O eventual leitor deste artigo terá sobre o autor pelo menos uma vantagem decisiva: quando este texto for publicado já serão conhecidos os resultados oficiais das eleições europeias de ontem — o que não é o caso na altura em que este artigo está a ser escrito. Ainda assim, arrisco-me a abordar o tema das eleições europeias — que têm a especificidade adicional de serem eleições “de protesto”, sem directo impacto governativo nem no plano nacional nem no plano europeu.
Um ponto de partida possível será o discurso de despedida de Theresa May, primeira-ministra britânica, na passada sexta-feira. A sra. May será sem dúvida a principal responsável pelo descalabro eleitoral que tudo indica terá penalizado duramente o seu Partido Conservador nas eleições europeias. Mas proferiu um discurso honroso, a que não faltou a sincera emoção final, quando concluiu expressando a sua “gratidão pela oportunidade de servir o país que amo.”
Outro aspecto que merece apreço foi o seu elogio do espírito de compromisso. Citando Sir Nicholas Winton, que foi um empenhado protector de crianças perseguidas pelo nazismo, Theresa May recordou que ele lhe tinha dito: “nunca se esqueça de que ‘compromisso’ não é uma palavra suja”.
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