O serviços secretos norte-americanos estão convencidos de que o Governo da Coreia do Norte esteve diretamente implicado nos ataques informáticos à Sony Pictures, escreve esta quarta-feira o New York Times. Este anúncio surge horas depois de a Sony ter revelado a sua decisão de cancelar a estreia do filme “The Interview”, agendada para o dia de Natal, na próxima semana, face às ameaças do grupo Guardians of Peace, responsável pelo ataque à Sony.

Suspeitava-se que o ataque de que a Sony Pictures foi alvo tivesse sido motivado pela raiva contra o filme. A Coreia do Norte negou estar envolvida no ataque informático à Sony, mas elogiou o “ato de justiça”. Até esta quarta-feira, os EUA não tinham envolvido o país no ataque.

Fontes dos serviços secretos ouvidos pelo New York Times disseram não ser ainda certo que medidas serão tomadas pelos EUA. Junto de Obama, há quem defenda uma confrontação direta do Governo norte-coreano. Mas, como escreve o jornal norte-americano, isso levanta um problema: quantas provas estarão os EUA dispostos a revelar sem denunciarem os meios pelos quais acederam às redes informáticas norte-coreanas?

O Japão, país onde surgiu a marca Sony, que não tem, oficialmente, relações com a Coreia do Norte, opõe-se a uma acusação e confrontação direta por recear que isso interfira nas sensíveis negociações diplomáticas entre os dois países asiáticos para resolver a questão dos japoneses raptados nos anos 70 e 80.

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