895kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Taróloga aconselha vítima de violência doméstica a ter paciência

Este artigo tem mais de 5 anos

Carla Duarte, a taróloga que apresenta o programa "A Vida nas Cartas - O Dilema" da SIC, aconselhou uma vítima de violência doméstica a ter paciência. A indignação já chegou às redes sociais.

Carla Duarte apresenta o programa "A Vida nas Cartas - O Dilema" na SIC
i

Carla Duarte apresenta o programa "A Vida nas Cartas - O Dilema" na SIC

Carla Duarte apresenta o programa "A Vida nas Cartas - O Dilema" na SIC

Carla Duarte, taróloga e apresentadora do programa A Vida nas Cartas — O Dilema das manhãs da SIC, aconselhou uma mulher, vítima de violência doméstica, a ter paciência com o marido e a mimá-lo — “por muito difícil que isso seja”. O vídeo que mostra a curta conversa telefónica entre Carla Duarte e a vítima já chegou às redes sociais, com muitos utilizadores a mostrarem-se indignados com a postura da apresentadora.

A taróloga é uma presença habitual nas manhãs da SIC onde, durante a semana, apresenta o programa A Vida nas Cartas — O Dilema, que é transmitido às 8h30 a seguir ao telejornal. Todos os dias, Carla Duarte recebe várias chamadas de espectadores que procuram os seus conselhos. Maria da Glória foi uma dessas pessoas.

A conversa entre as duas aconteceu esta quinta-feira de manhã. Maria da Glória, de 64 anos, entrou em contacto com a taróloga com o objetivo de descobrir se tinha algum problema de saúde, assustada com a possibilidade de vir a ter cancro, doença que já foi diagnosticada a várias pessoas da sua família. A Carla Duarte, Maria da Glória perguntou ainda se o marido tinha uma amante, admitindo que era vítima de violência doméstica há 40 anos.

Ignorando a referência à violência doméstica, a taróloga pediu a Maria da Glória que se focasse noutra questão — “será que há alguma coisa que eu possa fazer para melhorar a minha situação?” uma pergunta que, para a apresentadora, é muito “mais interessante”. Sobre a possibilidade de o marido de Maria da Glória ser infiel, Carla Duarte disse apenas: “Ainda não tem nada”.

“Para já, ele não tem ninguém. Está aqui sozinho. Ele quer uma mãe, não quer uma mulher de si, percebe?”, disse-lhe enquanto deitava as cartas. Apelando à calma, pediu depois a Maria da Gloria: “Não discuta, não procure conflitos”.

“Eu sei que não o faz, mas é preciso ainda mais. Você escolheu este homem e, por enquanto, independentemente de tudo, é com ele que vai ficar.” E, por isso, era importante que, independentemente de tudo, Maria da Glória desse amor.”Quando damos amor, recebemos amor”, explicou Carla Duarte. “Se damos violência, recebemos violência. Se você recebe violência, corte este ciclo e não dê violência, nem que seja por palavras. Mime-o! Por muito difícil que isso seja. Está bem?” A este conselho, Maria da Glória limitou-se a dizer que “é muito difícil” e que tem “de andar sempre a fazer as pazes”. “Pois tem, como se fosse a mãe. E continue, que é para isto não piorar. Senão piora!”, advertiu por sua vez a taróloga.

Um excerto da conversa rapidamente chegou às redes sociais, com muitos utilizadores a mostrarem a sua indignação. Alguns falam em apresentar queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), outros chegaram mesmo a enviar uma mensagem para o Facebook de Carla Duarte que, até ao momento, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.