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Parabéns a você. Cláudia, filha do goleador Manuel Fernandes, faz hoje 32 anos e é ela quem tem a bola dos 7-1 guardada em casa
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Parabéns a você. Cláudia, filha do goleador Manuel Fernandes, faz hoje 32 anos e é ela quem tem a bola dos 7-1 guardada em casa

Parabéns a você. Cláudia, filha do goleador Manuel Fernandes, faz hoje 32 anos e é ela quem tem a bola dos 7-1 guardada em casa

Sporting-Benfica: 1-0 ao intervalo, 7-1 no final. E nós temos a bola

É a mãe das goleadas dos tempos modernos e faz hoje 30 anos. Nós temos a bola do dérbi.

Calma, isto tem de ser feito com muita calma. Uma história assim merece ser contada por partes, com princípio, meio e fim. Sem deixar pontas soltas. Vamos lá então. Um, dois, três, partida, largada, fugida.

Sábado, 13 dezembro 1986

Viena, 27 de maio de 1987. Outra data? Calma, muita calma. O Porto ganha ao Bayern e sagra-se campeão europeu. Para chegar à final, a equipa de Artur Jorge elimina Rabat Ajax, Viktovice, Bröndby e Dínamo Kiev. É uma histórica campanha, com uma derrota apenas (com o Viktovice, na então Checoslováquia) e 21 golos, cinco deles por Fernando Gomes, o melhor marcador dos campeões. É precisamente por aí que queremos começar a contar esta história da fabulosa época de 86-87. Pelo número cinco e pelo nome Gomes.

Os dois já andam juntos há muito. Para tal, basta recuar a sábado, 13 dezembro 1986. É a 14ª jornada do campeonato nacional. Prepare-se para isto, porque é um fim-de-semana de loucos. Alvalade recebe o dérbi Sporting-Benfica, só que ao domingo à tarde. Antes, nas Antas, há o FC Porto-Farense às 21 horas de sábado.

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Nas Antas, duas equipas campeãs. A do Norte, da 1ª divisão. A do Sul, da 2ª divisão, zona sul. Uma é um luxo, ainda sem qualquer derrota no campeonato, outra nem tanto, última classificada, só com uma vitória (precisamente na ronda anterior: 1-0 ao Braga) e a inacessíveis três pontos dos mais directos rivais. Uma só joga com portugueses, e todos internacionais, a outra tem sete brasileiros, um espanhol,um guineense e dois portugueses (o central Germano, formado no Sporting, e o médio Pereirinha, pai do Pereirinha do Sporting no século XXI).

Está a chover a potes. Para harmonizar com as condições atmosféricas, FCP e Farense atiram-se ao ataque, sem nenhuma preocupação defensiva. O Porto, porque sim, e também porque não tem três titulares da defesa (Lima Pereira, Eurico e Inácio substituídos por André, Eduardo Luís e Quim), o Farense porque baseia o seu jogo no toque abrasileirado do seu plantel, sem disciplina táctica, o que, bem vistas as coisas, é um suicídio perante um bloco eficaz como o FC Porto. Daí que já houvesse 2-0 aos três minutos, 3-0 aos 14’ e 4-0 aos 24’. O Farense dá o ar da sua graça (4-2) e o FCP responde na mesma moeda. Chega o intervalo e está 6-2. Ui, oito golos na primeira parte. Um vendaval de futebol.

Na segunda parte, os guarda-redes estão mais atentos e a pontaria é igualmente menos certeira, até porque um forte nevoeiro cai nas Antas e impede adeptos e jornalistas de ver os jogadores, quanto mais a bola. Gomes, esse, volta a ser o goleador de serviço e completa o penta. É a terceira vez que marca cinco vezes em 90 minutos no campeonato, numa tradição bianual que começa em 1982 vs Estoril (6-0), prossegue em 1984 vs Vizela (9-1) e acaba em 1986 vs Farense (8-3).

Por falar nisso, é o terceiro 8-3 na história do campeonato, depois de um no Benfica-Vitória SC em janeiro 1943 e de outro no Atlético-Boavista em janeiro 1955. Além desses números pouco vistos, a curiosidade de o FCP actuar com 11 portugueses, e todos internacionais. Zé Beto (duas internacionalizações); João Pinto (21), Eduardo Luís (4), André (7) e Quim (1); Frasco (19), Jaime Pacheco (25), Sousa (20) e Jaime Magalhães (9); Gomes (45) e Futre (13). Ao todo, 166 internacionalizações pela selecção portuguesa. O Farense, nem uma para amostra (só pela Espanha: Paco Fortes-1), e repleto de brasileiros, a começar pelo treinador, um tal Cláudio Garcia. Um jogo especial em todos os capítulos, está bom de ver.

Para a memória, aqui seguem os golos, tintim por tintim:

1-0 Futre (1’)
Ganha um ressalto à entrada da área, finta três defesas e atira à saída do guarda-redes

2-0 Futre (3’)
Lançado por Jaime Pacheco,entra na área, finta o guarda-redes e remata em queda

3-0 Gomes (14’)
Penálti, por falta de Celso sobre Jaime Magalhães

4-0 João Pinto (24’)
Cruzamento-remate da direita

4-1 Pereirinha (27’)
O pai do Pereirinha do Sporting aproveita falha de André para bater Zé Beto

4-2 Ciro (39’)
Remate em arco, no limite da área

5-2 Gomes (40’)
Futre vai à linha de fundo e cruza para trás, onde aparece o capitão

6-2 Gomes (44’)
Cruzamento da direita de João Pintoe cabeceamento do avançado

7-2 Gomes (47’)
Cruzamento de Futre na esquerda ao segundo poste, onde surge Jaime Magalhães a amortecer para Gomes

8-2 Gomes (77’)
Penálti cometido por Nilson sobre Futre

8-3 Jorge Andrade (90’)
Penálti sobre Paco Fortes

Domingo, 14 dezembro 1986

Ora então muito bem, continuamos em 1986. O que de tão especial acontece nesse ano? Puxamos pela cabeça e lembramo-nos de episódios do arco da velha como o golo do século de Maradona à Inglaterra de Bobby Robson no Mundial do México. E por cá? Bem, em Portugal, já ninguém se entende, senão veja lá bem. Em Março, o Benfica dá 5-0 ao Sporting na Luz, para os ¼ final da Taça de Portugal. Um mês depois, na penúltima jornada da 1.ª divisão, o Sporting surpreende o vizinho (2-1), com a primeira vitória na Luz desde 1965 e entrega de bandeja o título de campeão nacional ao FC Porto, que assim se sagraria campeão europeu no ano seguinte.

Já chega? Não, nada disso. Em 1986, ainda há espaço e tempo (olá se há) para a mãe das goleadas dos tempos modernos. O sete a um. Quem vai ao estádio, lembra-se de todos os detalhes. Quem não vai, também não se salva das memórias–seja ele veterano, miúdo ou ainda um projecto de pessoa. O sete-um é daqueles jogos imperdíveis, com data marcada como se fosse um dia de aniversário: 14 Dezembro 1986. Nessa tarde chuvosa, um dilúvio de golos em Alvalade. Ao intervalo, só 1-0. No final, 7-1. É o dia dos Manéis. Com Manuel José no banco, o primeiro grande homenageado da tarde é Manuel Marques, o popular massagista do Sporting, que se junta à equipa na foto da praxe, antes do festival de Manuel Fernandes com quatro golos, quatro.

No final do jogo, a bancada dos adeptos benfiquistas, que só vê dois golos (o 1-0 de Mário Jorge e o 2-1 de Wando), está repleta de bandeiras queimadas, cartões de sócios no chão e almofadas rasgadas. Carlos Manuel, a locomotiva do Barreiro, faz rewind. “Houve alturas em que havia oito jogadores do Benfica e apenas um do Sporting dentro da área e a bola ia parar ao do Sporting. É daqueles jogos que acontecem de 50 em 50 anos.” O defesa-central Dito também afina pelo mesmo. “A goleada não se explica, sofre-se. Jogámos da mesma maneira de sempre, com marcação à zona, mas o Sporting foi mais forte. Nada a dizer sobre a justiça do resultado” Para Rui Águas, a goleada é dura de aceitar. “Primeiro, perdemos a Supertaça para o FC Porto [4-2 na Luz]. Quando ainda estávamos a recompor dessa derrota, fomos goleados pelo Sporting. Naquele tempo, a opinião pública e a imprensa não eram tão agressivos como agora e, mesmo assim, sofremos bastante.”

Convidado especial desse jogo é Marlon Brandão. Artista da bola no Brasil, com a camisola do Santa Cruz, o número 10 chega a Lisboa para assinar pelo Sporting. “Era para aterrar na terça-feira, só que o Sporting insistiu tanto, mas tanto, para que chegasse a tempo de ver o dérbi, que não dormi durante duas noites entre viagens de avião e saí do Brasil sem a família saber.” Bem vistas as coisas, desde a tribuna VIP, o que dizer desse dérbi? “Fiquei impressionadíssimo com o Sporting, até porque o Benfica era uma equipa de fama mundial.” Feitas as apresentações, só falta falar com o herói. Quando Vítor Correia apita para o final, o lateral-direito Gabriel é o primeiro a apanhar a bola de jogo mas não resiste aos argumentos de Manuel Fernandes, seu superior hierárquico na condição de capitão. “Disse-lhe que a minha filha Cláudia fazia dois anos nesse dia. Queria dar-lhe a bola como uma prenda. Já passaram 30 anos e a bola lá continua na casa dela, bem tratada.” É verdade, sim senhor. Ei-la em todo o seu esplendor. É a prova dos nove. Perdão, dos sete. Ou melhor, dos quatro (golos do Manel).

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1-0 Mário Jorge (15’)
Remate de Manuel Fernandes para defesa de Silvino e recarga de Mário Jorge

2-0 Manuel Fernandes (50’)
Canto da esquerda de Zinho e cabeceamento de Manuel Fernandes a antecipar-se a Silvino

2-1 Wando (59’)
Livre de Carlos Manuel da esquerda e cabeceamento de Wando na pequena área

3-1 Meade (65’)
Canto da direita de Mário Jorge, toque de Litos ao primeiro poste e encosto de Meade

4-1 Mário Jorge (68’)
Livre de Zinho na esquerda, Manuel Fernandes cabeceia para defesa de Silvino e recarga vitoriosa de MárioJorge

5-1 Manuel Fernandes (71’)
Cruzamento atrasado da esquerda de Zinho e salto de peixe de Manuel Fernandes

6-1 Manuel Fernandes(82’)
Oceano rompe entre três adversários e ganha o ressalto, que isola Manuel Fernandes para o remate na marca do penálti

7-1 Manuel Fernandes (86’)
Silvinho é isolado por Oceano e atira de primeira para defesa incompleta de Silvino antes da recarga de Manuel Fernandes

Equipa do Sporting

LUSA

Em cima, da esquerda para a direita:

Venâncio(número 3), defesa-central internacional português, 23 anos

Oceano (7), médio defensivo internacional português, 24 anos

Manuel Marques, massagista, 76 anos

Virgílio(4), defesa-central internacional português,29anos

Meade (11), avançado inglês, 24 anos

Damas (1), guarda-redes internacional português, 39 anos

Em baixo (da esquerda para a direita)

Gabriel (2), lateral-direito internacional português, 32anos

Zinho (8), médio criativo brasileiro, 24 anos

Fernando Mendes (5), lateral-esquerdo recém-internacional português, 20anos

Manuel Fernandes (9), avançado internacional português, 35 anos

Litos (6), médio criativo recém-internacional português, 19 anos

Mário Jorge (10), médio criativo internacional português, 25 anos

Equipa do Benfica

LUSA

Em cima (da esquerda para a direita):

Shéu (10), médio internacional português, 33 anos

Chiquinho Carlos (8), médio brasileiro, 23 anos

Dito (5), central internacional português, 24 anos

Rui Águas (9), avançado internacional português, 26 anos

Álvaro (4), lateral-esquerdo internacional português, 25 anos

Silvino (1), guarda-redes internacional português, 26 anos

Em baixo (da esquerda para a direita):

Veloso (2), lateral-direito internacional português, 29 anos

Oliveira (3), defesa-central internacional português, 28 anos

Wando (7), extremo-esquerdo brasileiro, 23 anos

Diamantino (11), médio-direito internacional português,27 anos

Carlos Manuel (6), médio ofensivo internacional português, 28 anos

Segunda-feira, 15 dezembro 1986

O sete a um continua bem presente. O cineasta Artur Semedo liberta-se num programa da RTP liderado por Ribeiro Cristóvão e insiste vezes sem conta na demissão do presidente Fernando Martins. O Benfica protesta com a falta de qualidade e evidente mau gosto do programa e envia uma carta à RTP a pedir explicações. Fernando Martins, esse, diz-se em forma para continuar a ser o presidente e apoia a 100 por cento o treinador John Mortimore. Fora do estádio, alguns (muitos) adeptos do Benfica apanham alguns (muitos) jornalistas ali a jeito na Luz e puxam-lhe as orelhas. A Manolo Bello, da RTP, até o agridem. A contestação é imensa, o Benfica arrepia caminho.

Quarta-feira, 17 dezembro 1986

Clássico nas Antas entre FC Porto e Benfica. Nada de especial. Afinal,é um particular para comemorar a inauguração do rebaixamento do Estádio das Antas. A data já está marcada para o dia 17 Dezembro 1986 com relativa antecedência e só uma infeliz coincidência (para o Benfica, claro) é que permite a ida às Antas na ressaca dos 7-1. A festa começa às 20 horas, com um desfile de 700 atletas, em representação de 90 clubes. Poderiam ser muitos mais se Boavista e Sporting também aceitassem o convite, só que estão de relações cortadas com o FCP. No átrio do balneário, a iniciativa mais tocante é a homenagem póstuma a José Maria Pedroto (campeão nacional como jogador e treinador, feito inédito no clube até então), através do descerramento de uma placa com a sua imagem.

No relvado, a expectativa dá lugar a aplausos infinitos com a entrega da taça de campeão nacional 1985-86 ao capitão Fernando Gomes. Segue-se outra ovação enorme com a entrada em campo do brasileiro Walter Casagrande, contratado ao Corinthians e que acabara de jogar o Mundial do México-86. Com tanta cerimónia, o jogo previsto para as 21h30 só começa às 23h. Nas bancadas, 70 mil pessoas assistem ao empate com golos de Gomes (oportuno) e Chiquinho Carlos (que slalom, senhores). No desempate por penáltis, André (1-0), César Brito (à barra), Elói (2-0), Chiquinho (2-1), Juary (3-1), Nunes (para fora), Jaime Pacheco (defesa de Silvino), Dito (3-2) e Mlynarczyk (4-2).

Domingo, 7 junho 1987

Qual trauma, qual quê. O Benfica pós-7 a 1 em Alvalade nunca mais perde até ao final da época, num dos mais impressionantes registos de que há memória. Em 23 jogos, a equipa do inglês John Mortimore soma 16 vitórias (incluindo o 3-1 ao Porto duas jornadas depois, com hat-trick de Rui Águas), sete empates e um imparável 50-11 em golos. Como se isso fosse pouco, sagra-se campeão nacional na penúltima jornada. Adivinhe lá com quem? Sporting, a 24 Maio 1987.

Na jornada em que o Porto (mais preocupado com a final de Viena com o Bayern, no dia 27) perde em Faro com um golo de Paco Fortes, o Benfica aproveita para arrumar a questão com um 2-1. Marcam Chiquinho Carlos(17’) e Nunes (25’) contra Mário Jorge(70’). “A gente não tem a melhor equipa, nem o melhor plantel, mas somos os campeões. Bem feita!”, brindam Carlos Manuel e Diamantino, entre algumas garrafas de cervejas e copos de champanhe. Como se isso fosse pouco, o Benfica consegue ainda melhorar o final de época, com a dobradinha. À conquista do campeonato, o levantamento do peso com a Taça de Portugal. Adivinhe lá com quem? Sporting, a 7 Junho 1987. Nessa tarde do Jamor, o número 11 Diamantino não só marca o 1-0, na transformação exímia de um livre directo e assina o 2-0, numa brilhante jogada individual em que passa por Venâncio e Virgílio antes de bater Damas com um remate portentoso.

Qual euforia, qual quê? O Sporting pós 7 a 1 em Alvalade nunca mais se endireita e consegue a arrepiante façanha de não ganhar os seis jogos seguintes para o campeonato. Às duas derrotas consecutivas (3-1 em Guimarães, 2-1 em Chaves), seguem-se quatro empates (0-0 em casa com o Rio Ave, no jogo que dita a saída do treinador Manuel José, 0-0 no Vidal Pinheiro com o Salgueiros, 1-1 com a Académica e 1-1 em Portimão). Até que chega o Belenenses. Numa altura em que já tem o cunho do inglês Keith Burkinshaw, o Sporting vence 4-2 e afasta a crise, sem se aproximar do Vitória SC (a seis pontos), Porto (oito) e Benfica (11). No final do campeonato, o quarto lugar é uma realidade, a três pontos do Vitória, oito do FCP e dez do Benfica. Por incrível que pareça, o que salva o Sporting é o Porto. No campeonato, 2-0 em Alvalade, golos de Meade e Houtman. Na Taça, 1-0 nas Antas. E não é um jogo nem uma vitória qualquer. Trata-se da meia-final da Taça e um golo do brasileiro Mário aos 119 minutos significa a primeira derrota e casa do FCP desde Agosto 1983 –ou seja, há 84 jogos.

É neste registo de esperança que o Sporting se encontra na final do Jamor com o Benfica. No duelo de treinadores ingleses, ganha John Mortimore, o tal dos 7-1. Na noite da conquista da Taça, Big John pede a demissão. “Não trabalho num clube onde há pessoas que não querem trabalhar comigo!” Burkinshaw, esse, mantém-se em Alvalade, só que dali não vai sair nada de bom.

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