Enquanto dormia…
… ficávamos a saber que é alguém que já morreu que vai ser a primeira testemunha do julgamento do maior escândalo financeiro da democracia portuguesa. Ninguém mais do que o líder histórico do poderoso clã Espírito Santo. Dez anos depois da resolução do Banco Espírito Santo, vão sentar-se no banco dos réus, a partir de amanhã, 24 arguidos, entre eles Ricardo Salgado. Na quinta feira é ouvido António Ricciardi, chairman do BES até 2008. Como, se morreu em 2020? O que se vai escutar no tribunal será um depoimento gravado em 2015 e, como antecipa Luís Rosa, redator principal do Observador, trará dores de cabeça à defesa de Ricardo Salgado. O comandante garantiu que Salgado era o único que sabia da falsificação das contas e do saco azul. O caso que fez ruir um banco e uma família, é precisamente o tema do novo episódio do podcast “A História do Dia” da Rádio Observador, que pode ouvir aqui.
Crispava-se o ambiente dentro do PS. Alguns socialistas, como o histórico Vieira da Silva, reagiam com estupefação, o mesmo é dizer mal, aos recados de Pedro Nuno Santos, lançados durante o fim de semana. O líder do PS pedia aos correligionários com acesso “ao espaço mediático” que descessem “do pedestal” e apelava “a uma só voz” pública do partido. A mensagem foi simples: neste momento de divisão dentro do partido, os que discordam do secretário-geral devem remeter-se ao silêncio. Ora, não pende sobre os militantes do PS “nenhuma espécie de norma de silêncio, isso não é próprio na democracia”, insurgiu-se à rádio Observador Vieira da Silva. O histórico do PS é uma das vozes que, a par de Sérgio Sousa Pinto, Fernando Medina, Francisco Assis ou José Luís Carneiro, têm defendido a viabilização do Orçamento do Estado, quando Pedro Nuno Santos ainda não se decidiu sobre o assunto.
Em contagem decrescente para as eleições presidenciais norte-americanas, ontem houve mais um homem armado detido num comício de Donald Trump. Foi em Coachella, na Califórnia e o xerife diz que pode ter estado em causa uma terceira tentativa de assassinato do candidato republicano à Casa Branca.
E ontem o “cometa do século” rasgou os céus de Portugal, como pode ver aqui nesta fotogaleria.
Ventura subiu o tom no seu discurso nos últimos dias, mas as sondagens não correm bem ao Chega. O mesmo não se passa com a maioria dos seus parceiros europeus. Porquê? Será que as diferentes direitas europeias explicam este partido?, perguntam José Manuel Fernandes e Helena Matos no Contra-Corrente de hoje. Entre as 10h10 e as 12h00 pode dar a sua opinião na Rádio Observador. Basta inscrever-se ligando para o 910024185.
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