Blockchain para refugiados Sírios... e não só!
A Blockchain deverá alterar alguns desenhos e práticas. E sua lógica, essencialmente descentralizada, faz-nos pensar quais os impactos que poderá ter no desenho futuro de mais cadeias de abastecimento
São pretensas superestrelas e numa fase da vida já todos perceberam o que valem. Problemático, um pouco por todo o mundo, é não só dizer que o rei vai nu como aproveitar para desmarcar a nudez do rei.
Repeguei um escrito que considero muito interessante de Frank Sonnenberg que escreve em livro, em blog e em jornal e é considerado um cronista entre os principais americanos mais lidos sobre gestão. O sentido dos seus escritos é francamente sarcástico, caricatural e mordaz, muito embora conhecedor dado que Frank passou por vários boards de empresas e fez muita consultoria ao longo da vida. Contactou muitíssimas empresas e a sua carreira empresarial é não despicienda. E apresenta, algures, este escrito que repeguei e se intitula Bluffing Your Way to the Top. Este tema veio à baila há algumas semanas, em conversa com um colega meu, fazendo do escrito de Sonnenberg o centro desse diálogo.
A coisa reza mais ou menos assim.
Lembra-se de quando andava na escola, o quanto estudava e o que investia enquanto outros, por bambúrrio de sorte ou outros argumentos, tinham conseguido saber as perguntas de um qualquer exame? Lembra-se de trabalhar arduamente e outros, com cábulas, esquemas montados e formas de fazer short-cuts conseguiam aceder durante os exames a materiais que jamais lhe passaria pela cabeça poder consultar na altura da avaliação?
Pois bem, esses tempos ficaram para trás e já lá vão. O que é legítimo é legítimo o que não é não foi. Mas passou. O problema, não obstante, é que não só não passou como o fenómeno se repete hoje de outras formas. O sistema perpetua-se para a frente. Joga-se num outro tabuleiro e com outras peças de xadrez mas continua a jogar-se de forma nem sempre séria, ou trabalhadora e transparente, para chegar a resultados.
Sonnemberg tipifica 8 personagens (ou 8 estereótipos) que se encontram pelas empresas. Vê-los por aí é um hábito. Lidar com eles é uma maneira de sobrevivência como qualquer outra. Mas a verdade, verdadinha, é que eles andam por aí. São o que são – ou têm o que têm – mas fazem bluf na sua ascensão até ao topo – ou mesmo, já lá estando, no sentido de se preservarem. São pretensas superestrelas e a uma certa fase da vida já todos perceberam o que valem. Problemático, talvez um pouco por todo o mundo, é não só dizer que o rei vai nu como aproveitar para desmarcar a nudez do rei. Que tal oferecer roupa ou rei? Hummm.
Sonnemberg, de novo, caracteriza bem as formas como estes personagens atingem o sucesso. Um sucesso plástico, feito de falta de autenticidade e de conhecimento, um sucesso tomado de empréstimo. Só não é possível concordar com o cronista quando este diz que essas pessoas serão um dia apanhadas pelas teias que elas mesmas criam. Uma crença, quanto a mim prejudicial, que em bom português até dá direito a ditado popular: “cá se fazem, cá se pagam”. O problema é que em Portugal muito se faz e pouco ou nada se paga.
Haverá uma boa maioria de colaboradores a procurar cumprir e a fazer o certo. Valha-nos isso. Há uma série de pessoas comprometidas, e bem comprometidas, para com os projetos das organizações para as quais trabalham. E se as há. Depois, há um conjunto de atores das organizações que vão usando outros, o seu trabalho e o seu esforço, para brilharem. Sem pudor nem pejo. Sem vergonha. Isto dito, as classificações e os estereótipos aí estão, pela mão de Sonnemberg, para quem os quiser encontrar.
Estes tipos de pessoas são-lhe familiares? É pena que por cá, por Portugal, não se acredite realmente na justiça e se faça alguma coisa em prol de soluções. E os que fazem tornam-se “bufos”. Fora de Portugal ainda se vai acreditando que estas pessoas podem vir a ter aquilo que lhes é devido. Ou às vezes terão.
Por este recanto, e por vezes, acredita-se muito seriamente naquilo que verdadeiramente se aplica: “agarrem-me senão eu mato-o”. O português é assim. “Ladra”, “ladra” mas não morde. Porque nunca fará nada de verdadeiramente tempestuoso para abanar as águas e/ou expor a nudez e a predação destes indivíduos. E quando “ladra”…não morde.
Facto é que tudo isto destrói a moral e fere e prejudica a competitividade e a saúde interna das organizações. E como destrói e como fere.
A principal mensagem, aqui, passa mesmo por saber identificar estes personagens para evitar proximidade. Distância, distância apenas para que não haja ideias oferecidas, para que não haja créditos que possam ser roubados ou trabalhos que possam cair-lhe ao colo de forma inusitada. É bom deixá-los em presença de outros do mesmo tipo, que os apanhem e os possam predar como eles próprios predam outros indivíduos.
Sobretudo, não tente resolver as coisas pelas suas mãos. Até porque ao não ter um destes perfis não vai sair bem na fotografia. E, lá está, tudo o que diga voltar-se-á contra si mesmo. Mas é pena. Porque é também sem nada fazer que se colabora com o bluffing your way to the top.
Professor Catedrático, NOVA SBE – NOVA School of Business and Economics, crespo.carvalho@novasbe.pt
A Blockchain deverá alterar alguns desenhos e práticas. E sua lógica, essencialmente descentralizada, faz-nos pensar quais os impactos que poderá ter no desenho futuro de mais cadeias de abastecimento
A Amazon ficará neste mundo bem mais tempo que o tempo de Trump. Assim, repito, alguém (ou ninguém!) tem de avisar Trump de que esta não é uma guerra pueril como muitas que tem travado.
O mérito deve ser, em todas as circunstâncias, o fio condutor do sistema de ensino superior. E cortar 5% de vagas a Lisboa e Porto não é mérito. É decreto e, na minha modesta opinião, mau decreto.
A Blockchain deverá alterar alguns desenhos e práticas. E sua lógica, essencialmente descentralizada, faz-nos pensar quais os impactos que poderá ter no desenho futuro de mais cadeias de abastecimento
A Amazon ficará neste mundo bem mais tempo que o tempo de Trump. Assim, repito, alguém (ou ninguém!) tem de avisar Trump de que esta não é uma guerra pueril como muitas que tem travado.
A Amazon quer mais e isso mesmo era evidente aquando da compra da Whole Foods. E agora entra na equação o mercado francês, onde parece existir um evidente interesse do gigante americano.
Em vez de andarmos todos preocupados com o que chove e quando chove, que tal começarmos já, agora, ontem, a planear e executar os necessários transvases entre redes municipais e multimunicipais?
Na comparação de inverno, e apesar de serem apenas 13 lojas, o modelo Hema parece ser mais inspirador para o que será o futuro da Whole Foods do que o é a Amazon Go ou a não convicente Whole Foods 365
Competências brandas em redes sociais gerarão apenas artificialidade, bipolaridade e comportamentos coreografados. A sociedade tornar-se-á, perdoem-me o termo, uma palhaçada, como em muitos casos já é
Não publicamos nada no seu perfil sem a sua autorização. Ao registar-se está a aceitar os Termos e Condições e a Política de Privacidade.
Acesso ilimitado a todos os artigos do Observador, na Web e nas Apps, até três dispositivos.
Ao registar-se está a aceitar os Termos e Condições e a Política de Privacidade.