1. Nas manifestações dos “Coletes Amarelos”, sente-se a nostalgia da guilhotina. Mas quem se entusiasma vendo a violência do sofá esquece que, em democracia, um carro em chamas não pode valer mais do que um voto numa urna.
2. Na análise aos “Coletes Amarelos” há ainda um equívoco histórico e um preconceito moderno, que unem Le Pen e Mélenchon: o de que, quando quer ser ouvido, o “povo”, coitado, só sabe falar como “povo em armas”. Eu prefiro sempre o “povo” que troca a adrenalina de uma montra partida pela tranquilidade de uma fila de voto.
3. O problema é que Macron preferiu o cálculo à coragem. Depois dos distúrbios do último fim de semana, o Presidente francês decidiu suspender o aumento de impostos que levou aos distúrbios. É a nostalgia de Maria Antonieta.
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