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Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR
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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Drozdovychi, a aldeia onde os homens pegaram em caçadeiras e as mulheres rezam pelos soldados

Numa aldeia de 400 casas, fazem-se turnos de armas ao ombro e controlam-se as entradas através de uma app. Todos rezam para que "os russos" não cheguem ali. E nem pensam em fugir.

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“Drozdovychi?! Têm mesmo a certeza de que é para aí que querem ir?” A surpresa na cara dos homens que controlam este checkpoint em Horodor, a cerca de 30 quilómetros de Lviv, é visível. O que podem dois jornalistas estrangeiros e a sua tradutora ucraniana querer ir fazer a uma aldeia com pouco mais de 400 casas, sem qualquer monumento ou detalhe digno de nota? Abanando a cabeça em sinal de incompreensão, o ucraniano acaba por confirmar que estamos na direção certa e faz sinal com o braço para avançarmos.

Na chegada a Drozdovychi, as patrulhas informais — compostas por operários fabris, condutores de autocarro e comerciantes agora vestidos de camuflados — sabem quem somos e ao que vimos ainda antes de entrarmos, tal é a organização montada. Nos checkpoints montados em todas as entradas da aldeia, com seis câmaras de videovigilância, os residentes armados com caçadeiras pedem os documentos a qualquer desconhecido que entre. Depois, comunicam através da aplicação Viber com os colegas que estão na outra ponta da aldeia, para que estes apontem quando o carro em questão sair.

Ouça aqui o relato dos enviados especiais do Observador na “A História do Dia”

De caçadeira e telemóvel para defender a aldeia

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“Nunca largo o telefone, passa o dia todo a tocar”, diz Yuri Pelat, um dos residentes desta aldeia que vem receber o Observador a uma das entradas, enquanto olha mais uma vez para o Viber e responde aos colegas via áudio. As câmaras foram colocadas graças a si, que é engenheiro especializado em micro-informática — um curso que tirou em Málaga, Espanha, onde viveu de 2005 a 2014, razão pela qual consegue comunicar num espanhol quase perfeito com jornalistas da outra ponta da Europa.

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

“Nunca largo o telefone, passa o dia todo a tocar”, diz Yuri Pelat, um dos residentes desta aldeia

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“Banderistas” contra “sabotadores”

Ven aquí a mi coche”, pede, enquanto abre a porta. Ali, no lugar do pendura, está uma caçadeira atravessada. Nos lugares de trás, outras duas. Na bagageira, há mais, conta Yuri. “Nem sequer são armas militares”, explica, já que se tratam das armas que os homens de Drozdyvichi usam habitualmente para ir à caça. “Estão todas legais.”

Apesar do aparato de segurança, este engenheiro desvaloriza a gravidade da situação nesta aldeia ucraniana que fica a menos de 70 quilómetros de Przemyśl, a principal cidade polaca do outro lado da fronteira, para onde ainda não partiu uma única pessoa de Drozdovychi. “Isto aqui é muito tranquilo. Dizem que vão atacar-nos, mas aqui acho pouco provável, temos mais de lidar com as parvoíces de alguns locais do que com os russos”, garante. “E também não acredito que vão para Lviv — é terra de Banderas”, acrescenta, entre risos.

A referência a Stepan Bandera tem potencial polémico. Bandera foi o comandante das UPA, as milícias da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, grupo de independentistas que colaboraram com a Alemanha Nazi no início da II Guerra, tendo contribuído para a morte de milhares de judeus em território ucraniano. A figura de Bandera, contudo, continua a ser tida como um herói no Ocidente da Ucrânia — uma sondagem do Centro de Iniciativas Democráticas estima que, aqui, 80% nutrem sentimentos positivos por ele —, pelo seu papel na luta pela independência da Ucrânia e no combate aos soviéticos, tendo mais tarde entrado em conflito também com os alemães.

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

“Nem sequer são armas militares”, explica, já que se tratam das armas que os homens de Drozdyvichi usam habitualmente para ir à caça. “Estão todas legais.”

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Em Drozdovychi também se invoca essa memória da UPA, pela lente da resistência aos russos, garantem. E, apesar de Yuri dizer que tudo por enquanto está calmo, vai sempre sendo preciso agir de quando em vez. No domingo, apareceram na aldeia dois homens ucranianos que as autoridades locais suspeitaram de que poderiam ser “sabotadores”, o nome dado a avançados pró-Rússia que fazem ações de reconhecimento e destruição prévia à chegada das tropas russas. “São de Donetsk e Cherkasy, mas vivem aqui ao pé. Apareceram com armas, sem documentos, sem nada”, revela Yuri, que vai buscar as cópias dos documentos de identificação destes dois homens, entretanto obtidas, para mostrá-las ao Observador. “Agora, estão fechados numa casa com a polícia à porta”, diz, sobre estes dois homens de 40 e 27 anos. “Acho estranho que alguém que viva numa aldeia a 50 quilómetros daqui apareça assim por estes lados.”

Turnos e escalas para defender checkpoints com caçadeiras

Mykhailo está preocupado com os “sabotadores” e está menos otimista do que Yuri. Acende um cigarro, levantando ligeiramente o ombro direito para garantir que a caçadeira não lhe escorrega pelo ombro abaixo. “No início foi tudo um bocado caótico”, começa por admitir ao Observador este condutor de autocarros, que desde a passada quinta-feira tem estado frequentemente a guardar este checkpoint de entrada em Drozdovychi, acompanhado por um colega mais novo, com o mesmo nome, que deixou o trabalho como engenheiro numa fábrica de tubagens para passar aqui os dias ao frio.

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Mykhailo está preocupado com os “sabotadores”. Diz que “no início foi tudo um bocado caótico”

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“No domingo tivemos uma reunião com todos os homens da aldeia e criámos um horário para rodar a patrulha entre todos. Temos as nossas armas, não são militares, mas usamos as armas de caça que já temos. E agora podemos vir a usá-las contra uma invasão”, afirma Mykhailo, entre baforadas no cigarro.

A sua voz e postura corporal são calmas, apesar de estar rodeado de outros homens armados e de estar encostado a uma trincheira improvisada, com um pequeno braseiro onde os dois homens se podem aquecer para combater as temperaturas que ali se fazem sentir durante a noite. “Estamos preocupados que os russos possam chegar aqui”, reconhece. A sua única esperança é a proximidade com a fronteira da Polónia, a menos de 60 quilómetros. “Pode ser que não aconteça nada, porque se um míssil cair ali temos a III Guerra Mundial”, diz, apontando com a cabeça e o cigarro na mão direita para as planícies em direção a Oeste.

A sua preocupação, contudo, é limitada. “As nossas mulheres estão piores”, diz, com os dentes a tornarem-se visíveis por trás do cigarro, à medida que ri. “Ficam em casa a ver televisão e preocupam-se ainda mais do que nós. Mais valia elas não verem nada.”

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A aldeia tem vários check-points, nas entradas e saídas. Os homens fazem turnos de seis horas

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Às 7h da tarde, toda a aldeia reza “para que os russos não cheguem aqui”

Natalia é uma dessas mulheres, que tem passado os últimos dias colada à televisão, com medo. Esta quarta-feira, decidiu quebrar esse círculo vicioso e juntar-se às outras mulheres e crianças que se reúnem no Centro Comunitário da aldeia: “Os meus filhos já cá vinham nos últimos dias ajudar. Hoje é o meu primeiro dia. Já não aguento ficar em casa, é muito difícil”.

É a única coisa que sente que pode fazer, estar ali e ajudar a preparar a construção das redes camufladas e a recolher alimentos para enviar para as tropas. Trabalhadora numa fábrica têxtil, está habituada a este trabalho de cortar tiras de tecido que vão servir para disfarçar as redes. Há mais uma coisa, porém, que tem feito: rezar. Todos os dias, às 7h da tarde, grande parte dos habitantes de Drozdovychi rezam nas suas casas, para sentirem que o fazem juntos. Uma vez por semana, reúnem-se na igreja para rezar ao vivo. “Não sei o que vai acontecer. Tenho fé em Deus. Toda a aldeia reza pelos soldados, toda a aldeia reza para que os russos não cheguem aqui. Mas, se for preciso, estamos prontos para lutar”, assegura Natalia, que viveu toda a vida em Drozdovychi.

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Mulheres, jovens e crianças da aldeia juntam-se todas as manhãs para ajudar no que conseguem para proteger a aldeia. Nesta manhã estavam a preparar uma rede de camuflado

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O barulho do tecido a ser rasgado sobrepõe-se ao das conversas, mas não abafa as gargalhadas das crianças que estendem uma rede de baliza do campo de futebol da aldeia e a penduram no teto.  Quem organiza toda esta operação no Centro Recreativo — que também tem pendurada na parede uma bandeira vermelha e negra das milícias da UPA — é outra Natalia, uma mulher mais jovem que eleva a voz por cima da confusão, para dar indicações.

“Tenho passado seis horas por dia aqui, desde domingo que recolhemos comida e cobertores para enviar para o exército”, explica ao Observador. E destaca como não há pessoas a abandonar Drozdovychi: “Nesta aldeia, ninguém saiu. Somos todos patriotas!”, afirma, elevando a voz e sorrindo muito. Aqui, as sirenes que avisam de risco de ataque aéreo não soam. Em vez disso, os habitantes são avisados na aplicação Telegram, por telemóvel. Mas isso não belisca a produção: “Quando recebemos uma notificação de que há uma sirene a soar, continuamos a trabalhar”, assegura Natalia.

Um pai que partiu para a guerra e a esperança na ação dos russos comuns

A mulher estende uma coberta de cama e pede ajuda a Yulia e Svetlana para que segurem as pontas enquanto ela corta tiras. As duas jovens de 18 anos têm vindo para aqui diariamente, desde que toda a vida normal foi interrompida nos últimos dias. Yulia, que estuda contabilidade, informática e engenharia mecânica na Universidade de Lviv, já não vai todos os dias para a cidade; Svetlana também não faz o percurso diário até Horodor, para trabalhar na Bader, a fábrica alemã que ali produz assentos de pele para automóveis.

“No primeiro dia ficámos em choque, ninguém sabia o que fazer”, admite Yulia. Rapidamente, porém, toda a aldeia se mobilizou e estas raparigas juntaram-se às outras mulheres e crianças que se reúnem neste espaço, onde em tempos se convivia, bebia e se jogava cartas. Agora, as duas divertem-se enquanto trabalham, organizando coreografias nos tempos livres entre o corte de tecidos. Riem-se muito, soltando gargalhadas agudas e trocando olhares cúmplices. O momento em que são fotografadas por um jornal estrangeiro parece-lhes o pico da fama, algo digno de partilhar no Instagram com os amigos.

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Na fotografia da esquerda: Svetlana e Yulia, jovens de 18 anos; Na fotografia da direita: Natalia, uma mulher mais jovem que eleva a voz por cima da confusão para dar indicações

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É uma forma de se tentarem distrair da situação que, na verdade, as atormenta. Svetlana admite que se sente assustada. “Tenho medo de que os russos cheguem aqui”, confessa, dizendo que apenas lhe sobra a fé. Perante a pergunta sobre se há alguém na aldeia que tenha sido mobilizado para o exército, a jovem de 18 anos dá uma resposta desarmante: “O meu pai, que partiu ontem.” A família não sabe onde está colocado, mas assume que o facto de ainda conseguir comunicar com ele deve ser bom sinal. “Se a situação piorar, vamos perder qualquer ligação com ele. E aí será tão, mas tão difícil”, admite Svetlana, o rosto fechando-se pela primeira vez ao longo desta manhã.

A dez minutos do Centro Recreativo, num dos checkpoints de entrada na aldeia, Mykhailov continua a vigia civil. Já terminou o seu cigarro e prepara-se para continuar o turno de seis horas. Ao Observador, explica que a sua principal esperança para colocar um ponto final no conflito está depositada nos russos: “Espero que lá mais pessoas saibam o que se está a passar e que haja algum tipo de revolução no país. Por enquanto, todas as manifestações são reprimidas, mas acho que quanto mais as pessoas falarem disto, melhor”, diz.

Apesar da sua empatia para com os russos, Mikhaylov considera que, por agora, não tem outra hipótese a não ser sair todos os dias com três camadas de roupa e uma caçadeira na mão — que diz estar disposto a usar — para fazer a patrulha. “Putin achava que o país inteiro ia recebê-lo com flores e agradecer por nos terem salvo. Só que não foi assim. Agora, tem toda a Ucrânia contra ele.” Incluindo a pequena aldeia de Drozdovychi.

Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Reportagem na aldeia de Drozdovychi, nos arredores de Lviv, na Ucrânia. A Rússia, a mando do seu presidente, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro de 2022. Lviv, Ucrânia, 2 de março de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Drozdovychi, uma pequena aldeia a pouco mais de 30 km de Lviv

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