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O surfista natural de Cascais regressou ao WSL World Tour na atual temporada e depois de um ano de ausência

World Surf League via Getty Imag

O surfista natural de Cascais regressou ao WSL World Tour na atual temporada e depois de um ano de ausência

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"Não sei se pensei na palavra 'desistir', mas senti-me cansado. São muitas derrotas". Como Kikas se levantou para voltar ao topo

Regressou à elite após um ano de ausência, casou, tem como objetivo ficar no Tour e já pensa em LA após ter falhado Paris. Em Peniche, Frederico Morais falou sobre o lado mais duro de ser surfista.

Ainda não passaram cinco meses desde que Frederico Morais regressou à elite do surf mundial. A meio de outubro do ano passado, ao avançar para os oitavos de final do Saquarema Pro no Brasil, o surfista português carimbou o apuramento para o WSL World Tour e esqueceu a desilusão do ano anterior.

“Estamos a criar uma nova sazonalidade”: os Supertubos de Peniche estão de volta e têm três portugueses dentro de água

Aos 32 anos, de forma clara, Kikas já é o melhor surfista português de sempre: está a cumprir a quinta temporada no Tour, foi décimo em 2021, tem dois pódios em etapas do circuito e conseguiu o apuramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que só falhou por ter testado positivo à Covid-19 nos dias anteriores à competição.

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Histórico: Frederico Morais volta a derrotar campeão, apura-se para as meias de J-Bay e consegue a primeira nota 10 no Circuito Mundial

Depois de um ano afastado do World Tour, onde aproveitou para casar, o surfista natural de Cascais está de regresso ao Campeonato do Mundo e leva um 17.º e um nono lugar nas duas etapas iniciais, ambas no Havai. Em Peniche, onde está a decorrer o MEO Rip Curl Pro Portugal – a terceira etapa do Tour e a única europeia –, Frederico Morais venceu a bateria inicial e conseguiu apurar-se diretamente para a terceira ronda, evitando a passagem pelo elimination round.

Foi precisamente em Peniche, no dia anterior ao regresso à Praia de Supertubos, que falou com o Observador. Recordou a desilusão da saída do World Tour, a emoção do regresso, a passageira vontade de desistir que apareceu pelo meio e abordou uma nova geração portuguesa que tem mais nomes femininos do que masculinos. E ainda lembrou a tristeza por ter falhado Tóquio e o apuramento para Paris, comentando a polémica presença do surf nos Jogos Olímpicos.

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O regresso do surfista à Praia de Supertubos tem atraído a atenção de muitos adeptos da modalidade

World Surf League via Getty Imag

Qual é a sensação de voltar a Supertubos no ano de regresso ao WSL World Tour?
A sensação é ótima. Felizmente, mesmo depois de ter caído do Tour, tive o wildcard no ano passado para fazer aqui a etapa, mas claro que o feeling e a forma de encarar a etapa é muito diferente entre estar no Tour ou ser só um convidado para uma etapa. Poder estar aqui este ano a defender pontos, a defender um lugar no ranking para, se Deus quiser, fazer o cut torna esta etapa muito mais especial e de certa forma traz alguma ansiedade e nervosismo. Mas faz parte, são bons sentimentos para ter aqui em Peniche, eu gosto.

Lembra-se da primeira pessoa com quem falou depois de garantir o regresso ao Tour? Sendo que já disse várias vezes que nem sequer sabia que podia apurar-se naquele heat.
Não sabia, não. Foi com o meu treinador, o Richard Marsh. Saí da água e ele estava ali em frente, mas ele também não sabia! Nós encarámos aquele campeonato de forma simples: a única certeza que tínhamos era de que era preciso passar heats. Precisávamos de continuar a avançar, nem que fosse para solidificar a posição no ranking. Fui para o Brasil em terceiro lugar, mas havia uma data de surfistas muito próximos e o nível era tão alto que qualquer coisa podia acontecer. Sabíamos que queríamos consolidar a posição e tentar aumentar os pontos para que matematicamente já não fosse possível alguém ultrapassar-me. Não fomos a pensar num resultado, a pensar em fazer nono ou fazer quinto. Fui surfar, passar heats e isso era o mais importante. E quando saí da água o beach announcer anunciou que eu estava apurado. E aí demos um abraço e eu desatei a chorar, porque é o meu treinador desde os 16 anos. É uma pessoa que me acompanha há muito tempo, foi com ele que me qualifiquei pela primeira vez, com quem já tive grandes resultados. E ele acredita muito em mim. Foi um momento super especial.

Surfista Frederico Morais vence última bateria do dia em Supertubos

Pensou em desistir de tentar? Em deixar o lado mais competitivo da modalidade e dedicar-se a outros projetos? Ou não permitiu que a frustração chegasse a esse ponto?
Passou-me pela cabeça. Não diria que pensei em desistir num ponto em que estive mesmo para desistir, mas passou-me pela cabeça num daqueles momentos mais tristes, em que uma pessoa está mais desanimada. Sem dúvida. Não sei se me passou pela cabeça a palavra ‘desistir’, mas senti-me cansado. Com pouca força para voltar e ter de fazer o WQS [World Qualifying Series] outra vez. Ao fim do dia, são muitas derrotas. Uma pessoa perde muito mais vezes do que ganha e é cansativo, torna-se cansativo. Aquele sentimento de ganhar e de ter um bom resultado é incrível e procuramos sempre essa sensação, mas depois existem todas estas derrotas que temos de ultrapassar e passar para lá chegar. E tudo isso vai acumulando e acaba por ser um sentimento pesado e que nos agarra, que nos prende, e não é assim tão fácil lidar com isso. Tive uns momentos em que estive mais em baixo, sem dúvida alguma, mas ao fim do dia consegui sempre ir buscar a paixão que tenho pelo surf e pela competição e apercebi-me que é aquilo que mais gosto de fazer. Tudo na vida tem partes duras, partes difíceis, e estas são as do surf. Faz parte, temos de saber lidar com elas. E enquanto tiver este fogo e este desejo de competir e de estar ao mais alto nível, tenho de lidar com isso.

"Quando saí da água o 'beach announcer' anunciou que eu estava apurado. E aí demos um abraço e eu desatei a chorar, porque é o meu treinador desde os 16 anos. É uma pessoa que me acompanha há muito tempo, foi com ele que me qualifiquei pela primeira vez, com quem já tive grandes resultados. E ele acredita muito em mim."
Frederico Morais

Tem atualmente um nono e um 17.º lugar nas duas etapas do Havai que deram início à temporada. O grande objetivo do ano, mais do que um lugar específico na classificação geral, é manter-se no Tour?
Exatamente. Nestas primeiras cinco etapas, o objetivo principal é fazer o cut e depois na segunda metade do ano, se me mantiver no Tour, posso pensar num lugar específico. Nestas primeiras cinco etapas o foco é manter-me no Tour.

Um bom resultado aqui em Peniche, onde já foi quinto, pode servir como motivação para o resto da época?
Sem dúvida alguma. Peniche é a terceira etapa, ou seja, a seguir a Peniche já só restam mais duas etapas até ao cut. Um bom resultado aqui em Peniche pode deixar-me muito mais tranquilo e muito mais seguro para fazer o cut. Já trago um nono lugar do Havai e normalmente, nestes últimos dois anos em que se implementou o cut, dois nonos lugares e dois 17.º têm sido o marco para se fazer o cut. Ou seja, um bom resultado aqui em Peniche poderia dar esse boost para o resto das etapas e para o resto do ano. Para além de que Peniche é a etapa mais especial para mim, é a mais importante, não há nenhuma que se compare.

Já disse várias vezes que percebeu que podia ser surfista profissional quando foi campeão nacional Sub-21, mas tem a vitória contra o Kelly Slater em 2013, precisamente em Peniche, como uma das melhores memórias. Se só pudesse regressar a um desses dias, a qual voltava?
Ui, complicado. Acho que foram momentos tão distintos… Em 2013 tinha 21 anos, ganhar ao Kelly Slater foi super especial, mas não foi o que me deu motivação para querer ser surfista profissional ou poder acreditar que tinha essa capacidade. Já vinha de uma boa carreira júnior, estava a começar a fazer o WQS, e acho que o que a vitória com o Kelly Slater me deu foi um nome. Tornou-me uma pessoa mais mediática, as pessoas falaram muito, houve muitas notícias, coisas a que não estava habituado. Acho que foi mais isso. Enquanto que como miúdo, aos 14 anos, ser campeão nacional Sub-21 deu-me ali aquela paixão pelo surf e aquele acreditar de que podia haver mais qualquer coisa, podia arriscar, podia ir atrás, podia tentar ser surfista profissional.

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O abraço emocionado ao treinador Richard Marsh, no Brasil, logo depois de garantir o regresso ao World Tour

World Surf League via Getty Imag

Mas qual dos dias é que viveria outra vez?
É super difícil. Mas talvez o dia em que fui campeão Sub-21, porque como miúdo, como criança, foi super especial. Guardo essas memórias todas. Lembro-me de sair da água com os meus amigos, na minha praia, de festejar com o meu pai. Foi incrível. Mas sem retirar qualquer mérito à outra memória. São tantas memórias boas que nem dá para comparar, são momentos tão distintos, mas ambas foram super, super especiais.

Frederico Morais vai dar “tudo por tudo” no regresso à elite mundial do surf

E em sentido oposto, qual foi o momento mais difícil destes quase 20 anos de carreira?
A primeira vez em que saí do World Tour, em 2018. A penúltima etapa foi aqui em Peniche, eu fiz um nono lugar e subi umas posições no ranking, estava em 20.º com alguma distância para o 21.º, o 22.º e o 23.º. O cut, na altura, era ao 22.º. E fui para o Havai um bocado mais tranquilo, mas ainda a querer defender a minha posição. Estávamos em Pipeline, estava a treinar, e Pipeline é uma onda chata, perigosa, com muita gente, é complicado surfar ali. Caí e rompi o tornozelo todo a dez dias do campeonato. O meu pai é fisioterapeuta e foi para o Havai, tentámos dar um jeito ao tornozelo, mas não conseguimos. Tinha o tornozelo todo inchado, o pé todo ligado, tentei surfar e surfei os meus heats, mas não estava apto para fazer nada. No fim, os que estavam em 21.º, 22.º e 23.º tiveram os resultados de que precisavam e eu caí para 23.º e saí do Tour. E acho que esse foi dos momentos em que me senti mais triste durante toda a minha carreira. Parecia que o meu sonho tinha acabado. Qualifiquei-me em 2016 para o World Tour, tinha tido um ano fantástico em 2017 e em 2018, quase a acabar, achei que estava dentro, que estava tranquilo, e acabei por sair. Foi muito complicado. Sair, a lesão, não conseguir defender o meu lugar. Foi dos momentos em que me senti mais em baixo. Mas 2019 acabou por ser um ano fantástico, foi o reverso da medalha, fui de um momento triste para um momento ótimo.

Essas dificuldades, esses momentos mais difíceis, tornam as alegrias ainda mais saborosas?
Sem dúvida alguma. O meu pai sempre me disse: uma vitória é celebrada agora, ganhamos hoje, que giro, fazemos um jantar com os amigos, no dia a seguir já nos esquecemos. Enquanto que numa derrota perdemos e ficamos aqui a moer, a remoer, a remoer. Passado um mês ainda estamos a pensar naquele heat, na onda que perdemos. As derrotas consomem-nos muito mais do que as vitórias. Ir acumulando essas derrotas e torná-las em força de vontade, em coisas que nos dão mais força, é especial. E claro que quando atingimos um objetivo grande que já temos há algum tempo, como ser top 10 mundial, pensamos que as derrotas valem todas a pena. Até voltarmos a perder! Voltamos sempre à mesma coisa.

"Acho que esse [a primeira saída do Tour] foi dos momentos em que me senti mais triste durante toda a minha carreira. Parecia que o meu sonho tinha acabado. Qualifiquei-me em 2016 para o World Tour, tinha tido um ano fantástico em 2017 e em 2018, quase a acabar, achei que estava dentro, que estava tranquilo, e acabei por sair. Foi muito complicado."
Frederico Morais

Acabou por não estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, por ter testado positivo à Covid-19. Foi uma desilusão?
Foi um momento triste. Era a primeira vez que o surf ia estar nos Jogos Olímpicos, consegui a minha vaga, estava tudo direitinho, tinha as pranchas prontas, ia com o meu treinador, estava tudo on point. E pronto, a Covid tramou-me ali uma semana e meia antes. Foi um período chato, era um momento importante para mim, para Portugal, para o surf português. Queria muito ter-me juntado à Teresa [Bonvalot] e à Yolanda [Hopkins] em Tóquio, mas não foi possível. Mas lá está: depois disso apanhei um voo para o México e foi onde consegui o resultado para ser top 10. É tramado, a vida prega-nos umas partidas, às vezes manda-nos para baixo, outras vezes manda-nos para cima. Temos de ir navegando.

A questão do surf nos Jogos Olímpicos tem sido algo polémica no universo do surf: os mais velhos dizem que não faz sentido, os mais novos parecem muito entusiasmados com a ideia. Onde é que fica a opinião do Frederico Morais?
É sempre bom estarmos nos Jogos Olímpicos, de forma a promover o surf, dar a conhecer o surf a outra pessoas, a mundos completamente diferentes que se calhar nunca ouviram falar muito sobre surf, não ligam nada à modalidade e podem apaixonar-se. Podemos ir buscar mais praticantes, acho que tem todo esse lado. Claro que a beleza do surf também é ir para destinos onde existem ondas incríveis e esses destinos, muitas vezes, não são a sede dos Jogos. Neste caso, este ano, conseguiram conciliar o Tahiti com Paris… Mas ao mesmo tempo, com os Jogos em Paris e nós no Tahiti, parece que tira aquele brilho de ver a cerimónia de abertura e as outras coisas toda. Mas eu gosto. Queria muito ir ao Tahiti, queria muito ir a Paris, era um objetivo meu conseguir a vaga para os Jogos. Não aconteceu, mas há Los Angeles em 2028, vou lutar pela minha vaga aí.

Frederico Morais garante regresso à elite mundial de surf em 2024

A nova geração do surf português tem tido mais sucesso e preponderância no lado feminino, com a Teresa Bonvalot, a Yolanda Hopkins e a Kika Veselko. Isto explica-se com a maior competitividade da categoria masculina ou existe outro motivo?
Acho que há uma grande competitividade no lado masculino, sem dúvida alguma, mas o lado feminino está cada vez mais a ganhar força e a crescer, tornando-se também super competitivo. Nas três raparigas que acompanho mais de perto e com quem viajo – a Teresa, a Yolanda e a Francisca [Veselko] – vejo um lado muito mais resiliente, dedicado e esforçado do que vejo, se calhar, em alguns rapazes. Isso acaba por vencer e elas mostram isso, porque todas têm tido resultados fabulosos. O surf feminino tem crescido imenso em Portugal e elas têm tido resultados não só cá em Portugal como a nível internacional e ao mais alto nível. Estão de parabéns, o que têm feito é inacreditável. São um exemplo para os mais novos, incluindo os rapazes. Ver a dedicação e o empenho que colocam diariamente em tudo o que fazem. É seguir o caminho delas.

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Com o australiano Ryan Callinan, o "melhor amigo" que fez no surf

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Tem noção do tempo máximo que passou sem surfar?
Acho que deve ter sido um mês e meio, quando estive a recuperar da tal lesão. Nem sei se chegou a mês e meio… Mas acho que não foi muito mais do que isso.

E durante a pandemia?
Já nem me lembrava disso! Enquanto não se podia surfar, não surfei mesmo, tentei respeitar. Foi super complicado, mas respeitei ao máximo as regras. E depois quando já se podia surfar já ia à procura das minhas ondas.

Ainda consegue ir surfar só para limpar a cabeça ou é sempre trabalho?
Não, vou muitas vezes surfar só para limpar a cabeça. Vou com amigos, nem sequer penso se estou a treinar ou não, vou só divertir-me e estar ali, apanhar umas ondas. Acho que o surf tem isso de bom, posso ir para dentro de água e divertir-me e estar ali só a ter bons momentos de cabeça limpa, como também podemos ir surfar e aquilo ser o nosso trabalho e estarmos completamente focados no que estamos a fazer. Dá para misturar bem as duas coisas. E, mais do que treinar ou competir, eu adoro surfar. Apanhar boas ondas, divertir-me e passar bons momentos. Acho que essa paixão pelo surf é o que ainda me mantém com este querer e com esta motivação na competição.

Filipe Toledo, bicampeão mundial de surf, pára carreira para tratar da saúde mental

O Filipe Toledo, atual campeão mundial, decidiu interromper a carreira para cuidar da saúde mental. Alguma vez recorreu à terapia? Como é que se lida com o lado mais negro de ser atleta de alta competição?
É complicado. É muita pressão. Muitas pessoas que estão a um certo nível de exigência passam por estas fases. Eu tenho um psicólogo com quem trabalho desde os 16 anos. Não necessariamente por ter tido algum problema, mas para me ajudar durante a competição. Se estou mais nervoso, mais ansioso, como lidar, ultrapassar uma derrota, o que mudar se alguma coisa não está a sair. E claro que acaba por abranger toda essa área, quando estou mais em baixo, mais triste, com algumas dúvidas. Acho que é fundamental termos alguém que nos ajude, alguém que olhe para a nossa cabeça de fora, que consiga analisar-nos de uma perspetiva mais fria e que seja mais objetivo sobre o que estamos a pensar. Às vezes nós próprios estamos muito baralhados na nossa própria cabeça, nem sabemos aquilo em que estamos a pensar, e ter alguém que nos guie e que nos ajude é crucial. Para mim, tem sido uma ajuda incrível. Aconselharia a toda a gente.

"Acho que o surf tem isso de bom, posso ir para dentro de água e divertir-me e estar ali só a ter bons momentos de cabeça limpa, como também podemos ir surfar e aquilo ser o nosso trabalho e estarmos completamente focados no que estamos a fazer. Dá para misturar bem as duas coisas."
Frederico Morais

Qual foi o melhor amigo que fez no surf?
O Ryan Callinan. É um dos meus padrinhos de casamento e eu sou um dos padrinhos de casamento dele. Conheci-o através de uns camps que a marca que nos patrocina fazia, que também foi onde conheci o meu atual treinador, que também é treinador dele. Conhecemo-nos muito novos, com 17 anos, e mantivemos uma relação muito próxima desde então. É das pessoas com quem mais gosto de estar, de viajar. Tem sido um bom caminho. Passo muito tempo fora de casa e ter alguém com quem me dê bem e que me faça sentir em casa, com quem posso desabafar e estar à vontade e que seja um amigo à séria, faz a diferença.

Foi importante ter um círculo de família e amigos exterior ao surf? Incluindo casar com alguém que não tem nada a ver com a área.
Sim, sim. Ter um bom suporte familiar e amigos que consideramos família é fundamental. Saber que temos ali aquele ninho, aquele apoio, quando as coisas correm mal. Não prescindia disso por nada. Adoro os amigos que tenho, sabem a profissão que tenho a apoiam-na, apoiam-me muito. E tenho uma mulher que não tem nada a ver com surf, mas gosta muito de surf e gosta de ver e apoiar. Tenho uma sorte enorme. E mesmo os meus pais não tinham nada a ver com o surf, o meu pai jogava râguebi e a minha mãe é de contas, mas ambos vivem o surf como eu vivo. Ter esse lado bem composto ajuda muito na carreira de um atleta.

Um filho do Frederico Morais vai ser obrigatoriamente surfista?
Não, não, não. Vai ser o que ele quiser. Foi o que o meu pai fez comigo.

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