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As dicas são de especialistas, mas qualquer um pode aplicá-las sem mossa — basta ter o coração aberto
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As dicas são de especialistas, mas qualquer um pode aplicá-las sem mossa — basta ter o coração aberto

Getty Images/iStockphoto

As dicas são de especialistas, mas qualquer um pode aplicá-las sem mossa — basta ter o coração aberto

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Como ser melhor pessoa em 2024? 11 pequenos hábitos que vão fazer a diferença

Dizer "bom dia" a um estranho, pedir desculpa, pôr o telemóvel de parte e dormir, no mínimo, 7 horas. Há gestos simples que podem transformar o dia-a-dia — e tudo começa com uma casca de laranja.

Há um significado escondido no ato de descascar uma laranja para alguém. Pelo menos, assim o dita a “Teoria da Casca de Laranja”, tendência que amontoou mais de 47 milhões de visualizações no TikTok. A lógica deste teste ao relacionamento é simples: pedimos ao nosso par romântico para nos descascar uma laranja e, consoante a reação, avaliamos a predisposição que tem para nos apoiar noutras esferas da vida. Um “sim” é bom sinal; um “não” convida a refletir sobre a dedicação ao relacionamento.

Se a teoria parece redutora, é porque o é. Nem tudo é preto ou branco: há zonas cinzentas nos entretantos, muitas vezes ditadas pelas circunstâncias do pedido. “Não é uma bandeira vermelha se o seu parceiro não descascar a laranja”, explicou ao CNBC a especialista em relacionamentos Rachel DeAlto. “No entanto, se consistentemente falham em fazer pequenos atos que mostrem consideração, ou respondem negativamente aos seus pedidos de ajuda, isso pode indicar questões mais amplas para considerar.”

Mas os atos de serviço não devem ser subestimados: refletem a capacidade de dedicar tempo e atenção a questões que nos são externas. São um pequeno passo no caminho para se ser melhor pessoa — ainda que o conceito não tenha definição exata. Há uma série de hábitos simples que são recomendados pelos especialistas e que podem ajudar a começar o novo ano com o coração ao alto. Conheça as 11 sugestões na lista do Observador.

Atos de bondade aleatórios

De descascar uma laranja ao mais-que-tudo a fazer um elogio a um estranho, os atos aleatórios de bondade são uma arma poderosa para potenciar a ligação com o mundo e as pessoas com que vivemos ou nos cruzamos. “Ajudam a melhorar as relações pessoais, a apoiar as pessoas que nos rodeiam, a aumentar um sentido de propósito e sentimentos de conexão”, defende Sabrina Romanoff, psicóloga clínica, citada pela revista Good Housekeeping. “Vai reparar que a sua disposição melhora um pouco quando pratica o bem por pura alegria”, defende, por outro lado, a psicóloga Madeleine Mason Roantree à Healthline. Outras dicas: apanhar lixo na rua, enviar uma mensagem espontânea a um amigo para saber como está, fazer um donativo a alguém que precise, ajudar um cão que pareça perdido ou ser simpático (e paciente) com quem trabalha em atendimento ao público — é uma ocupação mais difícil do que possa parecer.

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Praticar a gratidão

Tornou-se cliché de coaches motivacionais e livros de auto-ajuda, mas o alvo de chacota é, na realidade, uma ideia sustentada por estudos científicos (como este, publicado na Clinical Psychology Review). Praticar a gratidão através de exercícios simples, como o registo diário num caderno, pode potenciar o bem-estar, cultivando relações sociais mais positivas, ajudando a reduzir o stress e melhorando o sono. À revista Healthline, Anna Hennings, especialista em psicologia do desporto, recomendou dividir a prática de reconhecimento em cinco categorias, que resultam no acrónimo apropriado GIFTS (“presentes”, em português), que pode facilitar o momento de reflexão diário. Hennings recomenda que, além de listar as coisas por que se está grato, devem explicar-se os motivos por que essas coisas suscitam gratidão. Tome nota:

  1. “Growth” (crescimento): o que aprendemos de novo, em que aspetos crescemos?
  2. “Inspiration” (inspiração): que coisas ou momentos nos inspiraram?
  3. “Friends/family” (amigos/família): que pessoas enriquecem a nossa vida?
  4. “Tranquility” (tranquilidade): que pequenos momentos nos fizeram felizes? Beber uma chávena de chá? Ouvir música? Ler um bom livro?
  5. “Surprise” (surpresa): que situações ou gestos nos surpreenderam?

Usar um diário para exercitar a gratidão é uma prática comprovada por estudos científicos

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Pedir desculpa

Saber assumir responsabilidade por um erro torna as interações e relações mais vulneráveis, honestas e conscientes. Pedir desculpa é importante para os nossos, mas também para nós: a partir do momento em que assumimos que errámos, consciencializamo-nos de um modo mais profundo daquilo que não queremos repetir, sejam gestos ou palavras, e aproximamo-nos de uma versão melhorada de nós próprios. Dolly Chugh, autora do livro “The Person You Mean to Be: How Good People Fight Bias“, explica que, no que toca aos pedidos de desculpa, “achamos que vai ser mais catastrófico do que é. Pensamos que o mundo vai acabar quando assumirmos ‘o que disse foi realmente ignorante’, mas os estudos mostram que corre quase sempre melhor do que negar a responsabilidade”. Às vezes, a capacidade de oferecer um simples pedido de desculpas anula quaisquer sentimentos negativos que possam emergir de uma situação menos agradável.

Perdoar

“A vida é curta de mais para se agarrar a rancores ou sentar-se sozinho com sentimentos de mágoa”, alerta Romanoff à Good Housekeeping. Saber perdoar é tão importante como saber pedir desculpa e, tal como o ponto anterior, melhora as relações e potencia o crescimento pessoal. Agarrarmo-nos a arrependimentos, dor e ressentimentos magoa-nos a nós e àqueles de quem gostamos, afeta o nosso humor e acaba por, qual bola de neve emocional, afetar a forma como tratamos os outros. “Abrigar a falta de perdão alimenta os pensamentos negativos”, justifica Catherine Jackson, psicóloga clínica, citada pela Healthline. “Deixe passar e decida nunca ir para a cama zangado.” Vulnerabilidade e empatia são pontos essenciais do perdão e da força que o mesmo tem nas relações — sabermos perdoar é sabermos reconhecer que também erramos e que nem tudo é sobre nós. “Dê às pessoas a oportunidade de consertar a situação tendo a coragem de iniciar conversas difíceis”, continua Romanoff. “Em última instância, isto reflete o seu valor para eles e a vossa relação, que será fortificada a longo-prazo.”

Cumprimentar toda a gente

Um “boa tarde” ao senhor com que nos cruzamos a passear o cão ou um “bom dia” aos colegas por quem passamos no escritório. Cumprimentar aqueles que encontramos pelo caminho pode fazer-nos sentir mais presentes e aumenta a sensação de pertença aos lugares que frequentamos: o café da esquina, a mercearia do bairro, o centro de cópias, a farmácia, o local de trabalho. Reconhecermos a presença daqueles que existem à nossa volta potencia o sentido de comunidade, necessidade essencial para o ser humano se sentir saudável física e mentalmente. Pessoas com conexões sociais fortes tendem a viver mais e melhor do que quem vive isolado, de acordo com vários estudos (como este, da investigadora Chelsea Hetherington). Às vezes, tudo começa com um simples “olá”.

Escutar e ser empático

Escutar sem contrapartidas é desafiante para muita gente. Embora, ao ouvir um desabafo, a tentação possa traduzir-se em oferecer imediatamente conselhos, muitas vezes quem fala precisa apenas ser escutado. “Às vezes, a melhor coisa a fazer é ouvir, para que a outra pessoa se sinta validada e compreendida”, explica Romanoff. A rapidez com que se oferecem “soluções”, por outro lado, pode ter o efeito oposto, de aparentemente desvalorizar os problemas. “O empenho em ser uma pessoa compassiva e empática, que consegue escutar e receber feedback vai, provavelmente, nutrir sentimentos em linha com a definição particular do que é ser boa pessoa”, recomenda a psicóloga clínica Sari Chait à Prevention. Escutar os outros com atenção, trabalhar na comunicação e na empatia são hábitos que podem e devem ser praticados quando o objetivo é estender a mão, estar presente e compreender os sentimentos e circunstâncias daqueles que nos rodeiam.

Dormir as horas necessárias

O sono é essencial para a saúde física, certíssimo, mas não deve ser subestimado quando o assunto é a (boa) disposição. Nos momentos de maior agitação, quando o tempo parece não chegar para tudo, o sono tende a ser o primeiro sacrificado, mas dados da norte-americana PubMed Central mostram que apenas uma noite de privação de sono pode aumentar em 60% a resposta emocional a sentimentos negativos. E isto, por seu lado, prejudica a disponibilidade para estarmos lá para os outros e para sermos empáticos com o mundo que nos rodeia. O ideal, recomendam os especialistas, é que durma, pelo menos, 7 a 8 horas por dia.

"Uma característica comum associada a ser boa pessoa é a capacidade de nos responsabilizarmos e mantermos humildes", diz a psicóloga clínica Sari Chait

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Experimentar coisas novas

Aventurarmo-nos em novas experiências abre portas a todo um mundo de perspetivas por explorar e de auto-conhecimento. “Como terapeuta, acredito que sair da zona de conforto e experimentar coisas novas pode ajudar a providenciar novas informações e descobertas”, propõe Jor-El Caraballo, terapeuta e autor, citado pela Prevention. “Dar um passo em frente para a auto-reflexão e identificação de áreas de crescimento pode ajudar a trilhar um novo caminho de auto-desenvolvimento. Exemplos de experiências enriquecedoras? Viajar sozinho, fazer um curso, correr uma maratona. 

Ser honesto e honrar compromissos

É fácil dizer “sim” a tudo para evitar constrangimentos no momento, mas fazermos um esforço para sermos sinceros é um ato de respeito para com os outros, mesmo que isso signifique dizer “não” mais vezes. Simultaneamente, quando nos comprometemos com algo, é importante sabermos honrar esse compromisso. “Uma característica comum associada a ser boa pessoa é a capacidade de nos responsabilizarmos e mantermos humildes”, explica Chait. Num nível acima, para quem tem o hábito de mentir no dia-a-dia, o primeiro passo é tentar ser honesto durante um dia inteiro e estender esse esforço de forma consciente por um período de tempo cada vez mais alargado. Como quase tudo, a honestidade também se pratica.

Pousar o telemóvel

“Num mundo onde estamos constantemente a processar informação, a ouvir música, a olhar para ecrãs e a receber notificações nos nossos telefones, uma das formas mais eficientes de praticarmos o auto-cuidado é estabelecendo tempo para estarmos sozinhos connosco próprios”, diz Romanoff. Desligar do telemóvel, mesmo que por pouco tempo, pode ser benéfico para o bem-estar emocional e ajudar a reduzir a exaustão mental. Ainda que os aparelhos se tenham tornado essenciais no dia-a-dia — até mesmo por questões profissionais — experimente consciencializar-se na próxima vez que sucumbir ao reflexo de olhar para o ecrã. Será que precisa mesmo que ver o telemóvel ou estará apenas a responder a um impulso automático?

Sermos bons connosco próprios

A empatia começa com silenciar o ego. Se tem o hábito de se deitar abaixo, de focar excessivamente os erros que cometeu ou de perder horas de sono a repensar as coisas que disse numa determinada ocasião, pare com isso. Termos empatia connosco próprios é essencial para cuidarmos da nossa saúde mental. Em vez de nos focarmos no negativo, devemos tirar um momento para apreciarmos os gestos que fizemos pelos outros ou pelas situações em que nos comportámos da melhor maneira. “Amanhã é um novo dia, por isso, se está a deitar-se abaixo por algum motivo, liberte-se e comece de novo“, recomenda Jackson. Mas sermos bons connosco próprio também acontece através do auto-cuidado, dando preferência a uma alimentação saudável que suporte o corpo e o cérebro, limpar a casa, fazer uma caminhada ou tirar 10 a 20 minutos para meditar.

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