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Como José Eduardo dos Santos criou a sua rede de poder quase absoluto

28 dez 2020, 20:39
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A Corte de Luanda

Fotografia de Dulce Neto
Dulce Neto
editora executiva
Segunda, 28 Dez 2020

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Reina o silêncio absoluto no exclusivo bairro Miramar, que já foi zona das vivendas da burguesia colonial de Luanda e é agora morada de embaixadas. Um palacete escondido por gigantes muros amarelos impõe-se com uma vista invejável para o Oceano. Não se vê ninguém na rua. Apenas dois homens debaixo de uma árvore, enquadrados no horizonte de mar. Não são apenas dois homens, percebe o Observador quando rapidamente se aproximam e em modos bruscos obrigam a apagar as fotos que tinham acabado de ser feitas. Esta é a residência de José Eduardo dos Santos desde setembro de 2017.

Piscinas, jardins, campo de basquetebol, salas faustosas, tudo parece desabitado. Quem vive aqui agora? “Não podemos falar nada”, respondem os guardas remetendo mais diligências para as traseiras da mansão onde vários seguranças controlam o acesso. Pergunta repetida, documentos escrutinados durante longos minutos e resposta sem recuo: “Só com ordem do Palácio Presidencial podemos falar”. A “Casa Amarela” é um tempo parado: o antigo Presidente de Angola já não mora aqui desde abril de 2019.

Dez minutos de carro, 14 quilómetros e 77 anos separaram José Eduardo dos Santos do frenético Sambizanga, o musseque onde se diz que nasceu. É a distância entre a pobreza e a opulência, o tempo entre o filho frágil de uma quintandeira e o todo poderoso soberano de Angola que, desde esta miniatura do palácio presidencial cor-de-rosa, assistiu, surpreso, ao desvanecer do seu poder a partir de setembro de 2017, na investida contra a corrupção lançada pelo seu sucessor, João Lourenço.

Foi já a cerca de oito horas de voo, 8.500 quilómetros e a três anos do seu reino, refugiado numa outra mansão, no “bairro da elite” em Barcelona, que viu acontecer o impensável: no fim de dezembro de 2019, um despacho judicial que arrestou os bens da filha Isabel diz que o ex-Presidente de Angola autorizou o desvio de mais de 115 milhões do erário público e favoreceu ilegitimamente a filha no comércio de diamantes. Em janeiro deste ano, o escândalo Luanda Leaks mostrava ao mundo como Isabel dos Santos e o marido tinham alegadamente usado fundos públicos em proveito do seu império empresarial.

Isabel dos Santos foi uma espécie de para-raios de toda uma governação e oligarquia fidelizada pelos petrodólares. Mas a figura central de um esquema institucionalizado de corrupção é o pai, José Eduardo dos Santos: foi ele que, senhor de um poder quase absoluto durante 38 anos, viabilizou e legitimou todo um sistema duvidoso.

Um episódio ocorrido com o Observador em Luanda é sintomático de como no seu reinado os atos à margem da lei ganharam foros de normalidade.

Com dez dias e tantas conversas para ter, os dias e as noites eram criteriosamente organizados para ter tempo para tudo. Mas ninguém consegue prever algumas entrevistas. Uma delas foi com o funcionário mais antigo do palácio presidencial que ainda está ao serviço depois de começar a trabalhar na Cidade Alta ainda nos tempos dos governadores portugueses. A entrevista foi longa, incluiu um hino religioso e uma oração propostos por Domingos Bandeira no seu fato domingueiro acabado de chegar da igreja metodista, e quando a jornalista saiu, já passava da hora combinada com o motorista. O protesto surgiu de imediato:

— Não foi esta hora que combinou comigo, dama.
Jornalista pede desculpa, explica que são imprevistos, etc. De rosto fechado, nos seus trinta anos e óculos escuros Rayban, ele não amaciou e com a maior naturalidade do mundo rezingou:
— Por sua causa não consegui levar um pacote de diamantes ao aeroporto.
A conversa que se seguiu mostrou que não estava a brincar.

“José Eduardo dos Santos, o pai da corte de Luanda”, é o primeiro texto de um trabalho especial multimédia do Observador sobre a rede de poder eduardino que deu origem a uma série inédita de podcasts do Observador. São quatro textos:

  • sobre o ex-Presidente de Angola, publicado hoje,
  • sobre a filha Isabel dos Santos, escrito pelo Filipe Fernandes, que sairá amanhã,
  • sobre o genro Sindika Dokolo (cuja publicação teve de ser antecipada devido à morte do marido de Isabel dos Santos em outubro, mas que é novamente lançado na quarta-feira), assinado pela Cátia Bruno,
  • e sobre os delfins Manuel Vicente e João Lourenço, da autoria de João de Almeida Dias, que poderá ler a partir de quarta-feira.

Todos têm vídeos cuja minuciosa montagem e edição foi feita pela Catarina Santos, editora-coordenadora da equipa multimédia do Observador.

Os podcasts, realizados pelo editor executivo da Rádio Observador, Ricardo Conceição, e com a sonoplastia de Beatriz Martel Garcia, Diogo Casinha e Bernardo Almeida, dividem-se em quatro episódios:

  • O Viajante (que já passou hoje na rádio Observador mas que está sempre disponível no site) e o Chefe (que passa amanhã) dedicados ao ex-Presidente de Angola,
  • A Cara do Pai, que revela como Isabel dos Santos foi construindo a sua fortuna, que sairá. na quarta-feira,
  • e O Mimoso, que mostra como João Lourenço é um filho do sistema, que vai para o ar na quinta-feira.

Na reportagem sobre José Eduardo dos Santos, seguimos o seu percurso desde que nasceu, ouvimos as histórias que denotam traços de personalidade que o levaram a exercer uma autoridade intocável, a dominar o partido, os inimigos e amigos, o país. Falámos com mais de meia centena de pessoas, em Angola, em Portugal, no Brasil, no Reino Unido. Desde ex-generais a académicos, de ex-ministros a homens de negócios, de ex-guerrilheiros a ativistas, de uma ex-prisioneira da cadeia da Estrada de Catete a um historiador, que nos explicaram como José Eduardo dos Santos soube usar (ou forçar) implacavelmente as circunstâncias a seu favor.

Contamos como era um hábil político florentino, cheio de ambiguidades (veja-se o exemplo do 27 de maio de 1977) ou como chegou a receber uma ordem de prisão, mas também como a sua vida pessoal e amorosa se entrelaçou com o seu papel de estadista. Desde a primeira mulher, Tatiana Kukanova, mãe de Isabel, que vendeu garrafas de vinho para comprar uma Renault 4, à amante “Milucha”, mãe de Tchizé e Coréon Dú, que o viu com buracos nas meias no Futungo de Belas, ou ao filho que foi criado durante muito tempo por um amigo. Tem fotos antigas e muitos sons: até o de José Eduardo dos Santos a cantar para a então mulher, Ana Paula dos Santos.

É só o começo da série. Não perca o resto.

reportagens

Fotografia
A Corte de Luanda

José Eduardo dos Santos, o pai da Corte de Luanda /premium

podcasts

Fotografia
A Corte de Luanda

A Corte de Luanda, parte I: O Viajante

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Conheça os bastidores e os detalhes da série "A Corte de Luanda", uma investigação do Observador sobre a rede de poder que se formou à volta de José Eduardo dos Santos e da sua família.

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