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No oitavo aniversário da anexação da Crimeia, Vladimir Putin chamou a atenção com o seu puffer jacket Loro Piana de mais de 12 euros, que conjugou com uma camisola de gola alta Kiton
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No oitavo aniversário da anexação da Crimeia, Vladimir Putin chamou a atenção com o seu puffer jacket Loro Piana de mais de 12 euros, que conjugou com uma camisola de gola alta Kiton

No oitavo aniversário da anexação da Crimeia, Vladimir Putin chamou a atenção com o seu puffer jacket Loro Piana de mais de 12 euros, que conjugou com uma camisola de gola alta Kiton

Fatos italianos, caxemira e o blusão de 14 mil euros: o luxuoso guarda-roupa de Putin, do Kremlin ao "chique siberiano"

"Uso o que encontro no armário", simplifica o Presidente que é fã de fatos de milhares ou dos blusões desportivos da Loro Piana, uma das marcas de eleição do russo que prefere vestir italiano.

Não é caso para assinalar grandes estreias. Nem os eventos que celebram a anexação da Crimeia são uma novidade nem é a primeira vez que o Presidente troca o look formal por uma versão descontraída. Em 2018, Putin tanto apareceu em cena com o habitual e clássico fato como se apresentou numa versão mais desportiva, com um blusão de penas escuro, em plena praça Manezhnaya, em Moscovo. Mas, com os holofotes sobre a Rússia por estes dias, o guarda-roupa eleito para mais um festejo, no passado dia 18, ganhou interesse redobrado — e acendeu mesmo a polémica, levando Pier Luigi Loro Piana a emitir um comunicado em que se demarca das escolhas do líder russo, que dois dias antes de surgir com o seu blusão da marca italiana, criticava o excesso de inclinação ocidental entres os compatriotas.

No cenário do estádio moscovita Luzhniki, o uso da luxuosa peça, estimada em 14 mil euros, motivou até o lançamento de uma petição, que insta a quase centenária Loro Piana, sob a sombrinha do grupo LVMH desde 2013, a denunciar o “criminoso de guerra” Putin. Depois das caixas de comentários se terem enchido com críticas, o seu responsável viu-se forçado a sublinhar que a posição do conglomerado de luxo tem sido clara na sua postura em relação ao conflito. “Somos absolutamente contra esta guerra e certamente não foi apropriado o Presidente russo aparecer em público a usar uma roupa desta qualidade enquanto o povo russo passa por dificuldades económicas devido às sanções. […] Fomos confrontados com uma publicidade que obviamente não é agradável, enquanto na realidade temos estado a ajudar o povo ucraniano”.

Depois desta aparição, com efeito de indiscutível statement político, os especialistas na matéria não têm dúvidas. O casaco azul que se transformou em meme na internet (e a camisola de gola alta branca Kiton) e que acentua a disconexão de Putin com o seu povo, e é usado para rebater o retrato de uma Rússia “pobre e à beira do colapso” — admite-se que custe 25 vezes o salário médio na Rússia. Enquanto isso, do outro lado da barricada, a simplicidade envia o sinal certo num momento impróprio para hesitações em cima do muro. “Zelensky sabe muito bem o que está a fazer com uma t’shirt verde e outras referências militares“, notou ao NPR Kimberly Chrisman-Campbell, historiadora de moda e autora de “Red, White, and Blue on the Runway: The 1968 White House Fashion Show and the Politics of American Style”. De pouco serve a habitual rotina de retirar as etiquetas das marcas do seu guarda-roupa, segundo se escreve sobre os procedimentos de styling que envolvem Putin. A mensagem está passada.

Elegância discreta. A receita da marca das fibras exclusivas que as estrelas adoram

“O nosso cliente é a elite global nómada”, explicava ao Finantial Times, a partir de um palácio milanês, Fabio d’Angelantonio, chefe executivo da marca que se dirige a “pessoas que estão em três estações e quatro fusos horários diferentes na mesma semana. Começam em Moscovo, Pequim ou Londres e podem terminar a semana em Ibiza, Gstaad ou St Tropez.”. E que entre a fauna de Sillicon Valley mede forças com congéneres como a Brunello Cucinelli, com Jeff Bezos e Mark Zukerberg a esquecerem os juvenis hoodies — e qualquer recomendação de austeridade.

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Regressando à Rússia, é conhecido o gosto caro de Vladimir Putin, e a reincidência na etiqueta fixada em Quarona, no norte de Itália, que muitas vezes consegue ser mais dispendiosa que marcas como a Louis Vuitton ou Gucci. Há razões para os inúmeros zeros quando se olha para o preço de cada item, com um sobretudo Winter Voyager a alcançar uns 28,800 euros. A casa que possui nove pontos de produção, todos em solo italiano, 171 lojas espalhadas pelo mundo, e que a cada ano produz 5 milhões de metros de tecido, é sinónimo de qualidade, primando pelo recursos aos materiais mais raros, ao trabalho artesanal de elite e a uma experiência de compra única, incluindo um serviço de concierge online.

No capítulo dos fatos, o Presidente prefere a napolitana Kiton ou a romana Brioni, duas instituições italianas da alfaiataria

Falta acrescentar que as celebridades também dão um empurrão a esta história de uma família de Trivero, comerciantes de lã, que desde o século XIX tem reforçado o seu valor e símbolo de status. Recorda-se do anúncio de Brad Pitt a degustar o seu café D’Longi? Talvez tenha passado despercebida mas a camisola de caxemira que o ator veste no filme tem assinatura Loro Piana — e situa-se nos quatro dígitos. Em abril de 2021, em Nova Iorque, Meghan Markle elegia um fato bordeaux para uma visita a uma escola. Em outubro, a carteira Sesia de Angelina Jolie sobressaía no look da atriz, uma fã absoluta — em dezembro a marca aterrava com a sua coleção de interiores na famosa estância de Aspen, 22 anos depois de ter aberto portas em Madison Avenue. Já um ano antes, firmara uma parceria com uma das mais conhecidas super modelos de sempre. Em 2019, convidada para um festim cheio de celebridades patrocinado pela Loro Piana nas Caraíbas, Karolina Kurkova admitia que nem sabia que também fabricavam roupa para senhora.

Mas fabricam, sim, e nem só de camisolas de caxemira vive a sexta geração ao leme, com Pier Luigi a dividir a liderança do negócio com o irmão Sergio, depois de nos anos 70 terem sucedido ao pai, lançando na década seguinte a divisão de produtos de luxo. Entre exclusiva lã vicuña, caxemira, Pecora Nera, e ainda materiais mais comuns como lã de merino, algodão e poliéster, a raridade das fibras é um dos pontos mais destacados na confeção. Quanto à primeira, uma das mais preciosas no mundo, pode ser encontrada em destinos como Peru, Bolívia e Argentina. Caçada de forma selvagem ao longo de séculos, corria 1994 quando a Loro Piana estabeleceu um acordo com o governo peruano e as comunidades andinas para assegurar a exploração exclusiva desta fibra — em 2008, nascia mesmo a “Reserva dr. Franco Loro Piana”, a primeira reserva privada do Peru, uma área protegida de dois mil hectares. Sobre a caxemira, a marca levou dez anos a convencer os produtores de cabras Hircus a obter fibra a partir das crias, num delicado processo de pentear que ocorre no primeiro ano de vida, e apenas uma vez. A matéria-prima tem de tal forma impacto que em 2019 motivou mesmo um documentário produzido pelo mesmo realizador de “A Marcha dos Pinguins”.

É neste contexto que todos os anos a Loro Piana reconhece e premeia o trabalho de criadores que produziram a melhor fibra de lã e de caxemira, aproveitando vários momentos desportivos como laboratório para inovar ao nível dos materiais e técnicas. Em 2007, conceberam o evento de vela Loro Piana Superyacht Regatta, em Porto Cervo, e desde 2016 são os fornecedores oficiais dos uniformes da equipa europeia na Ryder Cup, somando-se a presença em competições de equitação e golfe.

De resto, se as célebres solas encarnadas estão para a Louboutin e os seus stilletos, na Loro Piana distinguem-se as brancas, com o seu espírito náutico. Eis as Open Walk e Summer Wal, leves, confortáveis e já icónicas. E também uma versão nos pés de Putin, que de visita ao mosteiro de Valaam, com o líder bielorruso, foi fotografado com uns confortáveis Loro Piana.

“Todos dizem que é o iate de Putin, mas ninguém sabe a quem pertence”. Scheherazade, um mistério ancorado na Toscana

O Presidente pode ter feito escola mas, justiça seja feita, outros protagonistas da ficção não terão feito menos — é que até Kendall Roy calça impecavelmente nos derradeiros episódios da saga “Succession”. Em fevereiro, o The Telegraph explicava por que motivo os ricos e poderosos se acotovelavam para comprar o seu desejado par no valor de quase 700 euros.

Clássico e formal ou siberian chic? “O essencial é que pareça respeitável”

Em agosto de 2017, o The Moscow Times revia o estilo do Presidente que garante não perder muito tempo a pensar no que vai vestir, confiando no melhor da alfaiataria e apostando em soluções casuais sempre que o contexto o permite. “Visto o que encontro no armário“, dizia Putin, que na fotogaleria associada tanto surgia de manga curta ao lado de Berlusconi, de pullover cinzento com decote em V sobre camisa azul clara, num camuflado a fazer trekking, num soft jacket e polo ao telefone, ou num irrepreensível fato cinzento.

Num artigo de 2015 originalmente publicado em russo, confirma-se a preferência pelas grandes marcas italianas. Gravatas Valentino? Check. Sapatos Salvatore Ferragamo? Check. Exclusivos fatos Kiton ou Brioni? Check. Faz tudo parte da lista de favoritos de Putin, que oscila entre a marca napolitana fundada por Ciro Paone em 1968, e a casa lançada por Nazareno Fonticoli e Gaetano Savini em Roma, em 1945 — que em 1952 organizava o primeiro desfile masculino na história moderna da Moda (e cujo nome foi beber às ilhas Brioni, atual Croácia, outrora destino de férias do jet set europeu e refúgio de eleição do presidente Tito).

“Publiquem o calendário de invasões que eu preciso de planear as minhas férias.” Maria Zakharova, o rosto polémico da diplomacia russa

Em qualquer dos casos, facilmente um conjunto de calças/casaco chega aos 10 mil euros. Conjunto cuja repetição no uso pode ter uma leitura bem mais profunda do que um simples lapso de guarda-roupa, especulava ainda em fevereiro o Daily Mail, debruçando-se sobre o vídeo em que o Presidente anunciava o arranque da ofensiva sobre a Ucrânia. Vale a pena recordar entretanto que com o desenrolar dos acontecimentos, a debandada do luxo tornou-se uma realidade incontornável.

O impacto do estilo do Presidente é de tal ordem no seu país que o orgulho patriota deu um passo extra em outubro de 2019, quando na trendy rua Bolshaya Dmitrovka, no espaço antigamente ocupado por uma Christian Louboutin, abriu portas uma Putin Team, uma loja, narrava a Forbes, que vendia peças de roupa desenhadas pelo retalhista russo da internet Aizel e cuja cara do Presidente aparecia em várias sweatshirt’s. Sugestões bem menos provocadoras que a galeria compilada até 2014 pela página Putin Gay Dress, que criou mais de 5000 looks para “vestir” o presidente de forma inesperada, sempre a favor da causa LGTB, um terreno minado para o líder.

Do pódio para a Duma, da Vogue para o topo dos media. Alina Kabaeva, a eterna namorada secreta de Putin

Há quatro anos, num dia em que regressou à sua terra natal, Abastasiia Fedorova cruzou-se na rua com um homem que usava uma camiseta estampada com uma foto de um Vladimir Putin em topless, com umas calças cargo caqui e óculos estilo Matrix, montando um urso. Para a High Snobiety, escreveria um artigo e deixaria no ar uma perplexidade: “Porque é que a Rússia está obcecada com o merchandising do Putin?”. A realidade é que estava. E se dúvidas restassem de que a roupa assume no contexto atual um papel que vai muito além da frivolidade, na Rússia os influencers pró-Putin envergam camisolas com a letra Z, numa manifestação de apoio ao regime vigente.

Fatos, gravatas e roupa de treino de milhares: no armário do macho alfa

Muitos ainda se recordarão dos dias em que Putin exibiu um look apropriado para a pesca na Sibéria, ou um trono a descoberto com acesso direto a qualquer roupeiro de um legítimo macho alfa. De resto, as suas férias de 2015 proporcionaram uma generosa galeria de momentos e looks compilados pelo The Guardian, entre mergulhos, banhos de sol e aventuras a bordo de um kayake. Não menos épico terá sido o seu passeio numa Harley Davidson de três rodas. Aliás, tanto volta aos blusões de cabedal que a inglesa Matchless London chegou mesmo a criar um bomber inspirado no Presidente russo, para marcar o seu 65.º aniversário, escrevia a Forbes em 2017. E que dizer daquele matching com o ministro da Defesa Sergey Shoigu, quando se mostraram com um vistoso casaco de peles saído de um atelier de São Petersburgo?

Para a história de 2015 passa também uma bizarra sessão de fotos e vídeos divugados pelo Kremlin em que o Presidente surge a exercitar-se num ginásio na propriedade Bocharov Ruchei, em Sochi. Uma sessão seguida de um momento barbecue, com a dupla de volta de um churrasco matinal. Se pretendia dar um sinal de vitalidade, exibindo a massa muscular ao lado do primeiro-ministro Dmitry Medvedev, o que mais captou a atenção foi o fato de treino de mais de três mil euros. De novo, uns práticos joggers Portland Loro Piana com um toque de seda e caxemira, lembrando a Bussiness Insider que o líder também possui o respetivo casaco. Contas feitas, a fatura ultrapassava os três mil euros, sem contar com a t’shirt ou o calçado.

Números à parte, a Quartz notava então como os produtos ocidentais, e em particular o luxo italiano, se mantinham entre os prediletos de Putin, que banira no país items tão diversos como laticínios, preservativos ou dispositivos médicos, em resposta às sanções impostas na sequência da anexação da Crimeia, em 2014.

Para a BBC, nesse mesmo ano, Katya Foreman lia as mensagens escondidas no seu armário, provando como à semelhança de outros timoneiros da política internacional, Putin encontrou no power dressing um importante aliado. Um visual nem sempre tão cuidadoso como atualmente. Para um regresso aos anos 90, e ao apogeu da cor numa era pós-soviética, vale a pena recordar os tracksuits que vestiram toda a família. A inspiração atlética haveria de se manter em cena mesmo quando Vladimir começou a ascender, sobrepondo por vezes esta peça casual a um fato.

A milionária coleção de relógios, e os óculos, de um presidente “Action Man”

Mais um aniversário, mais uma foto oficial. Em 2019, a especialista de moda do The New York Times, Vanessa Friedman, dedicava algumas notas ao registo “soldier chic” de Vladimir Putin, cujo atenção aos acessórios lhe vale em alguns domínios o rótulo de ícone de estilo. Em 2013, por exemplo, não passava despercebida a escolha dos óculos escuros Cartier Neil T8200716, um formato aviador com lentes castanhas polarizadas, e alternativa aos clássicos Ray-Ban. Mais extravagante e vanguardista foi o modelo testado durante a sua visita em 2012 ao Parque Tecnológico de Novosibirsk, ou à Universidade Gorny em São Petersburgo, em janeiro de 2015. Surpreendido foi o CEO da Randolph Engineering quando em junho de 2021 o Presidente Joe Biden ofereceu uns óculos aviador fabricados no Massachusetts, nesse encontro histórico na Suíça com o Vladmir Putin.

Em 2019, por ocasião do aniversário de Putin, o Kremlin divulgava um conjunto fotos que mostravam o Presidente em comunhão com a natureza, nas montanhas da Sibéria

Em modo “Action Man”, como muitas vezes é caracterizado, é quase sempre que despe o uniforme oficial que o cinturão negro de judo faz as delícias dos tabloides. Entenda-se que um nó de gravata e uma camisa estruturada não são os companheiros ideais quando se embarca num submersível para explorar o fundo do Lago Baikal, na Sibéria; quando se arrisca um voo de asa delta ou quando a missão do dia é lidar com um transmissor de rádio numa baleia. Para as ocasiões anteriores, Vladimir Putin decidiu-se por fatos de macaco azul-elétrico ou branco, roupa de mergulho, ou capacetes.

O desvio para outras nacionalidades, não menos ocidentais, revela-se no pulso do líder, e em particular através da sua vasta coleção de relógios. Em 2012, o grupo da oposição Solidarity estimava que o Presidente possuía um conjunto de exemplares no valor de 560 mil euros, cerca de seis vezes mais do que o seu salário anual declarado. Só o modelo Lange & Söhne Tourbograph com bracelete em pele de crocodilo estaria avaliado em 326 mil euros. Ainda mais inesperado foi um episódio saído de 2009. Durante a visita a uma fábrica em Tula, depois de um operário lhe pedir uma recordação da sua visita, o Presidente não hesitou: tirou do pulso o seu Blancpain de 6,600 euros e ofereceu-o a Viktor Zagaevsky.

Dos saltos de Imelda às botas de Kadyrov. “O diabo veste mesmo Prada”?

É longa a relação entre bens de luxo e a oligarquia e outros consumidores pouco recomendáveis. As notícias mais recentes trazem à baila umas botas Monolith, avistadas nos pés do ditador checheno Kadyrov, fotografado a falar com as forças de segurança do seu país. “O diabo veste mesmo Prada”, lê-se no Twitter. E se é de calçado que falamos, é impossível ignorar a histórica coleção de mais de mil pares de sapatos acumulada por Imelda Marcos, mulher do filipino Ferdinand Marcos. Já em 2004, a Reuters registava as compras avultadas do filho do Presidente da Guiné Equatorial, com Teodorin Obiang a estourar 80 mil dólares na Gucci e outros 50 mil na Dolca & Gabanna num só dia nos EUA.

Já na Coreia do Norte, não passa despercebida a tendência de Kim Jong-un para os topo de gama, mesmo que seja preciso contornar sanções para obter os seus cobiçados Mercedes e Rolls-Royce, explicava e 2019 o The New York Times.

Para além da demarcação, pouco sobra às grandes marcas quando a promoção é controversa. Que o diga um dos franchisados mais populares do mundo do cinema, a saga James Bond. Em 2008, nesse longo perfil que Masha Gessen assinou para a Vanity Fair sobre o Presidente Putin, os motores arrancam em Kutuzovsky, uma das principais artérias de Moscovo, por onde Vladimir, escolhido pelo círculo íntimo de Boris Yeltsin, em 1999, para ser o senhor que seguia, acelerava ao volante do seu Audi com matrícula…007, veículo a que se juntava um popular Volga dos anos 50 (mas com um moderno motor BMW).

Se boa parte do Ocidente o classifica como vilão, a verdade, lembra a BBC, é que “ele vê-se exatamente como o oposto, no papel de herói. “O seu físico e olhos azuis de gelo talvez signifiquem que ele poderia passar pelo gémeo maléfico de Daniel Craig, mas sempre será mais Blofeld no coração. Quando cartazes adulterados do “Casino Royale” foram espalhados por Moscovo, representando Putin como Bond, de arma na mão, diz-se que o governo russo não ficou contente, mas é difícil imaginar que Putin não tenha ficado um pouco lisonjeado”.

Se acha que um Putin não incomoda o suficiente, pode sempre passar pela Wish e encomendar um conjunto com várias imagens do líder russo. Uma compra à distância de uns meros 22 euros, uma quantia bem inferior aos habituais gastos do Presidente.

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