O chefe da diplomacia russa afirmou este sábado que a Crimeia é parte inalienável da Rússia e que isso não pode ser alterado com métodos de “chantagem política e económica”, numa alusão às sanções da União Europeia (UE). Esta posição surge em resposta à decisão da UE de alargar por um ano as suas sanções àquele território peninsular.

“Crimeia e [o porto de] Sebastopol são parte inalienável da Rússia. Já é hora de aceitar isso como uma realidade que não pode ser alterada com métodos de chantagem política e económica”, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo Serguei Lavrov, num comentário publicado na página de Internet do seu Ministério, citado pela Efe.

“A tática de pressão ‘sancionadora’ que emprega contra a Rússia não conduz a parte alguma. É um erro esperar que sejamos obrigados a ceder no que se refere aos nossos interesses nacionais e posturas de princípio sobre assuntos-chave”, sublinhou.

O Conselho da União Europeia decidiu, na sexta-feira, alargar até 23 de junho de 2016 as sanções contra a Crimeia e Sebastopol, que tinham sido adotadas há um ano. Bruxelas voltou a “condenar a anexação ilegal da Crimeia e Sebastopol” por parte da Rússia e assegurou que “está comprometida em aplicar a sua política de não reconhecimento” da anexação desses territórios ucranianos.

No que respeita às sanções económicas que a UE impôs à Rússia há quase um ano pelo seu papel na crise ucraniana, a decisão de alargá-las até final de janeiro de 2016 já está tomada entre os representantes dos 28.

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