Centenas de manifestantes desafiaram esta sexta-feira o recolher obrigatório imposto pela câmara municipal de Charlotte, nos Estados Unidos, que começava à meia-noite (5h em Lisboa) e continuaram os protestos por causa da morte de um afro-americano pela polícia.

Um correspondente da agência AFP no local verificou que centenas de manifestantes se mantinham no centro da cidade pela terceira noite consecutiva, perante forte presença familiar. No entanto, não se registaram confrontos com as autoridades nesta noite.

Após duas noites de distúrbios que fizeram um morto, vários feridos e meia centena de detidos, a presidente da câmara de Charlotte decretou, na quinta-feira à noite, recolher obrigatório a partir da meia-noite (05h de esta sexta-feira em Lisboa), ao aperceber-se que novos protestos começavam a formar-se nas ruas. “O recolher obrigatório estará em vigor todos os dias até que termine o estado de emergência ou até que se revogue o anúncio oficial”, indicou a câmara municipal de Charlotte, através da sua conta de Twitter.

O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory, declarou na quarta-feira estado de emergência em Charlotte, onde a polícia teve de dispersar os manifestantes com gás lacrimogéneo.

Os protestos começaram na terça-feira depois de a polícia matar a tiro Scott, de 43 anos, no parque de estacionamento de um complexo residencial.

A polícia acusou Scott de estar armado e de representar uma “ameaça de morte iminente” para os agentes, um relato que familiares e testemunhas rejeitam.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR