Enquanto dormia… |
…o primeiro-ministro segurava o seu ministro das Infraestruturas. Depois da revelação do relatório da Inspeção-Geral das Finanças às contas da TAP, onde se admite a existência de suspeitas de crimes económicos no processo de privatização da transportadora aérea em 2015, a oposição defendeu uma investigação célere do Ministério Público e exigiu a Montenegro uma tomada de posição sobre as conclusões do documento. O primeiro-ministro falou já ao final da noite e saiu em defesa de Pinto Luz: “Está fortalecido”, considera Montenegro, que não vê novidades no relatório em relação ao que já tinha sido apurado na comissão parlamentar de inquérito a esse processo. Mas, afinal, que suspeitas existem? E o que tem Pinto Luz a ver com tudo isso? É o que o João Santos Duarte e a Ana Suspiro explicam na edição de hoje da História do Dia da Rádio Observador. |
Contávamos como a PSP conseguiu, em cinco dias, encontrar e deter o suspeito do assalto à Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Com o sistema de videovigilância do edifício em baixo, as imagens de câmaras nas redondezas foram essenciais para chegar à identidade do suspeito. Isso e algum objeto pessoal que poderá ter sido deixado para trás no momento do assalto. A detenção aconteceu esta segunda-feira, numa rua da capital. O suspeito de 39 anos, com cadastro por uma longa lista de crimes e que levou oito computadores portáteis do edifício dos serviços do MAI, já foi presente a um juiz de instrução mas continuará a ser ouvido esta quarta-feira, para depois lhe ser aplicada a medida de coação. A PSP tenta agora chegar aos equipamentos furtados e, ao fim de quase uma semana, o MAI pronunciou-se já esta quarta-feira com mais detalhe sobre o caso para garantir: “Não existiu, nem existe, qualquer risco de acesso a qualquer informação e ou documentos, confidenciais ou não.” |
Detalhávamos ainda as notas preliminares da investigação à queda de um helicóptero de combate a incêndios, na última sexta-feira. O documento do gabinete responsável pela investigação revela que o piloto detetou a aproximação de uma “ave de médio porte” que voava em direção ao helicóptero, o que obrigou a uma mudança repentina de direção. O piloto ainda retomou a trajetória, mas o aparelho rapidamente entrou em queda acelerada, acabando por embater nas águas do Douro a uma velocidade de cerca de 185 km/h. Por “determinar” estão, ainda, os fatores que levaram a esse desfecho, que provocou a morte de cinco dos seis ocupantes do helicóptero. A ministra da Administração Interna já deu início ao processo de indemnização das famílias dos militares da GNR. |
E o novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça dava uma entrevista à Rádio Observador. No programa Justiça Cega, o juiz conselheiro Cura Mariano defende uma restrição dos recursos para aquele tribunal, para que a sua intervenção se limitasse aos casos em que “exista oposição de teses entre os tribunais da relação”. Ou, ainda, “quando se entendesse que o caso, pelas suas características próprias, tinha uma relevância jurídica excecional”. Como o próprio reconhece, “seria uma pequena revolução” na Justiça em Portugal. |
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Tenha uma boa quarta-feira. |