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Até 2050 o mundo vai mudar

O título não é alarmista, é verdadeiro. Em 30 anos temos de mudar a forma como vivemos, como nos deslocamos e comemos. A União Europeia tem um plano e a bp está a segui-lo.

    Índice

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A União Europeia tem como objetivo atingir a neutralidade carbónica até 2050. Para atingi-lo, todos os setores da sociedade terão um papel a desempenhar: os grandes grupos energéticos, industriais, da mobilidade e construção, e ainda os grandes decisores sobre as políticas agrícolas e florestais, assim como a sociedade civil. Esta  transição para um impacto neutro no clima não é isenta de desafios, mas apresenta-se como uma oportunidade para se construir um futuro mais justo e igualitário para todos.

Impacto das alterações climáticas na região mediterrânica

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Sem uma ação efetiva será impossível assegurar o desenvolvimento sustentável da Europa e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas acordados a nível mundial. Listamos algumas consequências da inação neste campo, relativas à região mediterrânica:

  • Grande aumento das vagas de calor extremas;
  • Redução da precipitação e do caudal dos rios;
  • Maior risco de secas;
  • Maior risco de perda de biodiversidade;
  • Maior risco de incêndios florestais;
  • Maior concorrência entre diferentes consumidores de água;
  • Maior procura de água para a agricultura;
  • Redução dos rendimentos das culturas;
  • Maiores riscos para a produção animal;
  • Expansão dos habitats de animais transmissores de doenças;
  • Menor potencial para a produção de energia;
  • Aumento da procura de energia para refrigeração;
  • Impacto negativo na maioria dos setores económicos.
    Fonte: https://eur-lex.europa.eu/

Os caminhos da União Europeia

Nos últimos anos, têm sido feitas mudanças em alguns setores, na tentativa de alterar um futuro que nos aparece cada vez mais catastrófico. Na reunião da Comissão Europeia, organizada em novembro de 2018, em Bruxelas – com o título “Um Planeta Limpo para Todos – Estratégia a longo prazo da UE para uma economia próspera, moderna, competitiva e com impacto neutro no clima” – Miguel Arias Cañete, Comissário europeu responsável pela Ação Climática e Energia, afirmava: “a UE já iniciou a modernização e a transformação para uma economia com impacto neutro no clima. Hoje, estamos a intensificar os nossos esforços no sentido de propor uma estratégia para que a Europa se torne a primeira grande economia mundial com um impacto neutro até 2050”. Na mesma ocasião, Violeta Bulc, Comissária Responsável pelos Transportes alertava, por outro lado, para a necessidade de que “todos os meios de transporte devem contribuir para a descarbonização do nosso sistema de mobilidade. O objetivo é chegar a zero emissões líquidas até 2050. Tal exige uma abordagem sistémica com veículos com emissões baixas ou nulas, um forte aumento da capacidade da rede ferroviária e uma organização muito mais eficiente do sistema de transportes, baseada na digitalização; incentivos a mudanças de comportamento; combustíveis alternativos e infraestruturas inteligentes; e um empenhamento global. Tudo isto promovido pela inovação e os investimentos.”

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A ação da bp

É aqui que entra a companhia de energia integrada bp, empresa com mais de um século de existência, e que concluiu que era necessário reinventar-se para se adaptar a contextos cada vez mais exigentes. Nos últimos anos, tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de soluções solares, no carregamento de veículos elétricos e nos biocombustíveis sustentáveis. No seguimento desta política, em 2019, seis anos antes do previsto, atingiram a meta de reduções sustentáveis de emissão de gases de efeito estufa. Em setembro deste ano, ao apresentar o seu relatório anual, “bp Energy Outlook”, o grupo desenhou os três cenários que considera possíveis para a evolução do setor até 2050: “Business as Usual”, “Rapid” e “Net Zero”. No entanto, tal como afirmou Spencer Dale, economista-chefe do Grupo, na apresentação do relatório, não se trata de prever o futuro, mas sim de “ajudar a entender melhor as incertezas”.

Os três cenários possíveis em 2050

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1. “Business-as-Usual” (BAU)
Neste caso, pressupõe-se que as políticas governamentais, as tecnologias e as preferências da sociedade continuam a evoluir de uma maneira e velocidade muito semelhantes ao que acontece atualmente. No BAU, as emissões de carbono do uso de energia atingem o pico em meados da década de 2020, mas não diminuem significativamente, com emissões em 2050 menos de 10% abaixo dos níveis de 2018.

“Rapid”
Chegar a um cenário onde se observa a redução de 70% das emissões de CO2 em relação a 2018, só é expectável se forem tomadas mais medidas políticas no sentido da transição energética, se for feito mais investimento na área da transição energética e se o preço cobrado pelas emissões de CO2 for significativamente mais alto do que hoje é praticado. Neste cenário, é expectável conseguir evitar que a temperatura média global suba mais do que dois graus Celsius, até 2100 (tendo como referência os valores do período pré-industrial, 1850-1899).

“Net Zero”
Neste caso, a evolução é feita no seguimento de mudanças drásticas não só nas políticas governamentais, mas numa alteração profunda na forma como as sociedades encaram o consumo e a qualidade de vida: maior adoção de economias circulares e de partilha, e a mudança para fontes de energia de baixo carbono. Só assim se poderá assistir a uma redução de 95% das emissões de CO2 e a uma limitação do aumento de temperatura para 1,5 ° C.

Com a inovação no seu ADN e um capital humano extraordinário, a empresa desafiou o contexto e lançou em Julho o programa Drive Carbon Neutral, pioneiro a nível mundial, onde se compromete a compensar mais de dois milhões de emissões de toneladas de carbono por ano, o que equivale a retirar 400 mil automóveis das estradas. O programa consiste em compensar as emissões de carbono dos abastecimentos dos seus clientes particulares de todos os tipos de combustível de gasolina e gasóleo, assim como GPL– gás de petróleo liquefeito. O objetivo é utilizar os créditos de carbono gerados no investimento de projetos globais que financiam a utilização de energias renováveis, baixo carbono e a proteção das florestas. Estes projetos são verificados e selecionados de forma independente por um painel de Organizações Não Governamentais (ONGs) e, neste momento, estão já em andamento o apoio à implementação de fogões eficientes no México, a exploração de biogás na Índia e um projeto de proteção e plantação florestal na Zâmbia.

Ao fim de poucos meses no mercado, a bp afirma estar muito satisfeita com os resultados. “Antes de lançarmos este tipo de iniciativas, medimos o apetite dos clientes deste segmento para este tipo de oferta e o apetite estava lá”, garante Pedro Oliveira, presidente do conselho de administração da bp Portugal. “Até ao momento, estamos muito satisfeitos com o resultado desta iniciativa, ao nível da captação de clientes”. Se a pandemia veio alterar a forma como consumimos, procurando alternativas mais sustentáveis ou aproximando de projetos que garantam a construção desse futuro mais sustentável, não explica todo o sucesso da iniciativa. “No sul da Europa, nos estudos de mercado que fizemos, há um apetite enorme por parte da população para aderir e fomentar este tipo de comportamentos”. O que a empresa fez foi tornar as expectativas dos consumidores mais tangíveis. “Ao lançarmos este programa em Portugal, quisemos criar uma plataforma que pudesse traduzir essas reais intenções dos nossos clientes”, continua Pedro Oliveira. Acreditam que esta é uma iniciativa que, a médio e longo prazo, será replicada pela concorrência, até porque trata-se de “uma indústria de capital intensivo e, normalmente, a replicação de boas práticas, do ponto de vista do investimento, questões técnicas e, depois, iniciativas mais deste género – na órbita do marketing – têm sido ciclicamente replicáveis e dado azo a parcerias estratégicas, nomeadamente até com operadores da grande distribuição”.

O responsável garante que a bp não pretende que esta seja uma vantagem competitiva, mas que cumpra o objetivo de “puxar pelo mercado neste sentido. É algo que os nossos concorrentes podem fazer e, se o fizerem estaremos muito confortáveis (…) Se conseguíssemos gerar esta categoria dentro da indústria, seriam excelentes notícias”. E conclui: “Nós somos, de facto, parte do problema, provavelmente com menos materialidade do que aquilo que as pessoas pensam, mas temos músculo para podermos ser parte da solução. É isso que a bp, de algum modo, quer provar com esta iniciativa”. A replicação de modelos semelhantes é, assim, desejada, “para que se traduzam em reduções reais de emissões na esfera da mobilidade”.

Quer compensar as suas emissões de carbono? Vá à bp!

Este é um discurso de esperança de que estejamos, efetivamente, a construir um futuro melhor para as próximas gerações. Mas não bastam nem a esperança, nem os discursos. E a bp sabe disso. Lembramos as palavras de fecho da palestra de Greta Thunberg em novembro de 2018, na TEDx de Estocolmo, com 5.309.241 visualizações, até agora: “Tivemos 30 anos de discursos a vender ideias positivas. E desculpem-me, mas não funciona. Porque, se funcionasse, as emissões já teriam diminuído, mas não diminuíram. E sim, precisamos de esperança, lógico que precisamos. Mas o que precisamos, mais do que esperança, é ação. Assim que começarmos a agir, a esperança estará por todo o lado. Então, em vez de procurarmos por esperança, procuremos por ações. Então, e só então, a esperança virá.”

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