No rescaldo das eleições legislativas e com a tomada de posse de um novo governo discutiram-se, nas últimas semanas, diferentes modelos de desenvolvimento que cada partido advoga como os mais favoráveis para o País. Portugal enfrenta desafios como o de uma população cada vez mais envelhecida, a necessidade de lidar de maneira efetiva com as alterações climáticas, e criar uma economia mais produtiva e capaz de melhor remunerar todos os que contribuem para a mesma.

A biotecnologia, nas suas diferentes formas — desde a produção de compostos de interesse industrial com processos biológicos sustentáveis e escaláveis sem dependência de recursos fósseis, ao desenvolvimento de novas terapêuticas e às novas abordagens de saúde digital que nos permitem viver mais tempo e com mais qualidade –, é um instrumento de alto potencial para atacar estes grandes desafios e gerar valor para a economia nacional. O país, tirando proveito do investimento nas últimas décadas na criação de infraestruturas para a ciência e na formação de recursos humanos altamente qualificados, em especial nas áreas das ciências da vida e da engenharia, pode ambicionar ser um ponto de referência para o desenvolvimento inicial de novos produtos com base em biotecnologia.

Aos nossos decisores políticos é pedida a definição de estratégias de desenvolvimento económico e internacionalização abrangentes aos diferentes setores da economia, com a criação de um ambiente regulatório competitivo, condições fiscais estáveis, e a promoção de investigação e desenvolvimento com reforço da colaboração entre grandes empresas, já com acesso aos mercados, e pequenas empresas focadas no desenvolvimento de novas tecnologias.

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