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Jakub Józef Orliński: um contratenor "breakdancer" à procura de liberdade no barroco

Estrela em ascensão na música erudita, Jakub Józef Orliński estreia-se em Portugal com árias barrocas e uma homenagem a Jorge Gil. Entrevistámo-lo antes dos concertos no Porto e em Lisboa.

Não é todos os dias que um cantor lírico, muito menos um contratenor, se torna numa sensação da Internet, mas foi isso que aconteceu com Jakub Józef Orliński. O jovem, hoje com 32 anos, nascido na Polónia, já tinha nome no mundo da música clássica, mas ficou conhecido depois de um vídeo, em que interpreta a melancólica ária de Vivaldi “Vedrò con Mio Diletto”, se ter tornado viral, com milhões de visualizações que rapidamente o catapultaram para o estrelato.

Tudo porque, ao receber o pedido para atuar, o cantor terá perguntado se tinha que usar alguma roupa especial; disseram-lhe que não, sem avisarem que ia haver transmissão em direto na Internet. Acreditando tratar-se apenas de uma sessão gravada, a convite de uma rádio clássica, surgiu de ténis e bermudas. O universo digital e as redes sociais fizeram o resto:

Alguns anos volvidos desde então, Orliński é um reconhecido contratenor, distinguido com alguns dos mais importantes prémios da indústria musical e nomeações para os Grammys. Distingue-se também por ser breakdancer, por ser modelo e pela presença carismática nas redes sociais, sobretudo no Instagram, que usa de forma descomplexada, dando a conhecer o dia-a-dia de um artista profissional num panorama erudito e tantas vezes, de forma mais preconceituosa ou não, entendido como conservador. Prepara agora a sua estreia em Portugal, que acontece primeiro no Porto, no Teatro Rivoli, sábado, dia 25 de março, e depois em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, na segunda-feira, dia 27. Em ambos os concertos estará acompanhado pela não menos célebre orquestra Il Pomo d’Oro, fundada em 2012, com o programa Facce d’Amore – o nome do seu segundo registo discográfico, de 2019 –, que compreende árias barrocas.

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Para estes concertos, que servem igualmente de homenagem a Jorge Gil (1943-2019), fundador do Em Órbita, referência no panorama radiofónico português e na organização de concertos de música erudita, Orliński quer partilhar um pouco do seu mundo e do seu conhecimento, que tem ajudado a posicionar de forma mais plena os contratenores, muitas vezes mal interpretados face ao desconhecimento que existe sobre estas singulares e raras vozes.

A propósito desta sua passagem por Portugal e da carreira que tem construído, falou com o Observador sobre as motivações e os desafios que continuam a fazer com que queira sempre superar-se como intérprete. “Sou bastante jovem, tenho 32 anos, já fiz bastante e estou orgulhoso disso (…). Todos os dias são um desafio para encarar e para tentar ser melhor para o público que vai aos concertos.” Tem mais um álbum em preparação e acredita que no mesmo no domínio da música clássica há sempre espaço para se inovar, mesmo que isso implique levar o breakdancing para as suas atuações (as menos convencionais, pelo menos, algo que já fez).

“Se permanecermos sempre no mesmo sítio e com a mesma abordagem, na verdade retrocedemos; se queremos que a música clássica e erudita avance no tempo, também nós, intérpretes temos de estar abertos a esse mindset. Se queremos ser inovadores, temos de tentar fazer mudanças, bem como cometer erros”, sustenta. A forma como olha para a sua arte é descomplexada e é isso que faz com que acredite que mesmo a música mais indecifrável pode atrair novos públicos pela curiosidade e pelo conhecimento que se transmite.

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"Podemos nem compreender bem o que diz uma ária, ou o que certa personagem está mesmo a querer dizer, mas o importante é podemos entrar naquela atmosfera"

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Dois concertos, um sábado, no Porto, e outro segunda-feira, em Lisboa, marcam a sua estreia em Portugal? É a primeira vez que visita as duas cidades?
Sim. Vai ser, de facto, a minha primeira vez em Portugal. Estou super entusiasmado, porque nunca estive nesse país do qual tanto se fala. Tenho viajado por toda a Europa e nunca estive numa das partes mais bonitas e singulares do continente europeu. Quero ir e cantar – porque obviamente é para isso que aí vou – mas também para ver as cidades. Tenho amigos no Porto e em Lisboa e portanto já tenho toda uma lista de sítios para visitar, sobretudo sítios para comer, e visto que a gastronomia é algo que quero sempre conhecer em qualquer país novo que visito.

É provável que também encontre breakdancers nas ruas.
Espero que sim. Creio que a Momentum Crew está baseada no Porto e espero ter a oportunidade de os visitar e conhecer. Tenho sempre uma agenda preenchida nestes concertos, mas se conseguir organizar bem o programa, terei tempo. Tenho de estar preparado e a sentir-me bem, mas se assim for, tudo vai funcionar.

Que espectáculo é este que vem apresentar?
É um espetáculo que surge a partir de um disco meu de 2019 (Facce d’Amore), laçando antes da pandemia, mas a verdade é que mesmo quatro anos depois – o que pode parecer uma eternidade – continua a ser relevante para mim e continua a ser um álbum novo, uma vez que durante dois anos ele não pôde ser devidamente apresentado. Por causa disso, tenho este programa como um dos mais importantes para mim e mesmo para o público. Apresenta, literalmente, diferentes faces do amor, nas quais acredito que qualquer pessoa consegue encontrar conexões e ecos no decurso do programa, feito pelo meu amigo, o musicólogo Yanni François. Há coisas muito interessantes a acontecer em termos musicais no palco, mas realmente é um programa energético, com momentos de melancolia e mais emocionais que criam essa ligação com as pessoas.

"O barroco é sinónimo também de liberdade. Mesmo quando abordamos certas peças, e com os músicos, há sempre espaço para experimentarmos algumas mudanças. Estou rodeado de grandes músicos que quando escutam, reagem."

São elementos que fazem parte dessa equação?
Sim, absolutamente.

Este concerto interpreta obras de Cavalli e Boretti, de Conti, Händel, Predieri e Bononcini. O que é que ainda temos a aprender com estes compositores?
É uma viagem total. Uma jornada pela emoção e pelo amor, mas é mais do que isso. O amor contém todas as outras emoções, que são hiperbolizadas pelo sentimento. Podemos estar loucos de amor e isso levar-nos a fazer coisas irrefletidas. É também isso que tentamos demonstrar com este programa: diferentes tipos de amor que coexistem. O amor incondicional, ou amor impossível ou não correspondido, mas também o amor que nos traz felicidade sob diversas formas. Não acredito que seja por ouvirmos um destes compositores ou uma determinada ária que passamos a saber funcionar no amor como seres mais capazes, mas podemos perceber o que é estar naquele lugar e naquela narrativa em que se cria uma atmosfera e aí, sim, sentir algo. Acho que esse é o aspeto mais importante. Hoje em dia tudo acontece a uma velocidade estonteante; temos um telemóvel nas mãos e tudo se arruma com um rápido swipe à esquerda ou à direita e o nosso foco perde-se rapidamente, mas quando se entra neste tipo de jornada, como aquela que propomos, entramos numa viagem ligada ao amor, mas também à vida destes compositores, ao barroco e àquilo que era também a posição das pessoas dessa época em relação ao amor. Bem vistas as coisas, não eram assim tão diferentes na forma como olhavam para o amor.

Mas nem sempre é fácil compreender isso numa ária barroca…
É verdade. Podemos nem compreender bem o que diz uma ária, ou o que certa personagem está mesmo a querer dizer, mas o importante é podemos entrar naquela atmosfera e tenho a certeza que quem estiver a assistir vai, de alguma forma, sentir ligação com aquilo que está a acontecer em palco. Como artista, isso é o mais importante… partilhar esse sentimento e mexer com as emoções das pessoas.

Jakub é contratenor, mas também uma figura destacada no breakdancing; como é que estas duas expressões conseguem equilibrar-se sem que uma delas tenha de ser colocada de parte?
A chave é manter-me focado e organizado. A dança traz-me, obviamente, satisfação, mas também ajuda a manter-me são em termos físicos e mentais. Como se costuma dizer: corpo são, mente sã. O breakdance ajuda-me a sentir-me saudável e a estar pronto para todos os pedidos complexos que me fazem em termos de concertos e de performances operáticas. Ainda recentemente, em França, fizeram-me uma proposta para uma performance de ópera num skatepark, em que eu estava a andar num skate enquanto cantava peças extremamente exigentes do ponto de vista vocal. Isto tudo no meio de uma agenda preenchida de concertos mais convencionais, com músicas de diferentes períodos históricos. Isto para dizer que, atualmente, para estar preparado e focado, preciso de ter cuidados com o corpo. Para mim, o breakdancing funciona como forma de me sentir saudável e de ter um balanço positivo, sobretudo tendo em conta aspetos psicológicos. De outra forma, seria mais desafiante. A dança é o meu escape, mas é também parte do meu trabalho.

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"Há espaço para a ópera mais conservadora e para os concertos mais convencionais"

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Faz parte de uma geração mais descomplexada em relação à música erudita. Já fez um espetáculo de ópera com uma performance de breakdance na abertura. Parece impensável que isso acontecesse há uns anos e não precisamos de recuar muito no tempo. Sente que ajuda a desconstruir alguns estereótipos?
O ponto mais importante para mim é: se permanecermos sempre no mesmo sítio e com a mesma abordagem, na verdade retrocedemos; se queremos que a música clássica e erudita avance no tempo, também nós, intérpretes, temos de estar abertos a esse mindset. Se queremos ser inovadores, temos que tentar fazer mudanças, bem como cometer erros – nem tudo aquilo que se faz e que parece modernizar é bom. Muitas vezes são tentativas falhadas e que não têm um bom resultado, mas há pequenas coisas que se podem mudar para melhor e que correm bem. Às vezes, pega-se num elemento simples e constrói-se algo incrível e novo, que é refrescante e que se pode tornar relevante até para atrair novos públicos. Há espaço para a ópera mais conservadora e para os concertos mais convencionais. Não tenho problema algum com esse modelo e nem pretendo mudar isso. Agora, em termos do meu percurso, há momentos em que quero tentar fazer as coisas da forma como as sinto. É uma forma de ser verdadeiro comigo próprio – se as pessoas gostarem é ótimo, mas se não gostarem também é ótimo. O importante é que adoro o que faço e por isso é que me motivo a tentar fazer diferente.

Neste espetáculo há espaço para isso?
Completamente. O barroco é sinónimo também de liberdade. Mesmo quando abordamos certas peças, e com os músicos, há sempre espaço para experimentarmos algumas mudanças. Estou rodeado de grandes músicos que quando escutam, reagem. O mesmo sucede comigo, quando os ouço, reajo e trabalhamos juntos. Isso faz com que nenhum destes concertos seja igual.

Existem estudos académicos sobre a sua carreira, onde se fala de questões de género, mas também do uso do corpo no espaço mediático. Não deixa de ser interessante pensar que, como contratenor, também criou alguma consciência sobre um tipo de vozes que é mais particular. Sente que já se olha de forma diferente para os contratenores?
Quando comecei, existiam na Polónia não mais do que dois contratenores. Era bastante duro… mentalmente era difícil para mim ocupar aquele espaço. As pessoas não estavam realmente prontas para verem um homem com uma voz de canto tão aguda. Tive vários momentos, no inicio do meu percurso, em que estavam oito pessoas na audiência e assim que começava a cantar ficavam apenas três na sala, porque simplesmente não entendiam. Atualmente, isso mudou. Nesse contexto, as redes sociais mudaram a capacidade de recolhermos informação, que está mais facilitada. Quem vai a um concerto sabe mais sobre aquilo a que vai assistir. Há mais informação e não é desculpa não fazer uma pesquisa sobre algo que se vai ver pela primeira vez e da qual se sabe pouco. É por isso que temos toda uma nova geração de pessoas, jovens e até mesmo adolescentes, que vão à ópera, e que mesmo sem saberem muito sobre a música, têm curiosidade. Não julgam tanto, como acontecia noutros tempos ou nos anos em que ainda muito jovem comecei a dar concertos. Essa mudança é muito mais visível – daí que tenhamos hoje contratenores que se apresentam de uma forma bastante masculina, bem como sopranos que não escondem o seu lado feminino. E a verdade é que, no fim de contas, não há nada certo ou errado nisso. São eles em palco e devem ser verdadeiros com o que são e com aquilo que sentem. Acredito que isso é algo muito poderoso para quem vê.

"O breakdance ajuda-me a sentir-me saudável e a estar pronto para todos os pedidos complexos que me fazem em termos de concertos. Ainda recentemente, em França, fiz uma performance enquanto andava num skate e cantava peças extremamente exigentes do ponto de vista vocal."

Recentemente, a Escolanía de Montserrat, uma escola em Espanha muito conhecida pelo canto gregoriano e os coros constituídos apenas por elementos do sexo masculino, disse que iria passar a abrir as posições dos coros também a raparigas. Vê estas mudanças como sinais positivos?
Claro que sim. Há tantas coisas a acontecer no mundo ao mesmo tempo e tantos projetos que é ridículo não vermos que há espaço para todos. Há espaço para grupos mais conservadores – com coros só de rapazes ou só de raparigas – como também para grupos mistos. Não há nada de errado com isso. Só pode originar coisas positivas e entusiasmante, e por isso mesmo, porque não tentar mudar?

Muitas pessoas conhecem-no certamente pelas redes sociais, pela dança, mas também pelo universo da moda. É uma forma de chegar a outros públicos?
Sempre mantive um foco nos canais que geram informação sobre mim e sobre os concertos que dou. No meio disso tudo, adoro o Instagram. Tornou-se na minha forma de mostrar às pessoas o que significa ser um artista de música clássica, o que significa fazer digressões, bem como mostrar que é possível fazer outras coisas, ligadas à dança ou à publicidade. Claro que há coisas comerciais e marcas, mas só as aceito se fizerem parte e se enquadrarem no meu perfil artístico. Mas isto para sublinhar que tento usar a redes sociais para mostrar às pessoas como é que as coisas acontecem realmente, que não é apenas entrar em palco, cantar e sair de volta para os camarins. As pessoas querem saber mais sobre o que envolve um espetáculo, sobre o que acontece por detrás da cortina, o que é que fazemos quando não estamos a atuar. O mais engraçado é que, como acabamos por viajar, as pessoas querem depois conhecer os locais por onde passamos. Tenho pessoas que me enviam mensagem a contar histórias destas todas as semanas; que foram conhecer uma cidade ou um teatro porque estivemos lá a atuar e ficaram com vontade de ter a mesma experiência.

Aos 32 anos, já colecionou diversos prémios e foi inclusive nomeado para dois Grammys. Ainda fica motivado com a possibilidade de gravar mais um disco?
No momento em que estamos a ter esta conversa, tenho aqui ao lado, no meu computador, um álbum completamente novo que gravei em dezembro e que espero lançar brevemente. Estou muito ansioso e muito motivado para continuar este caminho.

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"Tem de existir muito cuidado… daquilo que vejo, existe atualmente muita gente que quer misturar música clássico com hip hop ou com pop, mas é muito engatilhado e mal feito"

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Mas há uma estratégia definida? Já gravou muitas peças do período do barroco, algumas coisas mais contemporâneas…
Tenho diversas ideias. É, ao mesmo tempo, uma bênção e uma maldição. Diria que tenho na minha cabeça ideias para pelo menos oito álbuns novos! Quero fazer discos mais clássicos, como este que gravei em dezembro, mas ao mesmo tempo estou a trabalhar num projeto, que espero que venha a acontecer este ano, em que sigo um caminho bastante diferente e sobre o qual não posso ainda dizer muito. No meio destas escolhas, tem de existir muito cuidado… daquilo que vejo, existe atualmente muita gente que quer misturar música clássico com hip hop ou com pop, mas é muito engatilhado e mal feito. Perde o bom gosto, no meu entender, porque já não soa exatamente a nenhum dos géneros. É apenas uma mistura pouco elegante. Portanto, quando faço algumas escolhas tento sempre que sejam apuradas e que não tentem apenas ser disruptivas porque misturam géneros que talvez não se devam mesmo tocar juntos. E também porque quero sentir orgulho no que faço e contente com a forma como soa. Não pode ser apenas uma combinação simples que à primeira vista até pode parecer sedutora para se tentar.

Existem músicos que querem gravar certos compositores, sem fugir de uma linhaque têm como definidora nas suas carreiras.
Não, diria que há muita coisa ainda por fazer, muito por aprender e muito para praticar. Estou a tentar superar-me e ser melhor no que faço. Sou bastante jovem, tenho 32 anos, já fiz bastante e estou orgulhoso disso, mas como disse só tenho 32 anos. Todos os dias são um desafio para encarar e para tentar ser melhor para o público que vais aos concertos. Mais do que as pessoas comprarem os discos, o que quero sempre é que me possam ir assistir ao vivo. Para mim, neste momento, as performances ao vivo são a melhor parte da experiência – é em palco que me sinto mais vivo e acredito que todos precisamos desse momento e dessa atmosfera nas nossas vidas.

Vem de um país com uma grande tradição na música clássica, com nomes importantes que vão desde o Chopin ao Górecki. Sente alguma responsabilidade em carregar esse legado além-fronteiras?
Nem por isso. Não sinto essa pressão, mas sinto, no entanto, que tenho uma espécie de missão conjunta com meu amigo pianista polaco Michal Biel de apresentar e dar a conhecer a música polaca, compositores e intérpretes. Há muitos artistas que são bastante conhecidos no país, mas que são pouco conhecidos lá fora. No ano passado, lancei com ele o disco Farewells, onde apresentamos apenas peças do panorama musical polaco, que nos levou para uma turné em vários países, com mais de 30 datas e a receção foi notável. Estamos a falar de canções que pouca gente fora da Polónia conhece e dessa forma pudemos partilhar um pouco mais da nossa cultura, o que se tornou numa experiência fantástica.

"O corpo é o meu instrumento. Não é apenas a voz. É o corpo completo que colabora e que ressoa como uma caixa, daí que um simples músculo mais tenso pode ter um impacto significativo na voz."

Não resisto a perguntar-lhe: quando não consesguir mais dançar da mesma forma com que o faz hoje, não teme que isso o possa desmotivar em relação à música?
É frustrante, de facto, e tenho pensado nisso. Tenho, neste momento, uma pequena lesão no ombro e nas costas e torna-se bastante sufocante, pelo facto de não poder dançar. Quando sinto o meu corpo bem, o meu tempo de trabalho torna-se mais enriquecedor e pleno. É o meu equilíbrio. E quando essa parte não está bem, sinto que tenho de redobrar os esforços na preparação dos concertos e da minha voz, porque não consigo ter esse aquecimento, que só consigo através da dança e do freestyle. O corpo é o meu instrumento. Não é apenas a voz. É o corpo completo que colabora e que ressoa como uma caixa, daí que um simples músculo mais tenso pode ter um impacto significativo na voz. Pode parecer estranho, mas é exatamente isso que sinto quando não consigo dançar.

Há ambições para um futuro próximo que queira partilhar?
Há muitas coisas que quero fazer e muitas colaborações na calha, até com artistas que talvez não fossem tão óbvios para o publico que me acompanha. E fazer muitas coisas que nesta fase da vida ainda não fiz; talvez saltar de um avião com paraquedas! Talvez tenha medo, mas se estiver entusiasmado com a ideia talvez o faça. Agora vou a Portugal pela primeira vez e quero ter a experiência mais completa que conseguir e estou expetante para ver a reação de um público para o qual nunca cantei ao vivo. Fico sempre nervoso, mas também motivado com a surpresa do que pode acontecer.

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