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Inês Sousa Real conseguiu, na noite deste domingo, 118.574 votos, o que se traduz em 1,9%, de acordo com os dados apurados até agora. Votação aumentou, mas não se traduziu em mais mandatos
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Inês Sousa Real conseguiu, na noite deste domingo, 118.574 votos, o que se traduz em 1,9%, de acordo com os dados apurados até agora. Votação aumentou, mas não se traduziu em mais mandatos

LUSA

Inês Sousa Real conseguiu, na noite deste domingo, 118.574 votos, o que se traduz em 1,9%, de acordo com os dados apurados até agora. Votação aumentou, mas não se traduziu em mais mandatos

LUSA

Inês Sousa Real falha objetivo, mas rejeita "derrota pessoal" e aponta a Marcelo: "Causador da instabilidade"

A porta-voz do PAN diz que eleição no Porto falhou por "800 votos", mas mantém-se optimista para nova legislatura, responsabiliza Marcelo e não exclui acordos com Montenegro.

Mais votos, mas sem aumento de mandatos. Foram precisas várias horas de muita espera, mas, e à semelhança das últimas eleições, o fim da noite trouxe o mínimo esperado: Inês Sousa Real foi eleita deputada, pelo círculo de Lisboa, e, finalmente, o silêncio que durava desde o final da tarde foi quebrado na Sala do Rei, na Estação do Rossio. “Já está!”, ouviu-se de repente, com a chegada da tão aguardada notícia da eleição. Os cerca de 50 elementos do partido presentes aplaudiram o feito, agitaram as pequenas bandeiras verdes que tinham sido colocadas na sala e que estavam arrumadas desde então e gritaram: “Somos PAN!”

Inês Sousa Real conseguiu, na noite deste domingo, 118.574 votos, o que se traduz em 1,9%. O objetivo principal, o de recuperar o grupo parlamentar perdido nas últimas legislativas, falhou, mas a porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza rejeita que o resultado seja uma derrota. Pelo contrário: no discurso de reação aos resultados, Inês Sousa Real destacou o crescimento do partido.

Este resultado não é uma derrota pessoal. Saio daqui com muito orgulho sabendo que crescemos em todo o país. Este é o nosso melhor resultado. Resgatámos mais de 35 mil votos, recuperámos o lugar na Madeira, reelegemos nos Açores [nas regionais] e estamos de olhos postos no Parlamento Europeu”, declarou, ao final da noite.

People-Animals-Nature (PAN) Party spokeswoman Ines de Sousa Real (C-R) celebrates his election during the election night of the legislative elections 2024 at Party headquarters in Lisbon, Portugal, 11 March 2024. More than 10.8 million Portuguese are expected to vote to elect 230 deputies to the Portuguese Parliament. Eighteen political forces (15 parties and three coalitions) are running in these elections. ANTONIO COTRIM/LUSA

O local escolhido pelo Pessoas-Animais-Natureza para acompanhar a noite eleitoral foi a Sala do Rei, na Estação do Rossio, em Lisboa. Cerca de 50 elementos do PAN encheram a sala

ANTONIO COTRIM/LUSA

De facto, o PAN registou um crescimento nestas eleições legislativas. Em 2022, tinha conseguido 82.252 votos, ou seja, 1,5%. Volvidos dois anos, é uma diferença de 36.322 votos. Ainda assim, não foi suficiente para conseguir mais mandatos — em particular no Porto, aposta forte durante a campanha. Um facto que Inês Sousa Real também não ignorou no discurso: “Estivemos a cerca de 800 votos de eleger a Anabela Castro (cabeça de lista pelo Porto)”.

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Lisboa, Porto, Setúbal e Faro foram os distritos onde o PAN arrecadou mais boletins. E onde mais cresceu face às últimas legislativas. Este ano, no círculo de Lisboa, o partido conseguiu 2,5% face aos 2% de há dois anos. Subida semelhante no Porto, com um aumento de 1,7% para 2,1%. Em Setúbal, o partido manteve os 2% de há dois anos, mas em Faro, nova subida: em 2022 foram 2,2%, agora chega à marca de 2,6%.

"Sabemos que o contexto político é bastante adverso e não posso deixar de lamentar que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha contribuído, de alguma forma, para toda a instabilidade política que temos vivido"
Inês Sousa Real

No entanto, o aumento do número de votos não se traduziu na eleição de mais mandatos e o PAN passa a ser o único partido com apenas um deputado no Parlamento, depois do crescimento do Livre. Ainda assim, Inês Sousa Real afirma que “já ficou claro” que “os portugueses querem o PAN na Assembleia da República”. A porta-voz do partido afirma, por isso, que vai continuar a lutar pelas bandeiras que sempre defendeu na Assembleia da República, destacando os direitos humanos e a causa animal.

Em declarações ao Observador, o candidato pelo círculo da Europa, Paulo Vieira de Castro, também destaca o crescimento da votação do Pessoas-Animais-Natureza, mas lamenta que isso não se tenha traduzido num maior número de mandatos.

Ouça aqui as declarações de Paulo Vieira de Castro

PAN. “Temos mais 30% de votos do que em 2022”

Críticas a Marcelo, que levou à “descrença das pessoas”, e os possíveis acordos com o PSD

No discurso de reação aos resultados, no quartel-general do PAN, a deputada reeleita aproveitou para deixar duras críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, acusando-o de ter contribuído para a instabilidade política.

Sabemos que o contexto político é bastante adverso e não posso deixar de lamentar que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha contribuído, de alguma forma, para toda a instabilidade política que temos vivido, para que a descrença das pessoas se tenha transformado num voto de protesto ao invés de um voto de confiança nas forças políticas do espetro democrático”, afirmou.

Inês Sousa Real deixa ainda um aviso: “Não podemos em democracia andar a brincar com a vida das pessoas”.

“Marcelo Rebelo de Sousa tem repetidamente levado o país para ciclos eleitorais”, continuou, lembrando que “já é o segundo mandato que temos interrompido por parte de Marcelo Rebelo de Sousa”. E faz o alerta: “Mesmo perante o perigo de estendermos a passadeira à extrema-direita no nosso país”, numa referência ao crescimento do Chega.

Ainda assim, e depois destas críticas ao Presidente da República, a deputada agora reeleita demonstrou confiança de que, caso o país vá novamente para eleições, “os portugueses vão olhar para aquilo que possam ser soluções construtivas na Assembleia da República e não para forças populistas não democráticas”.

Pipinho, cão conhecido como "embaixador" do PAN, também esteve presente na sede

LUSA

Já questionada sobre possíveis acordos com Luís Montenegro e o PSD, tal como aconteceu na Madeira, Inês Sousa Real repetiu que “para o PAN as causas não são negociáveis”, mas não fecha completamente a porta a essa possibilidade.

Vamos fazer uma análise dos resultados em sede própria. Os nossos valores estão acima de qualquer interesse político-partidário e por isso mesmo o PAN mantém aquilo que sempre disse em relação a uma aliança com a Aliança Democrática”, explicou.

A “mancha” dos antigos membros do PAN e Pipinho, o cão “embaixador”

No discurso, a deputada reeleita foi ainda questionada sobre as recentes desfiliações. Elza Cunha e Paulo Batista, eleitos pelo distrito de Faro nas últimas autárquicas, abandonaram o partido em plena campanha. Inês Sousa Real volta a falar em “oportunismo”. André Silva, antigo porta-voz, também não ficou de fora: “Lamento profundamente que essas pessoas tenham optado por manchar o própria legado que ajudaram a construir”.

A noite eleitoral do Pessoas-Animais-Natureza contou também com a presença de Pipinho, uma espécie de mascote do partido. O cão, de um dos membros do PAN e conhecido como “embaixador” do partido, tem sido presença assídua nas ações e não ficou de fora nesta noite eleitoral, que decorreu na Sala do Rei, na Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa.

PAN a braços com desfiliações em plena campanha. “Quem não concorda com as decisões dos órgãos centrais é marginalizado”

O PAN participou pela primeira vez nas eleições legislativas em 2011, sendo que na altura não conseguiu eleger deputados. Entrou pela primeira vez no Parlamento em 2015. Pouco depois, em 2019, conseguiu o melhor resultado, com a eleição de um grupo parlamentar composto por quatro deputados. Em 2022, sofreu um revés e ficou limitado à porta-voz, Inês Sousa Real. O mesmo acontece agora, nas eleições legislativas antecipadas de 2024, com os dados apurados até ao final da noite deste domingo.

"Lamento profundamente que essas pessoas (André Silva, Elza Pais e Paulo Batista) tenham optado por manchar o própria legado que ajudaram a construir"
Inês Sousa Real
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