Os quatro principais partidos espanhóis iniciaram hoje à meia-noite (23 horas de quinta-feira em Lisboa) a campanha eleitoral para as legislativas de 26 de junho com as tradicionais sessões de colagem de cartazes em Madrid. Trata-se das primeiras eleições gerais na história de Espanha que se repetem por falta de acordo para formar governo entre os partidos políticos que se apresentaram às eleições em 20 de dezembro último.

O PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos vão nas próximas duas semanas tentar influenciar o sentido de voto dos eleitores desanimados com o estado da situação política do país.

O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) parece estar numa situação difícil depois de a última sondagem publicada na quinta-feira ter indicado que terá passado do segundo para o terceiro lugar, com 21,2 por cento de intenções de voto e com 78 a 80 lugares no Congresso espanhol. O seu líder, Pedro Sanchez, já elegeu a luta contra a abstenção como uma das principais prioridades do partido para estas eleições.

Uma aliança entre os partidos de esquerda, Podemos e Esquerda Unida (Unidos Podemos) e outros pequenos partidos, liderada por Pablo Iglesias, poderá tirar o segundo lugar ao PSOE, obtendo 25,6% dos votos e um máximo de 92 deputados.

De acordo com a mesma sondagem, a direita tradicional, o PP (Partido Popular) liderado pelo presidente do governo de gestão, Mariano Rajoy, manteria o primeiro lugar, se as eleições se realizassem hoje, com 29,2% dos votos e entre 118 e 121 deputados.

O partido liberal centrista Ciudadanos teria 14,6% dos votos, 38 a 39 lugares no parlamento.

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