1 Voltou. Está aí e pronunciar-lhe o apelido desperta de imediato conjecturas e expectativas, o futuro olha-o com generosidade. Quando se soube que iria regressar ao país, surgiram alguns convites, recusou todos (não me deixa dizer quais) menos um: justamente aquele que melhor lhe pode definir o perfil e a simultaneamente a ambição: a Fundação Gulbenkian.

Carlos Moedas, 48 anos, passou cinco anos – 20014/19 — em Bruxelas, como Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. Dizem que deixou assinatura. E ele, também diz?

Ah, diz, diz. Por exemplo: deixou uma proposta para “o maior programa de sempre de ciência da União Europeia, 100 mil milhões de euros” (“não haverá outro maior no mundo, pela primeira vez chegamos aos 100 mil milhões, o programa actual é de 80 mil milhões”); deixou o lançamento do Conselho Europeu da Inovação com 10 mil milhões para Inovação e transformação do conhecimento em produtos — “uma das grandes dificuldades na Europa”; e logo no início da sua actividade na capital belga, em Novembro de 2014, “conseguiu desbloquear durante a crise do Ébola os primeiros 200 milhões de euros que deram origem à primeira vacina contra esta terrível doença”. Não é score modesto.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.