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Pedro Carvalho é, desde 2016, professor auxiliar no Instituto Superior da Maia e na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa
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Pedro Carvalho é, desde 2016, professor auxiliar no Instituto Superior da Maia e na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa

© Rui Oliveira/Observador

Pedro Carvalho é, desde 2016, professor auxiliar no Instituto Superior da Maia e na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa

© Rui Oliveira/Observador

"Os produtos biológicos são um capricho de primeiro mundo. Nada contra, mas não digam que tem de ser tudo bio e que é mais saudável"

O jejum intermitente é eficaz? Os superalimentos são mesmo super? No novo livro, o nutricionista Pedro Carvalho desfaz mitos, tece críticas e pede para fazer "unfollowing" aos pseudoespecialistas.

Uma das terapias que Pedro Carvalho mais recomenda em consulta é o “unfollowing”. Há muito que o nutricionista e professor auxiliar no Instituto Superior da Maia e na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa abriu guerra às dietas da moda, motivo pelo qual criou um guia para nos defender dos pseudoespecialistas que proliferam nas redes sociais. O novo livro chama-se “O novos mitos que comemos” e chegou ao mercado em meados de abril.

Contrariamente ao que se possa pensar, não é um livro de dietas nem de receitas. Ao longo de quase 300 páginas, o autor aposta em formação nutricional e, recorrendo a várias referências científicas, procura combater a desinformação nutricional que assume protagonismo no palco das redes sociais. Mas esta não é apenas uma chamada de atenção aos influencers e aos instagrammers, que à custa de patrocínios “acabam por promover produtos que não fazem sentido”, mas também aos colegas de profissão.

Os mitos dos superalimentos, do jejum intermitente e até dos produtos biológicos (como pode consultar na caixa informativa mais abaixo) também são abordados e desconstruídos por Pedro Carvalho — no livro e em entrevista. Até porque, afinal, o biológico nem sempre é a melhor escolha: “É completamente impossível alimentar a população mundial à custa de alimentos biológicos. Eles não são melhores do ponto de vista nutricional. (…) Os produtos biológicos podem ser utilizados sem problema nenhum, mas é um capricho e um problema de primeiro mundo. Nada contra, agora não digam que tem de ser tudo biológico e que o biológico é mais saudável”.

O quinto livro do autor está agrupado em seis grandes categorias: os mitos da alimentação e do sistema imunitário (e também da Covid-19); os mitos alimentares do século XXI; os mitos da relação entre alimentação e cancro; os mitos sobre o emagrecimento; os mitos no feminino e os mitos da nutrição desportiva.

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O livro está à venda desde o dia 15 de abril por 17,70 euros

Diz que este é um livro para que o leitor se possa proteger dos influencers e das dietas da moda. Quão perigosas podem ser as redes sociais no que à alimentação diz respeito?
As redes sociais podem ser perigosas a vários níveis, em primeiro lugar por darem uma ideia um pouco errada do que realmente são os comportamentos que algumas influencers estão a ter, fundamentalmente do ponto de vista da alimentação — muitas das vezes, são coisas feitas à base de patrocínios, o que pode não corresponder à alimentação real. Às vezes, a pessoa pode ter uma forma física invejável, com bons níveis de massa gorda e bons níveis de massa muscular, o que têm de ver com aquilo que treina e come na generalidade e não necessariamente com a utilização de um qualquer batido detox ou de um qualquer suplemento que se destina à perda de peso. Não há produtos milagrosos a esse nível. Por isso, pode criar uma ideia de que as coisas são fáceis quando, de facto, não são.

Quão comum é encontrar verdades absolutas na redes sociais?
Nas ciências da nutrição não há nenhuma verdade que seja absoluta. Temos é evidências científicas mais do que suficientes para saber que suplementos resultam e que suplementos não resultam, que tipos de dieta podem ou não resultar. Cada pessoa tem o seu metabolismo, o seu perfil genético. Quando estamos a falar de nutrição há sempre uma palavra-chave que é a questão do emagrecimento, por isso, grande parte dos produtos que são promovidos nas redes sociais são para emagrecer. Há algo que do ponto de vista do emagrecimento não conseguimos escapar que é a restrição calórica. Há dietas que podem fazer sucesso, uma pessoa pode ou não fazer jejum, pode tomar muitos outros suplementos, mas a base é essa: independentemente do metabolismo de cada um, e de questões como a menopausa ou de tiróide, por exemplo, há algo ao qual nunca conseguimos escapar [restrição calórica].

É lógico que não existe uma dieta ótima. As redes sociais, sobretudo no que diz respeito à nutrição, criam imagens completamente deturpadas e isso é mau, sobretudo quando vem da parte dos nutricionistas. Quando são influencers ou instagrammers, que estão a ser patrocinados pela marca x ou y, é mau porque estamos a falar de questões de saúde, mas do ponto de vista ético e deontológico não é tão grave como sendo por parte dos próprios profissionais de saúde. Este livro é uma crítica a todos: a influencers e instagrammers, que à custa desses patrocínios acabam por promover produtos que não fazem sentido, mas também a alguns colegas meus que disseminam essa informação e que caem um pouco na armadilha de querer entrar por uma determinada área na nutrição, mais alternativa, e depois promovem ideias que são falsas.

Pedro Carvalho, fotografado na Praia de Leça da Palmeira

© Rui Oliveira/Observador

É verdade que uma das terapias que mais recomenda é o unfollowing (deixar de seguir determinadas pessoas nas redes sociais)?
Sim, é promovida por mim, em relação a homens e a mulheres. Fala-se muito na questão da imagem corporal relativamente às mulheres, mas não nos podemos esquecer que o mesmo acontece em relação aos homens. A questão fundamental é percebermos que para a pessoa ser saudável não é preciso ter um corpo completamente definido, completamente tonificado, com níveis de massa gorda extremamente baixos. Para as pessoas que vivem do corpo isso é verdade. No caso dos atletas, exatamente a mesma coisa. Agora, as pessoas normais e reais, por assim dizer, que têm um emprego ou uma vida que não dependa da sua imagem corporal… O facto de promovermos sistematicamente esse tipo de corpos em detrimento de outros faz com que, para grande parte das pessoas, pareça quase impossível chegar lá e, então, nem sequer tentam. A partir do momento em que as pessoas deixam de consumir determinado produto ou deixam de seguir determinada pessoa, isso tende sempre a mudar. Ou seja, está nas nossas mãos mudar um pouco isso.

Se as pessoas comprarem sempre Depuralina, vai sempre haver Depuralina à venda no verão. O mesmo para as águas alcalinas, entre outros produtos. Está na mão do consumidor, de grande parte das pessoas, dizer que não a este tipo de situações. Posso concordar muito com o que diz a atriz ou o ator x, y ou z, no sentido em que ele ou ela é um/a bom/boa profissional, mas as opiniões que essa pessoa tem do ponto de vista de saúde, seja por ser fundamentalista vegetariano ou vegan, que hoje em dia existem muitos, seja por promover determinado produto, aí já faz muito pouco sentido.

6 mitos desconstruídos num ápice

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  1. Afinal, o pão engorda? Não. Depende da quantidade e do recheio.
  2. O pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia? Diria que não. A refeição mais importante do dia é aquela que a pessoa gosta mais de fazer, de forma sempre equilibrada. Existe evidência que, por norma, quem come um bom pequeno-almoço são as pessoas que têm menos peso, mas isso é quase um preditor da atenção na alimentação. Normalmente, as pessoas que estão mais atentas ao pequeno-almoço são aquelas que têm mais atenção nas outras refeições ao longo do dia.
  3. Os superalimentos de que tanto ouvimos falar são mesmo super? Não. Os superalimentos são sobretudo aqueles que são de origem nacional, sazonais. Aqueles que podemos mesmo considerar os verdadeiros superalimentos são os nossos frutos vermelhos — as cerejas, as amoras, os mirtilos, etc. — todas as couves que temos à nossa disposição, as leguminosas, ou seja, tudo aquilo que acaba por ser de produção nacional. O nosso peixe, a nossa carne e os nossos ovos: o que temos à nossa disposição considerando sempre quantidades equilibradas e uma alimentação variada. Não precisamos de importar assim tanta coisa, eventualmente o café o cacau, são dois superalimentos que têm de ser importados.
  4. O açúcar não é uma droga? De todo.
  5. Os alimentos processados não são assim tão maus? Depende dos alimentos processados, mas hoje em dia é o processamento dos alimentos que nos permite ter opções muito mais equilibradas à nossa disposição. É uma utopia nós, neste momento, apenas sobrevivermos com alimentos frescos. É melhor eu fazer uma barra proteica processada do que comer algo totalmente à base de gorduras, por mais que os alimentos estejam frescos, como um bolo caseiro cheio de gorduras. Os alimentos processados são ótimos e, às vezes, é melhor fazer um batido de proteína, que também é algo processado e com adoçante e corantes, do que estar sistematicamente a comer bacalhau com natas ao almoço ou bife com batatas fritas.
  6. E o orgânico e o biológico não são sempre a melhor escolha? É verdade. É completamente impossível alimentar a população mundial à custa de alimentos biológicos. Eles não são melhores do ponto de vista nutricional, a única vantagem que pode existir é terem eventualmente uma quantidade mais pequena de pesticidas mas que, ainda assim, mesmo na agricultura convencional a quantidade é pequena e perfeitamente segura. Os produtos biológicos podem ser utilizados sem problema nenhum, mas é um capricho e um problema de primeiro mundo. Nada contra, agora não digam que tem de ser tudo biológico e que o biológico é mais saudável.

É por isso que fala em terrorismo nutricional?
Sim. A minha perspetiva sobre isso mudou muito ao longo dos anos porque fui amadurecendo e falando com cada vez mais pessoas e tendo cada vez mais experiência clínica. Aquela ideia de que tem de haver uma lista de alimentos proibidos em todas as consultas… isso é a pior coisa a fazer para alguém que já tem problemas com o peso porque só vai incentivar a esse consumo. A conversa de “as gorduras são más, os fritos são maus”, como é lógico nós já sabemos isso, faz parte do senso comum. Hoje em dia não podemos dizer que ninguém tem excesso de peso por ignorância. Temos é de saber comunicar de forma diferente.

Se estivermos sempre a promover corpos perfeitos, totalmente esculturais, as pessoas nem sequer vão começar [a tentar emagrecer] porque nunca vão chegar a ter corpos daqueles, na questão da alimentação é a mesma coisa. Estávamos a colocar [o foco] nas saladas e nas coisas sem hidratos, sem gordura, tudo tinha de ser light e sem sabor…  Isto é uma coisa que, se calhar, só 1% da população consegue fazer. Se transmitirmos sempre essa imagem irreal — e isto também é feito por parte de muitos nutricionistas — as pessoas vão se afastando porque não se identificam com aquilo.

"Às vezes, a pessoa pode ter uma forma física invejável, com bons níveis de massa gorda e bons níveis de massa muscular, o que tem que ver com aquilo que treina e come na generalidade e não necessariamente com a utilização de um qualquer batido detox ou de um qualquer suplemento que se destina à perda de peso. Não há produtos milagrosos a esse nível."

Além de que cria um grande sentimento de culpa…
Cria sentimento de culpa e ninguém consegue [fazê-lo]. Claro que posso fazê-lo durante uma ou duas semanas, mas depois é o ciclo normal das dietas: resulta uma ou duas semanas, eventualmente um mês, e depois a pessoa desaba do ponto de vista emocional porque é completamente impossível ter uma alimentação sem hidratos, sem manteiga, sem açúcar ou sem qualquer outro alimento que a pessoa valorize muito na sua alimentação. É completamente impossível que depois consiga ter resultados sustentáveis a longo prazo se retirar essas coisas da alimentação.

É por isso que diz que não existem “dietas yo-yo”, mas sim “pessoas yo-yo”?
Este tipo de fundamentalismo na alimentação, e de certa forma de terrorismo nutricional, também potencia esses comportamentos yo-yo por parte das pessoas, isso é verdade.

O que tem a dizer sobre o jejum intermitente? Investigadores portugueses concluíram recentemente que o  jejum intermitente, com hidratação adequada, é eficaz para perder massa gorda e aumentar rendimento físico no exercício de resistência cardiorrespiratória.
Pegando por esse estudo, acho interessante porque, de facto, no fundo é uma revisão, ou duas revisões, que foram feitas por investigadores da Faculdade de Motricidade Humana. Esse é um bom exemplo de que a ciência pode estar bem feita mas, depois, a comunicação para o exterior pode estar mal feita — falo disto também com bastante à vontade porque fui e sou professor universitário e tenho um doutoramento. A transmissão daquilo que são as descobertas científicas, daquilo que são os resultados dos estudos científicos, para a população geral não pode ser assim tão literal, não pode dizer “isto de facto dá resultado”. Ou seja, tem de ser feita de forma um pouco mais mastigada, mais desconstruída, para não passar a imagem errada. Depois, os media pegam naquilo — claro que há jornalistas com um background científico melhor do que outros — e, se o assunto for algo que até atraia visualizações, há quem nem sequer pense duas vezes.

O jejum, como é lógico, pode resultar porque pode ser uma maneira de a pessoa entrar em restrição calórica de forma mais eficaz, não há problema rigorosamente nenhum. Também aplico o jejum em algumas pessoas, sobretudo quando elas já vêm com esse tipo de comportamento. Um comportamento que esteja a resultar do ponto de vista alimentar e que já esteja a ser mantido há muito tempo não deve ser mudado só porque o nutricionista acha que sim. Para quem prefere fazer duas ou três refeições por dia não há problema rigorosamente nenhum em fazê-lo, por outro lado, é um contrassenso colocar essa pessoa a fazer refeições de duas em duas horas ou de três em três horas. O jejum pode ser feito, tem é de ser feito com uma base de equilíbrio nutricional.

"As faculdade de nutrição, de desporto e de educação física têm de ter um papel muito mais pró-ativo porque são duas áreas sujeitas a muitos mitos. (...) Se não ocuparem esse espaço mediático, ele vai acabar por ser ocupado por pseudo-especialistas ou por nutricionistas que têm uma atuação profissional que não é minimamente pautada pela evidência científica."

Mas no caso deste estudo citado a comunicação foi mal feita?
A primeira vez que li a notícia percebi perfeitamente o que eles quiseram dizer com aquilo, mas também percebi que alguém que não seja nutricionista possa ter uma leitura errada. E não vou frisar só esse estudo e só essa faculdade, acho que é transversal a todas as faculdades. As faculdades de nutrição, de desporto e de educação física têm de ter um papel muito mais pró-ativo porque são duas áreas sujeitas a muitos mitos. Devia existir um papel mais pró-ativo dessas próprias faculdades em criar ferramentas de fact checking. Do ponto de vista institucional, falta uma comunicação muito mais eficaz. Até da própria Ordem dos Nutricionistas. Se não ocuparem esse espaço mediático, ele vai acabar por ser ocupado por pseudoespecialistas ou por nutricionistas que têm uma atuação profissional que não é minimamente pautada pela evidência científica.

Tem existido uma grande procura por alimentação que favoreça o sistema imunitário nesta fase da pandemia?
Sinceramente, não senti que tenha existido uma grande procura nesse sentido. Sobressaíram nessa fase recomendações de suplementos, vitaminas, que têm até algum impacto, mas que não é assim tão grande como as pessoas pensam. Se tiver de apanhar o vírus, apanho, depois a progressão da doença é que pode ser um pouco diferente. Mas também houve muito mais auto-promoção por parte de alguns profissionais de saúde a esse nível do que propriamente uma grande procura por parte das pessoas. As pessoas, como é lógico preocuparam-se, e certamente que as vendas de vitamina D e C nas farmácias aumentaram substancialmente, tal como as máscaras e o álcool em gel. Mas, por parte das pessoas, sinceramente não vi.

"Os novos mitos que comemos" é o novo livro do nutricionista

© Rui Oliveira/Observador

Quais os mitos que ganharam mais consistência nesta fase?
De há uns tempos para cá a água alcalina ganhou palco, o óleo de coco e o jejum intermitente também. Depois há sempre mitos, coisas de que se falam do ponto de vista do emagrecimento, e há alguns suplementos que já existiam antes e que continuaram a existir. Também há cada vez mais procura por alimentos biológicos e por uma alimentação vegana ou vegetariana, que tendencialmente até é mais saudável, o problema são os argumentos (nos biológicos é a questão da sustentabilidade ambiental, que não é assim tão linear; já as dietas veganas deixam de ser boas se se fizerem quiches com massa folhada ou saladas com muito azeite, por exemplo).

Hoje em dia as pessoas estão mais conscientes do ponto de vista da alimentação, o que é bom, faz com que uma boa parte acabe por se estar a alimentar melhor ou, pelo menos, com mais cuidado. Às vezes esse cuidado vai direcionado para coisas que não são assim tão importantes. Mas há uma parte boa no meio disto tudo: hoje as pessoas dão muito mais importância à alimentação do que davam há 10 ou 20 anos.

O que aconteceu à ideia de comer de tudo um pouco? Ainda é a premissa mais eficaz?
Sim, é ter uma alimentação completa, variada e equilibrada, como se vê na rodas dos alimentos. Agora, é lógico que este tipo de mensagem demasiado normal se calhar já não passa, as pessoas também já estão um bocadinho cansadas de ouvir isto. Mas, como é lógico, esse é o segredo. Comer de tudo um pouco em quantidades moderadas, de acordo sobretudo com o treino das pessoas, mas sempre de forma flexível. As pessoas não têm de gostar das mesmas coisas — é respeitar essas regras, respeitando sempre as preferências individuais das pessoas.

Depois de uma pandemia e de dois confinamentos continuamos excessivamente preocupados com a nossa imagem?
Se o nosso principal problema continua a ser a dieta, continua a ser a perda de peso, quer dizer, algo vai mal na nossa vida, na nossa cabeça, porque, de facto, temos as prioridades um bocadinho invertidas. Grande parte das pessoas pôde estar nesta pandemia no conforto de sua casa, com não sei quantos canais e com internet.

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