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epa09867333 A handout picture provided by the Vatican Media shows Pope Francis celebrating mass in Saint Publius Parish Church in Floriana, Malta, 03 April 2022. Pope Francy stays for a two-days official visit in Malta.  EPA/VATICAN MEDIA HANDOUT  HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES
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O Papa vai estar três dias no Cazaquistão

VATICAN MEDIA HANDOUT/EPA

O Papa vai estar três dias no Cazaquistão

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Guerra na Ucrânia. Papa Francisco vai ao Cazaquistão negociar a paz, mas sem o patriarca russo para o ouvir

Viagem do Papa ao Cazaquistão era aguardada com expectativa devido ao possível encontro com o patriarca russo para negociar a paz na Ucrânia. Sem Cirilo I, viagem mantém importância para o conflito.

O Papa Francisco aterra esta terça-feira na capital do Cazaquistão, Nursultan, para uma deslocação de três dias que deverá ficar mais marcada pelas ausências do que pelas presenças.

O líder da Igreja Católica vai àquele país de maioria islâmica (cerca de 70% da população), mas onde os cristãos, especialmente da Igreja Ortodoxa Russa, têm uma presença muito significativa (26%), para participar no VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais — mas, até ao final de agosto, o grande foco da viagem estava na muito aguardada reunião bilateral entre o Papa Francisco e o Patriarca de Moscovo, Cirilo I, líder da Igreja Ortodoxa Russa e um dos principais aliados de Vladimir Putin.

Contudo, a apenas três semanas do encontro, Cirilo I cancelou a deslocação e vai deixar um lugar vazio em Nursultan, frustrando pela segunda vez os esforços diplomáticos do Vaticano na busca de uma resolução para a guerra na Ucrânia. A relação da Igreja Católica com o espaço pós-soviético, com o Islão e com a China serão outros tópicos fundamentais nesta viagem do Papa.

Uma viagem com a guerra na Ucrânia como pano de fundo

A última — e única — vez que um Papa visitou o Cazaquistão foi em setembro de 2001. O polaco João Paulo II deslocou-se àquele país poucos dias depois de o Presidente norte-americano George W. Bush ter declarado a guerra ao terrorismo na sequência dos ataques de 11 de Setembro.

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Nessa altura, como lembra o jornal Crux, o Cazaquistão era um país independente havia apenas dez anos e o colapso da União Soviética era uma memória ainda muito viva entre os habitantes do país. Ao mesmo tempo que o país ainda tentava construir do zero uma sociedade pós-soviética, a tensão entre cristãos e muçulmanos tinha atingido um pico histórico devido ao 11 de Setembro e a promessa de Bush de perseguir os terroristas ameaçava lançar o mundo numa nova escalada de conflito.

Le Pape Jean-Paul II au Kazakhstan en 2001

João Paulo II foi o primeiro Papa a visitar o Cazaquistão. Em 2001, encontrou-se com o então Presidente Nazarbayev

Gamma-Rapho via Getty Images

Foi nesse contexto que João Paulo II procurou evocar o Cazaquistão como exemplo de convivência relativamente pacífica entre diferentes religiões num mundo em conflito. Dois anos depois, nascia naquele país o Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, uma iniciativa do então presidente cazaque, Nursultan Abishuly Nazarbayev, que se prolonga até aos dias de hoje.

Agora, o Papa Francisco chega à capital do Cazaquistão num período igualmente conturbado, numa altura em que já foi ultrapassada a barreira dos 200 dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, abrindo as portas a uma guerra no leste europeu que já causou milhares de mortes.

No final do ano passado, numa altura em que a tensão aumentava na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia e a possibilidade de uma guerra aberta começava a ganhar força, a dimensão religiosa do conflito também já se esboçava. O ano começou com a perspetiva de um encontro presencial entre o Papa Francisco, um interlocutor privilegiado do mundo ocidental, e o Patriarca Cirilo I. A reunião, que deveria acontecer no verão de 2022 em Jerusalém, era vista como uma oportunidade única para uma discussão franca de paz entre dois homens poderosos — o líder da maior denominação religiosa do mundo, que também é chefe de uma das diplomacias mais eficazes do globo, e o patriarca ortodoxo da Rússia, um dos mais fortes aliados de Vladimir Putin, que tem sido absolutamente instrumental para a consolidação do regime de Putin entre o povo russo.

Em nome de Putin, do Filho e do Espírito Santo. Como a Igreja Ortodoxa russa ajuda na guerra

Se tivesse acontecido, aquele teria sido o segundo encontro entre um Papa e um Patriarca de Moscovo em toda a história: o primeiro tinha acontecido em 2016, entre os mesmos dois homens, e abrira uma nova era de relações entre Roma e Moscovo, o que permitiu sonhar com a possibilidade de a diplomacia do Vaticano ajudar no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Mas a reunião não aconteceu. Em abril, o Vaticano anunciou que a reunião, que entretanto havia sido programada para o dia 12 de junho a pretexto da visita de Francisco ao Líbano, tinha sido cancelada. “A nossa diplomacia entendeu que um encontro entre nós os dois neste momento poderia provocar grande confusão”, justificou o Papa Francisco. Um mês antes, os dois homens tinham conversado por videoconferência — e os relatos feitos por Moscovo e por Roma sobre o que aconteceu na conversa abriram uma controvérsia que ambos os lados preferiram não continuar a alimentar.

Pode o país mais pequeno do mundo negociar a paz entre a Rússia e a Ucrânia? “As bases para a intervenção do Vaticano foram lançadas”

A nova reunião foi agendada para setembro, quando os dois líderes deveriam viajar para o Cazaquistão. Todavia, no final de agosto, a Igreja Ortodoxa Russa anunciou que, afinal, Cirilo I — um homem que ao longo dos últimos meses justificou várias vezes com argumentos religiosos a invasão da Ucrânia por parte da Rússia — não iria participar no congresso. Caíam, assim, por terra pela segunda vez as esperanças de um encontro entre o Papa Francisco e Cirilo I, que já dificilmente acontecerá este ano.

Sem a presença do patriarca russo, o Papa Francisco viaja ao Cazaquistão para uma reunião em que o grande foco estará precisamente na ausência daquele que seria o principal interlocutor com quem discutir a possibilidade de paz no leste europeu, uma das grandes prioridades da cimeira de líderes religiosos.

Ainda assim, o simples facto de esta cimeira, com este tema na agenda, se realizar neste momento no Cazaquistão tem um simbolismo assinalável, transformando em palco de debate da paz um país historicamente aliado de Moscovo, mas que, ao longo dos últimos meses, se tem gradualmente afastado do regime russo.

Antigo república soviética, o Cazaquistão é um país independente desde dezembro de 1991, e desde o início da década de 1990 integra a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), uma aliança militar ao estilo da NATO, mas liderada pela Rússia e integrando um conjunto de Estados pós-soviéticos, incluindo a Arménia, a Bielorrússia, o Cazaquistão, o Quirguistão e o Tajiquistão. O Cazaquistão faz igualmente parte da União Económica Eurasiática (UEE), uma organização semelhante à União Europeia, mas igualmente centrada em torno de Moscovo e juntando a Arménia, a Bielorrússia, o Cazaquistão e o Quirguistão.

O Papa Francisco e o Patriarca Cirilo I encontraram-se pela primeira vez em Cuba, em 2016

AFP/Getty Images

Tanto a OTSC como a UEE são vistas como importantes ferramentas geopolíticas da Rússia para manter a sua influência na região euroasiática e a nível global.

No Cazaquistão, vive-se o difícil equilíbrio entre a pertença à esfera de influência da Rússia (de que o país ainda depende) e a necessária evolução económica e integração no mundo global que o país ambiciona. “Com a Rússia e a Bielorrússia atualmente sujeitas a sanções internacionais e os outros dois membros — a Arménia e o Quirguistão — sendo economias pequenas e endividadas, o Cazaquistão é a única economia aberta e dinâmica naquilo que é visto como um grupo cada vez mais disfuncional”, escreveu recentemente a investigadora Bhavna Davé, da Faculdade de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres, referindo-se à UEE.

Mais difícil para o Cazaquistão será desprender-se da Rússia em termos de segurança. Ainda em fevereiro, a Rússia enviou para o Cazaquistão um conjunto de militares para ajudar o governo a lidar com os violentos protestos que irromperam nas ruas do país em resposta ao aumento dos preços dos combustíveis. Foi a primeira vez em 30 anos que as forças de manutenção da paz da OTSC foram mobilizadas — e sem elas dificilmente o Cazaquistão teria conseguido reprimir os protestos —, como Vladimir Putin salientou publicamente.

No contexto da atual guerra na Ucrânia, o Cazaquistão está a ter crescentes dificuldades em manter uma linha política de diálogo com todos — “a Rússia, a China, o ocidente e o mundo muçulmano”, como descreve Davé —, sobretudo quando entre a população do país têm surgido vozes de apoio à Ucrânia. No início da guerra, quando as Nações Unidas aprovaram uma resolução de condenação à Rússia pela invasão da Ucrânia, o Cazaquistão absteve-se. Antes, tinha rejeitado enviar militares para ajudar Moscovo na invasão. Mais recentemente, o país tem permitido a realização de manifestações pró-Ucrânia e contra Putin, o que coloca o Cazaquistão num difícil equilíbrio entre a pressão de Moscovo e a abertura ao mundo ocidental.

A partir da Igreja Católica, também é este o sentimento que tem sido captado. “Há uma tendência para a manutenção da neutralidade”, disse recentemente à imprensa o padre católico Guido Trezzani, que dirige a Cáritas do Cazaquistão.

É neste país situado entre o ocidente e a influência de Moscovo que os líderes religiosos de todo o mundo, com especial destaque para o Papa Francisco, se vão reunir num encontro que terá a guerra na Ucrânia como pano de fundo. “Espero que o próximo congresso no Cazaquistão seja uma oportunidade para o encontro e o diálogo”, disse recentemente o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, o chefe da diplomacia do Vaticano, antecipando a participação do Papa Francisco no congresso.

“A guerra nunca é um evento inevitável. Tem as suas raízes no coração da pessoa humana, é movida pela vanglória, pelo orgulho, pela arrogância e pela ganância”, acrescentou Parolin. “A guerra pode ser evitada dando um passo atrás, abandonando as acusações e as ameaças, que são causa de desconfiança mútua. Infelizmente, por estes dias, a capacidade para escutar e os esforços para compreender a lógica daqueles que pensam de modo diferente de nós têm-se reduzido a todos os níveis.”

Kazakhstan: Protesters in Almaty enters governor's office amid fuel price increase

Os protestos violentos no Cazaquistão no início do ano foram reprimidos com auxílio da tropa russa

Anadolu Agency via Getty Images

Na semana passada, o Vaticano anunciou que o lema da viagem do Papa Francisco ao Cazaquistão será “Mensageiros de paz e de unidade”. Nas palavras do porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, “no centro deste caminho só pode estar o diálogo, o encontro, a busca da paz entre os diversos mundos religiosos e culturais”.

Numa conferência de imprensa em Roma, Matteo Bruni não hesitou em apontar os paralelismos entre o momento de tensão em que João Paulo II visitou o Cazaquistão em 2001 e os dias de hoje — e lembrou que o Papa polaco foi àquele país lembrar que “as religiões não podem ser lugares de conflito”, pedindo “que a paz reine”.

Essa tem sido, aliás, a principal mensagem do Papa Francisco para o líder ortodoxo em relação à guerra. Na conversa por videoconferência em março, Francisco disse a Cirilo I que “a Igreja não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus”.

Em maio, numa entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Francisco deu mais detalhes sobre aquela conversa. “Eu ouvi-o e disse-lhe: não percebo nada disto. Irmão, nós não somos clérigos estatais, não podemos usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus. Somos pastores do mesmo povo santo de Deus. Por causa disto, devemos procurar avenidas para a paz, para pôr um fim ao disparo das armas”, contou Francisco.

“O patriarca não se pode transformar no acólito de Putin”, acrescentou o Papa.

A partir do Cazaquistão, mesmo sem Cirilo I na audiência, o Papa Francisco procurará interpelar os líderes de todas as religiões presentes a usarem o diálogo religioso como plataforma para o diálogo de paz. Resta saber se a mensagem vai ser recebida em Moscovo.

O que é certo, para já, é que as visitas que Francisco queria fazer a Kiev e a Moscovo com o objetivo de dialogar pessoalmente com Zelensky e Putin não têm data prevista. Curiosamente, embora o Papa tenha mantido contactos próximos com Zelensky ao longo dos últimos meses, o mesmo não tem acontecido com Putin — e nem mesmo agora haverá oportunidade para a mais breve troca de palavras.

epa10177499 Pope Francis delivers the Angelus prayer from his window overlooking St. Peter's Square, Vatican City, 11 September 2022.  EPA/GIUSEPPE LAMI

O Papa Francisco tem falado frequentemente sobre a guerra na Ucrânia, multiplicando-se em apelos à paz

GIUSEPPE LAMI/EPA

Habitualmente, durante uma viagem internacional, o Papa envia um telegrama com cumprimentos aos chefes de Estado de todos os países que o avião papal sobrevoa, como manifestação de cortesia. Desta vez, embora a rota mais curta entre Roma e Nursultan sobrevoe uma parte do território russo, o avião papal vai optar por uma rota mais longa, sobrevoando a Croácia, a Bósnia-Herzegovina, a Sérvia, a Bulgária, a Turquia, a Geórgia e o Azerbaijão — mas evitando o território russo, pelo que Francisco não irá enviar um telegrama a Putin.

Xi Jinping e Papa Francisco no mesmo dia na mesma cidade — mas não se sabe se haverá encontro

Se é certo que a guerra na Ucrânia vai ser o tema dominante do congresso dos líderes religiosos, há um assunto que vai inevitavelmente pairar sobre a cimeira: a religião na China, especialmente a presença da Igreja Católica naquele país, que, à semelhança da Rússia, também faz fronteira com o Cazaquistão.

Sem relações diplomáticas desde 1951, a Santa Sé e a China fizeram na última década um caminho de reaproximação que permitisse pôr um ponto final na perseguição religiosa de que os católicos foram alvo ao longo das últimas décadas. Em 2018, Vaticano e Pequim assinaram um acordo histórico que permitiu acabar com as duas Igrejas Católicas que existiam no país (uma oficial, fiel ao regime e sem comunhão com Roma; e outra clandestina, ligada ao Papa, duramente perseguida e reprimida pelas autoridades chinesas), resolvendo o problema mais premente, a nomeação dos bispos, dando ao Papa o direito de veto sobre os bispos católicos chineses. Na altura, os detratores de Francisco acusaram o Papa de vender a Igreja ao regime de Pequim, mas o Papa, apostado na evolução pelo diálogo, tem patrocinado as renovações deste acordo, que permite uma vida mais livre aos católicos na China.

O acordo foi renovado em 2020 e deverá ser renovado novamente este ano, numa nova versão atualizada que está a ser negociada pelas duas partes.

China. O Papa Francisco está a vender a Igreja ao regime?

Mas o tema continua a ser controverso, e mais controverso se tornou este ano com a detenção do cardeal Joseph Zen, bispo emérito de Hong Kong, pelas autoridades chinesas, por apoiar os movimentos pró-democracia que têm protagonizado protestos na cidade. A detenção fez escalar a tensão entre o Vaticano e a China — e a renovação do acordo poderá até estar em risco.

Nesse aspeto, um encontro entre o Papa Francisco e o Presidente chinês, Xi Jinping, era apontado como um passo fundamental no desbloqueio do processo — e poderia até acontecer esta semana no Cazaquistão, uma vez que o líder chinês se encontra no país ao mesmo tempo que o Papa.

Xi Jinping faz esta semana a sua primeira viagem ao estrangeiro desde a eclosão da pandemia da Covid-19, esperando-se uma paragem em Nursultan na quarta-feira (quando o Papa lá estará). O presidente chinês segue, depois, para o Uzbequistão, onde vai participar num fórum mundial e onde se deverá encontrar pessoalmente com Vladimir Putin.

epa09970749 Scholar Hui Po-keung (L), Cardinal Joseph Zen (2-L), singer-activist Denise Ho (2-R), and prominent Hong Kong barrister Margaret Ng (R) arrive at the West Kowloon Magistrates' Courts in Hong Kong, China, 24 May 2022. The four pro-democracy activists are on bail following their arrests by national security police after being accused of conspiring to collude with foreign powers in relation to a relief fund set up to providing legal assistance, medical treatment and emergency relief for protesters during the 2019 anti-extradition unrest.  EPA/JEROME FAVRE

A detenção do cardeal Joseph Zen fez subir as tensões entre o Vaticano e a China

JEROME FAVRE/EPA

Como escreveu esta semana o analista da política vaticana John Allen Jr., um encontro entre o Papa Francisco e Xi Jinping não está para já nos planos, embora os dois homens estejam na mesma cidade no mesmo dia. Questionado diretamente sobre o assunto, o porta-voz do Vaticano desviou o assunto, limitando-se a dizer que “não há alterações ao programa” oficial de Francisco no Cazaquistão.

O programa oficial é escasso em informações. O único momento que parece sugerir a existência de encontros bilaterais surge justamente na quarta-feira às 12h locais — mas a agenda fala apenas de “encontros privados com alguns líderes religiosos”.

Ainda segundo a análise de John Allen Jr., “há duas décadas, o notável legado do Cazaquistão de uma harmonia entre muçulmanos e cristãos parecia oferecer um contraponto aos alarmes relativos a um confronto de civilizações”. Vinte anos depois, em tempo de guerra na Europa, resta saber se um encontro de alto nível no Cazaquistão poderá passar uma mensagem semelhante.

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