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Adeptos ingleses contestaram esta segunda-feira a criação da Superliga europeia

Offside via Getty Images

Adeptos ingleses contestaram esta segunda-feira a criação da Superliga europeia

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A nova Superliga que promete milhões (e alargar o fosso no futebol)

Os milhões prometidos pela Superliga já estão a gerar turbulência no futebol europeu. A iniciativa de (alguns) clubes ricos deixa incertezas sobre o futuro da indústria e assusta todos os outros.

A nova Superliga, pendurada no financiamento do banco de investimento JP Morgan, acena com uma “mina de ouro” de 10 mil milhões de euros, quando a competição estiver no seu auge. Dinheiro nunca antes visto (ou melhor, nunca antes prometido) na história do futebol para uma única competição — e numa lógica (ainda mais) restrita do que aquela a que a Liga dos Campeões foi habituando os adeptos desde a década de 90.

O ‘jackpot’ é distribuído por um pequeno lote de clubes, que, à semelhança de desportos americanos, ficam com a garantia de não terem de se preocupar com a qualificação – o que será um alívio nomeadamente para o AC Milan (que tem estado arredado destas andanças nos últimos 7 anos) e alguns clubes em Inglaterra (onde a concorrência é feroz) – nem com despromoções.

A receita não só será elevada como previsível para os seis gigantes de Inglaterra (Liverpool, Manchester City, Manchester United, Arsenal, Chelsea e Tottenham), os três clubes dominadores em Espanha (Barcelona, Real Madrid e Atlético Madrid) e os três históricos italianos (Juventus, AC Milan e Inter de Milão).

A estes fundadores da competição deverão juntar-se mais três, mas até ao momento, têm sido sonoras algumas das recusas — que incluem Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Paris Saint-Germain e FC Porto. Haverá ainda espaço para outros cinco clubes, mas numa lógica rotativa (um pouco como os assentos temporários do Conselho de Segurança das Nações Unidas).

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Que consequências terá a decisão destes clubes? Haverá ou não negociação? Podem os gigantes “rebeldes” ser mesmo expulsos das ligas que sustentam? Que consequências financeiras terá para a Liga dos Campeões, para a UEFA e para os clubes de pequena e média dimensão? São mais as dúvidas do que as certezas. Mas as promessas são muitas, a começar pelos ganhos para os clubes mais ricos.

O bónus de boas-vindas e tudo o resto que o cheque da JP Morgan garante

O cheque é “gordo” logo à partida. A elite fundadora da Superliga deverá repartir entre si 3,5 mil milhões de euros, por via de diferentes receitas, o que dá uma média de 233 milhões de euros a cada. O El País avança, no entanto, que a repartição desse bolo não será igual por todos — haverá 350 milhões para seis clubes; 225 milhões para quatro; 112,5 milhões para outros dois; e, finalmente, sobram 100 milhões para três. Nenhum deste montante estará relacionado com a classificação obtida pelos clubes nos campeonatos nacionais.

Este valor inicial, anunciado pela própria Superliga para fazer face ao investimento na nova prova e mitigar os impactos da pandemia, é apelidado pelo Financial Times como um “bónus de boas-vindas”, embora uma fonte próxima da nova competição tenha referido ao jornal britânico que esse cheque deve antes ser encarado como um adiantamento aos clubes (que terá de ser devolvido caso decidam mais tarde abandonar a Superliga).

Aos 3,5 mil milhões, a Superliga acredita que conseguiria numa primeira fase mais 4 mil milhões de euros em direitos televisivos, dos quais 65% (2,6 mil milhões) para os 15 fundadores, de acordo com o El País.

Outros 20% (800 milhões) seriam repartidos por mérito desportivo e 15% (600 milhões) pela distribuição comercial. Em boa medida, uma parte importante destas duas parcelas remanescentes acabaria na mesma por ficar nos bolsos dos fundadores da competição.

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Um adepto do Arsenal contesta a "ganância" em torno da nova competição, num protesto em frente ao estádio do clube

Offside via Getty Images

Pelas contas do El País, cada um destes clubes teria, no mínimo, 60 milhões de euros garantidos apenas pela participação. Mas o ‘jackpot’ está reservado para mais tarde, tendo em conta que o vencedor contaria com um prémio superior a 250 milhões de euros. O jornal desportivo A Marca indica mesmo que, entre todas as receitas, o vencedor pode arrecadar 400 milhões de euros. Muito mais do que os cerca de 120 milhões de euros que o Bayern de Munique recebeu pelo percurso vitorioso na Champions League na época passada.

A nova competição ganha força depois de o JP Morgan Chase, banco de investimento norte-americano, ter confirmado que apadrinhou o projeto com um financiamento 3,25 mil milhões de euros. Embora o banco não tenha dado qualquer informação sobre o seu envolvimento no projeto (além da confirmação de que vai financiá-lo), o Financial Times indica que os clubes vão pagar anualmente 264 milhões de euros para o pagamento da dívida (com um juro de 2% a 3%), ao longo de 23 épocas. O JP Morgan terá como garantia as receitas televisivas da competição.

O banco terá sido aliciado pelas possibilidades de negócio avultado da prova, mas as ligações que tem a destacados dirigentes dos clubes “rebeldes” terão dado uma ajuda. O The Guardian recorda que Ed Woodward, vice-presidente do Manchester United, já trabalhou no banco, tendo mesmo aconselhado, em 2005, a família Glazer com vista à compra do clube inglês. Joel Glazer, vice-presidente não executivo do Manchester United, vai ser vice-presidente da nova competição.

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O JP Morgan é ainda um dos dois grandes bancos de investimento americanos que emprestaram 575 milhões de euros ao Real Madrid de Florentino Pérez (o presidente da nova competição) para a construção do novo estádio, num negócio que envolve também o America Merrill Lynch e bancos espanhóis.

Também na sua vida empresarial, como presidente do grupo ACS, que detém várias construtoras, Florentino Pérez tem feito regularmente negócios com o JP Morgan (que, por exemplo, assessorou o grupo espanhol quando vendeu 50% da Thiess em outubro passado).

Uma jogada de risco em que todos podem perder

Será que vai mesmo haver uma Superliga? E se for apenas uma jogada de bluff para conseguir mais ganhos na Liga dos Campeões? É o que considera o analista François Godard, que vê nesta iniciativa uma tentativa de tomar de assalto aquela que tem sido chamada, até agora, a “prova milionária”.

“O que os clubes rebeldes realmente querem é assumir o controlo da Liga dos Campeões”, considera este analista. “É uma tentativa muito agressiva de fazer com que a UEFA avance para uma reformulação da Liga dos Campeões, que lhes dê mais força e ganhos comerciais”.

Para que não haja dúvidas, “os dois eventos não podem coexistir — se a Superliga fosse lançada, a Liga dos Campeões simplesmente entraria em colapso”, considera François Godard. A ideia de que poderá haver um torneio paralelo à competição europeia já existente será, deste ponto de vista, uma utopia. Só pode haver um no final.

Nick Harris, jornalista britânico da Sporting Intelligence, identifica, desde já, um risco para a Liga dos Campeões, questionando quanto é que as televisões vão pagar pelos direitos para transmitir uma competição a que faltam 15 dos maiores clubes da Europa. “Haverá mais jogos para Leicester, West Ham, Everton, seja quem for, na nova Champions League, mas por muito menos dinheiro”.

European Super League reaction

PA Images via Getty Images

E o risco existe não só para a principal competição europeia, como para as ligas nacionais. O El País estima em 1,8 mil milhões de euros as perdas para a La Liga, a primeira divisão espanhola, onde brilham Messi, Modric ou João Félix, não só pela redução nos direitos televisivos como dos patrocínios e da bilheteira (isto mesmo num cenário em que Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid continuem a competir na prova interna).

Além disso, se todos os milhões com que acena a Superliga parecem ser a solução para os problemas financeiros que os clubes mais ricos enfrentam à conta da pandemia, poderá não ser a boia de salvação que tanto procuram.

Karl-Heinz Rummenigge, o presidente do Bayern de Munique que brilhou ao serviço do clube bávaro e da seleção alemã nas décadas de 70 e 80 — e que agora rejeita juntar-se à elite da Superliga — não acredita que a nova competição “consiga resolver os problemas económicos que os clubes europeus têm por causa da pandemia”.

O dirigente alemão considera que seria preferível “que todos os clubes trabalhassem solidariamente para que a estrutura de custos se ajustasse às receitas, com o objetivo de tornar o futebol europeu mais racional”.

A questão é ainda mais pertinente no atual contexto de guerrilha com a UEFA e com as entidades que gerem os principais campeonatos nacionais. É que se não houver negociação e se se confirmar a rutura total, é difícil perceber quem (se alguém) sai a ganhar.

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O verdadeiro ‘jackpot’ para os grandes clubes europeus, incluindo os “rebeldes” da Superliga, são as competições internas, sublinha a agência Reuters. “A Superliga foi projetada para aumentar, em vez de substituir, aquelas máquinas de fazer dinheiro”.

A Premier League, por exemplo, tem em curso um acordo para direitos televisivos que vale entre 1,7 mil milhões de euros e 2 mil milhões de euros por época entre 2019/20 e 2021/22, a serem distribuídos pelos 20 clubes, segundo a Deloitte.

Ora, a posição de força das grandes ligas nacionais — que ameaçam expulsar os clubes “rebeldes” —, se confirmada, significaria não só um rombo para as próprias ligas, que perderiam os seus principais trunfos na captação de receita, mas também para os clubes expulsos. “Embora seja difícil imaginar, mostra que os interesses futebolísticos nacionais, em última análise, têm o maior poder de negociação”, nota a Reuters.

O jornalista Nick Harris concorda com esta análise. Se a nova competição avançar mesmo com os seis gigantes ingleses — dois de Manchester, três de Londres e o Liverpool — os seis clubes “terão ajudado a matar sua própria galinha dos ovos de ouro”, escreveu no Twitter. “Quem é que quer pagar por jogos em que não interessa a posição em que se termina?”

Ou seja, mesmo que acabem por não ser expulsos, haveria um risco de a Premier League perder todo o interesse que hoje tem. Na atual época, por exemplo, as duas equipas de Manchester já terão assegurado os dois primeiros lugares, mas entre Leicester, West Ham, Chelsea, Liverpool, Tottenham e Everton só dois terão acesso à Liga dos Campeões. Uma luta que mantém acesa a chama dos adeptos (e dos patrocinadores) até ao final.

Entre as televisões que detêm direitos televisivos, a BT Sport, que pagou 1,1 mil milhões de euros para transmitir os jogos da Premier League, e que detém também os direitos no país para a Liga dos Campeões, já criticou a decisão dos clubes ingleses, avisando que pode ter um “efeito prejudicial” no futebol no Reino Unido.

“A BT reconhece as preocupações levantadas por muitas vozes e adeptos do futebol e acredita que a formação de uma Superliga Europeia pode ter um efeito prejudicial à saúde do futebol a longo prazo neste país”, disse a empresa, citada pelo The Guardian.

Quanto ganham a mais os que querem ganhar mais?

A nova competição tem prevista ainda a criação de um fundo de solidariedade para competições nacionais e clubes, no valor de 400 milhões de euros, que seria mais elevado do que os atuais mecanismos de solidariedade da UEFA. Fundo esse que seria controlado pelos membros da Superliga, segundo o El País.

No entanto, apesar de garantir essa maior solidariedade, a nova competição promete alargar ainda mais o fosso entre ricos e os restantes, que já hoje é considerável.

Os 12 clubes que, para já, fundaram a nova prova tiveram receitas acumuladas de 5,6 mil milhões de euros na época passada, com destaque para Barcelona (715,1 milhões), Real Madrid (691,8 milhões) e três gigantes de Inglaterra — Manchester United (580,4 milhões), Liverpool (558,6 milhões) e Manchester City (549,2 milhões). Pelo meio está, em terceiro lugar, o Bayern de Munique (634,1 milhões), que não aceitou fazer parte da Superliga.

Governo contra Superliga por ser prova que coloca “pequena parte” à frente “bem comum”

Quanto é que isso representa no mundo do futebol? Basta ir ao top 30 das receitas mundiais (que totalizam 9,7 mil milhões de euros) para perceber que os clubes “rebeldes” levam uma parte substancial do bolo. Aqueles 5,6 mil milhões de euros representam 57% de todo o dinheiro arrecadado pelos 30 clubes dessa lista, que consta do relatório Deloitte Football Money League 2021. Só os cinco “rebeldes” mais ricos levam cerca de um terço (31,7%) do total. Será necessário notar que estes são valores recebidos já com o embate da pandemia. Os tais cinco clubes, em conjunto, tinham recebido mais 409 milhões de euros na época anterior.

A diferença é, por isso, gritante face até à “classe média alta” do futebol. O Barcelona, por exemplo, que tem os tais 715 milhões de euros em receita — embora acumule também uma dívida astronómica — teve em 2019/2020 (que já foi apanhado pela pandemia) 340 milhões de euros só em patrocínios, merchandising e receitas similares, a que juntou 248 milhões em “broadcast” (dinheiro de direitos televisivos e a participação na Liga dos Campeões) e outros 126 milhões de euros por dinheiro relativo a bilheteira. Ou seja, no total, mais de quatro vezes o que conseguem clubes de dimensão média.

Só com bilheteira (numa época marcada pela pandemia), o clube de Messi arrecadou quase tanto como as verbas que os clubes da segunda linha dos dinheiros europeus conseguiram em todas as frentes de receita. Aqui se incluem Benfica (23º lugar, com 170 milhões de euros de receitas totais), Ajax (27º, com 155 milhões) ou o Wolverhampton, de Nuno Espírito Santo e companhia (29º, 151 milhões).

O futebol e as elites têm uma longa história

A iniciativa dos clubes mais ricos da Europa gerou uma onda de indignação entre adeptos, clubes, ligas e mesmo jogadores — neste caso, para já, esporádicos —, contra esta “elite” abastada do futebol.

Uma dessas críticas partiu de Ander Herrera, médio do Paris Saint-Germain. “Não posso ficar em silêncio sobre isto, eu acredito numa Liga dos Campeões melhorada, mas não nos ricos a roubarem o que o povo criou, que não é nada mais do que o mais bonito desporto no planeta”, afirmou no Twitter.

A mensagem deixada pelo internacional espanhol reflete a visão que muitos adeptos têm partilhado por todo o mundo. Mas, neste caso, não conta toda a história. É que, embora tenha sido a popularidade entre as classes trabalhadoras britânicas a transformar o futebol num desporto de massas ainda no século XIX, as primeiras regras do futebol moderno foram, na verdade, criadas anos antes por elites e para elites. Os aristocratas da Universidade de Oxford, dos Royal Engineers, dos Old Etonians ou dos Old Carthusians mediam forças nos primeiros anos da FA Cup (a taça inglesa) num contexto amador que queriam perpetuar, resistindo enquanto podiam ao profissionalismo exigido pelas equipas de base industrial — uma rutura face ao status quo que permitiria um crescimento ainda maior do futebol entre as classes mais desfavorecidas.

É desse tempo que vem ainda o controlo dos britânicos sobre as regras do jogo. Hoje, 135 anos depois da criação do International Football Association Board (IFAB) pelas federações de futebol de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o órgão mundial que tem responsabilidade exclusiva de alterar as leis do jogo depende dos britânicos — cada uma daquelas quatro federações tem um voto, e a FIFA, que aderiu em 1913 e representa 207 associações, tem apenas quatro. Mais: aprovar uma decisão requer uma maioria de três quartos, o que significa que a organização que gere o futebol mundial necessita sempre do apoio de duas daquelas federações para alterar as regras do jogo.

A tendência para criar clubes de acesso fechado no futebol voltaria ainda no final do século passado, mas desta feita por motivos financeiros. A partir dos anos 90, depois de uma série de transformações que tornaram o futebol numa indústria global, alimentada pelo crescente apetite das televisões por jogos de grande dimensão, a Taça dos Campeões Europeus (criada na década de 60) evoluiu no final do século passado para o formato da Liga dos Campeões, deixando já então de fora equipas que antes tinham acesso automático.

Verdadeiramente, deixou de ser uma liga dos campeões nacionais, porque mais facilmente o acesso ficou garantido ao segundo, ao terceiro e (mais recentemente) ao quarto classificados dos campeonatos mais importantes do que aos vencedores de dezenas de ligas, que têm de lutar em sucessivas pré-eliminatórias para poderem sonhar com o acesso à prova milionária. Atualmente, 60% dos clubes que participam na fase final da Liga dos Campeões (19 em 32) chegam de apenas cinco países.

A Superliga europeia promete, no entanto, tornar o clube ainda mais restrito. E é por isso que, entre os críticos da competição, não restam dúvidas de que, se avançar mesmo, o fosso entre os ricos e os restantes vai aumentar na Europa do futebol.

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