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Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR
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Foi neste documento que D. Fernando II descreveu as mais de 200 peças de ourivesaria, marfins e esmaltes que lhe pertenciam

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Foi neste documento que D. Fernando II descreveu as mais de 200 peças de ourivesaria, marfins e esmaltes que lhe pertenciam

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Um mistério real com 70 anos: o que diz o inventário manuscrito de D. Fernando II?

A transcrição integral do documento do “Rei-Artista” está na base da monografia que a Parques de Sintra publicou em acesso livre pela internet. Fomos conhecer o documento e quem o analisa e preserva.

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Os cuidados que Hugo Xavier, historiador da arte, museólogo e conservador dos Palácios Nacionais da Pena e de Queluz tem para tocar num documento escrito à mão por D. Fernando II dão a ideia que até um papel com 156 anos corre o risco de testar positivo à Covid-19. É de máscara na cara e finas luvas de látex postas que ele manuseia o inventário em que o rei – um ávido colecionador desde criança – descreveu as mais de 200 peças de ourivesaria, marfins e esmaltes que lhe pertenciam. Não só as descreveu, como também as classificou do ponto de vista estilístico, juntando ainda considerações sobre a respetiva qualidade técnica, estética e a sua proveniência. Invariavelmente, cada entrada do inventário termina com uma nota, na caligrafia de D. Fernando II, onde se lê: “Propriedade minha”.

Estamos no interior do Palácio da Pena, cujos corredores gelados e labirínticos percorremos até chegar à Reserva Documental, uma pequena sala com ambiente controlado e arquivadores onde são guardados documentos – correspondência, fotografia, livros – com interesse histórico para os Parques de Sintra. A máscara que Hugo Xavier usa serve para proteger os jornalistas do Observador, já as luvas são para proteção do manuscrito – o que não entra nesta sala é álcool gel. Cada folha do inventário foi separada e isolada para evitar o contacto direto entre papéis extremamente finos em que o rei escreveu com tintas ferrogálicas (tintas que têm um componente, o ferro, que corrói papel). “Por isso, depois da doação, o documento foi tratado no Laboratório José de Figueiredo e os cadernos estão divididos por capinhas em papel ácido free para estancar esse tipo de corrosão.”

A partir desta segunda-feira, 7 de fevereiro, qualquer pessoa pode consultar o inventário de D. Fernando II (1816-1885) sem precisar de máscaras, luvas ou de correr o risco de se perder no Palácio da Pena, pois a monografia Propriedade Minha: ourivesaria, marfins e esmaltes da coleção de D. Fernando II, da autoria de Hugo Xavier, foi há dias publicada em ebook e disponibilizada gratuitamente. É a 4.ª da série Coleções em Foco e debruça-se sobre um aspeto pouco conhecido da atividade do “Rei-Artista”: o colecionismo.

Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

D. Fernando II foi um ávido colecionador de arte, cerâmica, ourivesaria, marfins e esmaltes. Começou a colecionar gravuras antigas ainda criança, fruto da educação alemã

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O ebook apresenta a transcrição integral do inventário manuscrito pelo rei, acompanhada por um estudo aprofundado ao longo de dez capítulos que fornecem um muito necessário contexto ao manuscrito. Hugo Xavier faz a caracterização da coleção e escreve sobre como esta se encontrava exposta, os agentes de mercado a quem o rei recorria ou a dispersão das peças por coleções públicas e privadas, nacionais e estrangeiras – e muitas ainda em paradeiro incerto – que ocorreu após a sua morte.

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A doação que confirmou a suspeita

Em 2014, o investigador encontrou o manuscrito no Palácio da Pena num acervo documental doado meses antes por Ana Luísa Baeta Neves, descendente da Condessa d’Edla (1836-1929), com quem D. Fernando II casou depois de enviuvar de D.ª Maria II (1819-1853). Xavier deparou-se com um conjunto de folhas com a caligrafia do monarca enroladas dentro de uma estreita bolsa em tecido. Estavam em bom estado geral de conservação, com uma pequena exceção: faltava uma folha, que se revelaria a última peça de um puzzle com 70 anos.

Embora o manuscrito só fosse descoberto em 2014, há muito que historiadores especulavam sobre a sua existência – devido a uma misteriosa página reproduzida em 1952 num livro que Ernesto Soares escreveu sobre D. Fernando (editado pela Fundação Casa de Bragança). “Nessa página, que se notava ter sido arrancada, aparecia uma descrição de peças e obras pela mão do rei. Faria, portanto, parte de um conjunto maior. No livro consta uma lista de objetos que vai desde do item n.º34 ao n.º45.” Ao que parece, tratava-se de uma página de um inventário manuscrito pelo rei que estava na posse de Pedro Rodrigues da Costa, um colecionador particular. “Em boa hora Ernesto Soares a transcreveu, se não essa informação estaria perdida porque a página original está hoje em paradeiro incerto”.

Como Hugo Xavier conhecia o livro bastante bem, quando teve contacto com o manuscrito a primeira coisa que fez foi consultar a numeração dos items. Bingo: o inventário de D. Fernando II doado pela descendente da Condessa d’Edla passava do item n.º33 para o n.º46. Faltava precisamente a página reproduzida no livro de 1952.

O manuscrito estava entre outros documentos doados, como correspondências e cartas. Era um tipo de papel que D. Fernando II apreciava para escrever. “Algumas das folhas do inventário eram bifólios que já vinham assim para servirem de papel para correspondência. São quase todas iguais, mas algumas são mais pequenas”, explica o conservador Hugo Xavier.

“A tal folha que se extraviou estaria dentro de um cofre que também desapareceu. Acreditamos que a Condessa ou o vendeu, ou o ofereceu juntamente com a folha onde o rei descrevia o dito cofre, como forma de valorizar a própria peça. Mais tarde reapareceu em leilão, mas já sem a folha.”

O manuscrito estava entre outros documentos doados, como correspondências e cartas. Era um tipo de papel que D. Fernando II apreciava para escrever. “Algumas das folhas do inventário eram bifólios que já vinham assim para servirem de papel para correspondência. São quase todas iguais, mas algumas são mais pequenas”, explica o conservador, sugerindo que, nesses casos, talvez se tenha acabado esse papel específico e, por isso, o rei teria escrito no que tinha mais à mão. “Além das folhas, também a tinta com que escreveu vai mudando ao longo das páginas”, diz, apontando com o dedo de látex para as evidências: a letra do rei aparece muito mais carregada e visível numa página do que na do lado, o que mais uma vez sugere que o inventário não foi escrito apenas de um fôlego.

Interesse internacional

“Temos aqui um colecionador a falar em discurso direto sobre a sua coleção, o que é muito raro. Normalmente o que temos são inventários feitos após a morte para efeitos de partilha, com avaliações, documentos mais técnicos. Aqui não, aqui é algo mais pessoal”, diz Hugo Xavier.

D. Fernando II já era um ávido colecionador de arte, cerâmica, ourivesaria, marfins e esmaltes. Começou a colecionar gravuras antigas ainda criança, fruto da educação alemã. Desde os 9 anos conseguiu reunir milhares de gravuras que, por altura da sua morte, em 1885, estavam reunidas em 114 pastas. “Quando chegou a Portugal para casar com D. Maria II, em 1836, comprou logo um Esmalte de Limoges que hoje está no Metropolitan. No inventário lê-se ‘Comprei-o em 1836 quando cheguei a Lisboa’, ou seja, ele não perdeu tempo.”

Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Hugo Xavier, historiador da arte, museólogo e conservador dos Palácios Nacionais da Pena e de Queluz, é o responsável pela preservação de um documento com 156 anos

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Foi, contudo, a visita do grande superintendente de arte do South Kensington Museum, hoje conhecido como o Victoria and Albert Museum, em 1865, que inspirou D. Fernando II a inventariar a sua coleção pessoal. John Charles Robinson veio a Portugal numa viagem que o levou a várias localidades do norte e centro do país com o objetivo de conhecer os mais representativos monumentos e obras de arte em território nacional.

“Com esta missão procurava o South Kensington identificar espécimes dignos de serem reproduzidos pelos meios habituais (fotografia, gesso ou galvanoplastia), assim como a compra de originais disponíveis no nosso mercado de arte, enriquecendo as suas coleções e aumentando os seus conhecimentos nesse domínio. Um dos momentos altos da estadia na capital portuguesa, onde permaneceram de forma intermitente por mais de 20 dias, foi o acesso ao Palácio das Necessidades e a D. Fernando II”, escreveu Xavier em Propriedade Minha: ourivesaria, marfins e esmaltes da coleção de D. Fernando II.

Ter um especialista inglês que no Palácio das Necessidades mais do que uma vez para ver as peças e que pede autorização ao rei para fazer uma campanha fotográfica da qual resultam mais de 100 imagens (do conceituado fotógrafo Charles Thompson) leva o próprio rei a adquirir um novo interesse pelo seu conjunto e a organizar um documento raro. É que ao contrário de uma ficha técnico que apenas elenque as peças, como por exemplo o Inventário Orfanológico de 18 volumes feito após a sua morte para efeito de partilhas entre os herdeiros, este inventário manuscrito tem um toque pessoal.

No fim da descrição de cada peça do inventário há um pequeno apontamento que diz “Propriedade minha” (às vezes encurtado para “Propr. minha”). Isto servia, argumenta o conservador, para distinguir o que era propriedade do rei do que era da coroa. “O que é da coroa pertence ao Estado, é propriedade da instituição real e deve ser transmitida ao próximo monarca. São bens que não são transmissíveis aos filhos mas passam de sucessor em sucessor, ao contrário da propriedade do rei.”

Só um colecionador a escrever sobre a própria coleção consegue passar pequenas histórias associadas como esta, que se lê no inventário, sobre uma salva de prata que o rei emprestava à Câmara Municipal de Lisboa quando esta queria cumprir o protocolo da simbólica entrega das chaves da cidade: “(…) varias vezes emprestada por mim a camera municipal de Lisboa, para sobre ella offerecer as chaves da cidade ao Soberano” (n.º 16, caderno I). A cedência ao município para a entrega daquela distinção é bem reveladora do prestígio que envolvia este tipo de peças, escolhidas pela sua antiguidade e valor artístico para servir aos cerimoniais mais solenes, explica.

Propriedade de quem?

No fim da descrição de cada peça do inventário há um pequeno apontamento que diz “Propriedade minha” (às vezes encurtado para “Propr. minha”). Isto servia, argumenta o conservador, para distinguir o que era propriedade do rei do que era da coroa. “O que é da coroa pertence ao Estado, é propriedade da instituição real e deve ser transmitida ao próximo monarca. São bens que não são transmissíveis aos filhos mas passam de sucessor em sucessor, ao contrário da propriedade do rei.”

Como as colecções da Coroa também estavam alojadas no palácio real e já eram ricas em ourivesaria, havia que deixar um documento que distinguisse o que era do rei e que identificasse a sua proveniência, se foi adquirida ou veio por doação, para que não houvessem dúvidas. Hugo Xavier lembra a história da Custódia de Belém, que pertencia à Coroa e que está hoje no Museu Nacional de Arte Antiga. “Dizia-se na altura que o rei a tinha requisitado e que a peça estaria nos seus aposentos. Por isso, um secretário do rei fez publicar uma carta na imprensa a dizer que a peça pertencia à Casa Real e que estava guardada no Tesouro, de onde nunca tinha saído.”

Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

A do Palácio da Pena dedicada a D. Fernando II guarda objetos de valor distinto: há espaço para uma salva de prata de 1548, mas também para o material de apoio ao trabalho dos investigadores

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Era para distinguir estas duas esferas, a pessoal e a institucional, e evitar a ideia de que pudesse estar a apoderar-se de bens nacionais que D. Fernando II começou a apontar as peças que eram “Propriedade minha”. Hugo Xavier consegue confirmar a veracidade destas afirmações porque muitas vezes o rei referia o valor da compra, o local e a justificação. E muitas destas faturas ainda existem hoje, estão guardadas na Fundação da Casa de Bragança em Vila Viçosa. “Também consultei e reproduzi no ebook algumas dessas faturas.”

Palácio da Pena: propriedade “dela”

D. Fernando II casou com D.ª Maria II em 1836, enviuvou em 1853 e passados 16 anos, em 1869, voltou ao matrimónio com Elise Hensler, atriz de teatro, cantora de ópera e mãe solteira de origem suíço-alemã que passou a ostentar o título de Condessa d’Edla. Muitas das faturas que Hugo Xavier encontrou em Vila Viçosa estão assinadas pela Condessa ou eram-lhe dirigidas. “Ela participava muito nos trabalhos que decorriam no parque, como a reflorestação do parque. Envolvia-se muito não só na seleção das espécies botânicas para criar as diversas coleções, mas era também muito preocupada com o crescimento das espécies”, aponta o conservador, que estima em largas dezenas – ou mesmo em centenas – o número de jardineiros que o casal empregava no parque.

O Palácio da Pena tinha sido adquirido em hasta pública com dinheiro do próprio D. Fernando II, por isso era propriedade pessoal, ao contrário do Palácio das Necessidades, que era da Coroa e que na implantação da República passa a integrar o património do Estado. No seu testamento, o rei inclui o Palácio da Pena na percentagem de bens que podia deixar legitimamente aos herdeiros. Deixa-o à Condessa de Edla, o que gerou polémica porque o palácio era já considerado um ex-libris nacional e temia-se que o acesso ao parque pudesse ser vedado se saísse das mãos da família real, como conta o conservador dos Palácios Nacionais da Pena e de Queluz: “Seria preocupante porque o parque já era visitável – até algumas partes do próprio palácio podiam ser visitadas quando a família real não estava. Face à polémica na imprensa, e para acalmar a opinião pública, a Condessa vê-se forçada a vender ao Estado, por 400 e tal contos de reis em títulos da dívida pública, o que lhe coubera em herança. Podemos dizer que seria um presente envenenado porque provavelmente não teria meios para suportar uma casa com esta quantidade de despesas”, acrescenta.

“O objetivo é disponibilizar informação mais recente sobre os mais importantes trabalhos de investigação desenvolvidos no seio da Parques de Sintra e com a colaboração de outras instituições e centros de investigação”, diz Ana Martins, da Parques de Sintra. “A ideia é que conhecimento gera conhecimento. É serviço público.”

Há um gomil renascentista português do século XVI no acervo do The Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, que foi comprado a um antiquário francês por um milhão de euros, segundo Xavier. Foi vendida num leilão de descendentes da filha de D. Fernando II, Antónia de Bragança, Infanta de Portugal, que levou uma parte importante da colecção para a Alemanha. As peças foram escolhidas por dois especialistas enviados para Portugal após a morte do pai. Duas reapareceram em novembro de 2021 num leilão da Sotheby’s que teve lugar em Paris.

Se não fosse pelo inventário de D. Fernando II, agora transcrito, reproduzido e contextualizado em livro, nunca se saberia que o gomil de um milhão de euros que está em Nova Iorque pertenceu em tempos ao rei de Portugal.

Um livro para descarregar

Desfeita qualquer dúvida sobre o interesse histórico do manuscrito, Hugo Xavier falou com o seu diretor, António Nunes Pereira. Ambos consideraram que seria pertinente proceder à transcrição integral do mesmo. Assim nasceu o 4.º tomo da série Coleções em Foco, iniciativa editorial que a Parques de Sintra tem há cinco anos. “É uma publicação digital disponibilizada gratuitamente para quem quiser apenas consultar ou descarregar e guardar”, explica Ana Martins, do departamento de comunicação.

Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem no Palácio da Pena a propósito do inventário de D Fernando II. Sintra, 01 de Fevereiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

No Palácio é possível conhecer objetos que fazem parte da coleção de D. Fernando II, mas também descobrir obras assinadas pelo próprio rei

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O primeiro número da série, Retrato de Jovem Nobre, Cavaleiro da Ordem de Calatrava, da autoria de Fernando Montesinhos, conservador do Palácio Nacional de Sintra, diz respeito a um retrato de corte que ingressou nas coleções da Casa Real como Retrato do rei D. Sebastião. A segunda monografia, A Royal Lunch. A visita a Sintra da Rainha Alexandra do Reino Unido. 24 de março de 1905 , apresenta estudos de quatro autores que dão a conhecer novos aspetos da personalidade de D. Maria Pia, da sua vida, do seu gosto e do seu papel de anfitriã em circunstâncias de Estado. O Leito de Prata dos Duques de Cadaval é o terceiro número. Tem vários autores e trata uma peça “extraordinária de mobiliário e ourivesaria” comprada pela Parques de Sintra para o Palácio Nacional de Sintra.

A coleção de monografias publicadas e distribuídas em formato e contexto digital e de acesso livre propõe a publicação e divulgação de resultados de investigações e estudos sobre objetos, personagens e temas que envolvam os acervos dos Palácios Nacionais de Sintra, Queluz e Pena, ou outros acervos ligados às vivências da família real nestes espaços. “O objetivo é disponibilizar informação mais recente sobre os mais importantes trabalhos de investigação desenvolvidos no seio da Parques de Sintra e com a colaboração de outras instituições e centros de investigação”, diz Ana Martins. “A ideia é que conhecimento gera conhecimento. É serviço público.” No caso de Propriedade Minha: ourivesaria, marfins e esmaltes da coleção de D. Fernando II, são 20Mb de conhecimento e serviço público.

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