Seja para ir de férias para Bali ou para ter o futuro um pouco mais garantido, poupar dinheiro pode ser uma tarefa simples, se mudar alguns hábitos e fizer as perguntas certas.

1 O que posso mudar na minha vida para começar a poupar?

Poupar dinheiro parece sempre uma missão impossível, mas há pequenos hábitos que pode adotar para simplificar o processo:

– Levar almoço para o trabalho e tomar o pequeno-almoço em casa podem parecer tarefas simples, mas podem ajudar a uma poupança de 200€ ou mais.

– Para diminuir os consumos em casa pode começar por usar os programas Eco das máquinas de lavar roupa e loiça, planear as idas ao supermercado para evitar desperdício ou compras de impulso, ou mesmo renegociar os contratos de eletricidade, gás e internet.

– Resistir à tentação dos saldos e às “oportunidades fantásticas” de comprar aqueles sapatos novos que precisa tanto para juntar às dezenas de pares no armário.

Apesar de serem hábitos simples, são por vezes difíceis de adotar, por isso, comece com objetivos de poupança realistas e vá ajustando à sua realidade.

2 Onde posso guardar o dinheiro?

Quando todos falam em poupar e guardar dinheiro, é legítimo que depois perguntemos: “mas guardar onde, e como?”
E quando começa a pesquisar, é fácil assustar-se com os nomes das soluções bancárias: ETFs, Forex e PPR parecem nomes de robots de um filme do futuro.

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Vamos por partes. Primeiro que tudo, há uma coisa importante a ter em mente: evite ter o seu dinheiro todo na conta corrente – é meio caminho andado para ir gastando até ao fim, sem conseguir controlar as suas poupanças. Uma das melhores soluções para guardar o dinheiro é colocá-lo num género de mealheiro com um prazo definido para o abrir – os depósitos a prazo.

3 O que é um Depósito a Prazo?

O que distingue um depósito a prazo de uma conta corrente ou à ordem, é precisamente o facto de funcionar como um mealheiro com um prazo.

É simples de explicar: a conta à ordem é como uma carteira de dinheiro que usa para o dia a dia, já o depósito a prazo é um mealheiro de dinheiro que engorda com os juros a prazo, e que apesar de estar aparentemente inacessível, pode adicionar-lhe fundos ou retirar sempre que quiser ou precisar, de acordo com as características do Depósito a Prazo que escolher.

De um modo geral, pode optar entre depósitos a prazo simples, com taxas de juro fixas e variáveis ou depósitos a prazo estruturados, em que os juros dependem de fatores como, por exemplo, o valor de uma ação ou de um conjunto de ações

4 Quando é que devo fazer um Depósito a Prazo?

Vamos imaginar que recebeu um dinheiro extra como o subsídio de férias, um presente de aniversário ou o reembolso do IRS, e quer colocar esse dinheiro de parte, sem lhe mexer durante um tempo. A resposta são os depósitos a prazo, por 3 razões principais:

– Simplicidade: são simples de compreender e fáceis de subscrever

– Liquidez: apesar dos depósitos terem um prazo a respeitar, se precisar de movimentar o dinheiro antes do vencimento de juros, pode fazê-lo, ainda que possa ser penalizado nos juros

– Segurança: os depósitos a prazo têm Capital Garantido e estão abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) até 100 mil euros, o que os tornam numa escolha segura no momento de decidir onde guardar o seu dinheiro.

5 Como faço para ter “o dinheiro a trabalhar para mim”?

Essa clássica frase tem sempre de ser dita com um certo ar fanfarrão, mas na verdade, com os Depósitos a Prazo é mais simples do que parece. Ao constituir um depósito a prazo, está no fundo a emprestar o seu dinheiro ao banco durante um prazo definido de 1 ano, por exemplo. Por sua vez, o banco paga-lhe juros a prazo sob o montante que depositou, no prazo contratado.

Vamos imaginar que o João quer guardar algum dinheiro: se depositar por exemplo 5.000€ a uma taxa de juro de 2%, ao final do ano, recebe 100€ sem fazer nada, colocando o dinheiro a trabalhar para ele, com a garantia de que não o perde.

6 Como escolher um depósito a prazo?

Apesar de ser simples, há 3 coisas que deve ter em conta na hora de escolher: o montante que quer depositar, o prazo e a taxa de juro. Tipicamente, os bancos de investimento têm montantes mínimos mais altos, enquanto os bancos comerciais mais digitais, como o ActivoBank, têm montantes mínimos mais baixos e flexíveis.

Escolha um montante de constituição confortável

Será sobre este valor que incidirão os juros que o banco lhe vai pagar, por isso quanto maior for o valor que depositar, maior também será o retorno de juros que irá receber. No ActivoBank, por exemplo, pode constituir o Poupança Ordenado a partir de 25€ e receber os juros mensais dessa poupança ao longo de 12 meses.

Defina o prazo do depósito mais adequado a si

De uma maneira simplificada, é o tempo que o depósito precisa para dar frutos. Durante este prazo, o consumidor poderá movimentar o dinheiro do depósito, mas tem a consequência de “desfazer” os frutos do depósito. O prazo mais comum é de 1 ano ou 6 meses, mas no mercado português, pode ir desde os 15 dias até aos 8 anos.

Procure a melhor taxa de juro

É provavelmente o critério mais importante, sendo que esta é a taxa que vai definir quanto vamos receber de juros do montante depositado. Neste tema, é importante perceber a diferença entre a Taxa Anual Nominal Bruta (TANB) e a Taxa Anual Nominal Líquida (TANL), que apesar dos nomes complicados, são fáceis de distinguir: a TANB reflete a taxa bruta, sem os impostos, e a TANL reflete a taxa líquida, sendo a mais aproximada à realidade do que vai receber.

E depois desta explicação sobre juros, é legítimo que se pergunte: “mas quem é que aumenta ou diminui as taxas de juro, e que impacto é que isso tem?”
A resposta é complexa, mas pode ser simples de entender: o juro é o que pagamos pelo dinheiro que pedimos emprestado, mas também se chama juro ao dinheiro que recebemos pelas nossas poupanças, porque estamos a “emprestar” dinheiro ao banco.

As taxas de juro oficiais são definidas pelo BCE (Banco Central Europeu), que cobra ou paga juros aos bancos dos diferentes países.

Quando o BCE altera as taxas de juro oficiais, os bancos comerciais normalmente alteram as taxas de juro dos empréstimos e dos depósitos que oferecem aos seus clientes. Assim, o BCE recorre às taxas de juro para influenciar indiretamente os preços e manter a inflação dentro do objetivo previsto – neste caso, nos 2%.

Se quiser, pode pensar nas taxas de juro como uma esfera em cima de um tabuleiro: o BCE quer que a bola fique o mais próximo possível do centro do tabuleiro, mas como a bola representa cerca de 750 milhões na Europa e dezenas de governos e bancos, é muito mais difícil de controlar.

Quando é necessário encorajar o consumo e o investimento de modo a que a inflação aumente, o BCE vira ligeiramente o tabuleiro e desce as taxas de juro. Pelo contrário, se for necessário reduzir a inflação, o BCE normalmente sobe as taxas de juro.

Estas mudanças podem afetar, principalmente, os encargos mensais com empréstimos de casas ou carros, ou por outro lado, aumentar os juros recebidos pela aplicação de poupanças, como depósitos a prazo.

E não se preocupe de ser novato no tema, porque os novos clientes têm muitas vantagens em constituir depósitos a prazo, já que os bancos costumam criar campanhas especiais com taxas de juro bastante interessantes, como é o caso da nova campanha do ActivoBank, em que através da app, no telemóvel, consegue abrir a sua conta e de seguida criar o seu depósito a prazo.

Em resumo, o dinheiro não cresce nas árvores, mas fazer crescer as nossas poupanças em segurança também não é assim tão complicado.