A polícia de intervenção eslovena terá utilizado gás pimenta contra cerca de 500 refugiados, ao longo da fronteira entre a Eslovénia e a Croácia, noticiou ao início da noite a ABC News. Os refugiados tentavam forçar a entrada no país, levando a polícia a utilizar gás pimenta para evitar que os cerca de 500 refugiados passassem a fronteira e entrassem na Eslovénia.

Já as autoridades húngaras detiveram esta sexta-feira um comboio com mil refugiados, também eles vindos da Croácia, e desarmaram ainda os 40 polícias croatas que os transportavam até à Hungria.

Segundo a ABC News, o condutor do comboio ficou sob custódia policial, e os refugiados foram enviados para centros de registo onde poderão requer asilo.

O transporte teria, segundo oficiais croatas, sido coordenado entre os dois países, mas o porta-voz do governo húngaro, Zoltan Kovacs, afirmou que os refugiados chegaram à fronteira “sem aviso prévio” e “sem respeitarem os canais oficiais”.

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O ministro dos negócios estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, afirmou por sua vez que “o sistema de receção dos refugiados da Croácia colapsou num só dia”.

Recorde-se que esta sexta-feira a Croácia fechou sete das suas oito fronteiras com a Sérvia, depois de cerca de 11 mil migrantes terem chegado ao país vindos da Sérvia. O primeiro-ministro croata justificou a medida durante o dia, dizendo: “Não podemos registar e acomodar estas pessoas durante mais tempo”.

Oficiais croatas terão tentado encaminhar refugiados para a Hungria, que começou esta sexta-feira a construir uma vala que separará o país da Croácia. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, já avisara na tarde desta sexta-feira que os refugiados que tentassem chegar ao país  não seriam bem recebidos: “Vai ser impossível esconder-se atrás do mais pequeno monte de terra. Defenderemos as nossas fronteiras”, afirmara Viktor Orbán.