É só mais um, a juntar aos incontáveis escândalos em que o Presidente norte-americano é acusado de ofender, vilipendiar ou assediar. Desta vez, a vítima de Donald Trump foi a Covid-19. Segundo consta, Trump está em vias de, sem qualquer misericórdia, escorraçar a Covid para fora do seu próprio corpo. Quer dizer, anda um vírus a tentar fazer o seu trabalho, honestamente, sem se meter na vida de ninguém – ainda que metendo-se dentro do organismo de alguém, é certo – e esta é a paga que recebe por banda do presidente dos Estados Unidos da América? E ainda dizem que os EUA são a terra das oportunidades, onde todos os vírus podem sonhar em ter hospedeiros com uma vida melhor para infectar.

A verdade é que a maleita que aflige Donald Trump parece ser uma versão diferente das clássicas maleitas. Tradicionalmente, as doenças desencadeiam desejos de melhoras, mas no caso da Covid-19 de Trump, um dos efeitos secundários foi, antes, a proliferação de desejos de pioras. Como aconteceu com uma ex-funcionária de Barack Obama e Hillary Clinton, que desejou fortíssimas pioras ao presidente, fantasiando com o seu falecimento. Por cá, felizmente, reinou o bom senso. E também o comedimento. Marcelo Rebelo de Sousa mostrou bom senso ao desejar as melhoras de Trump. E mostrou forte comedimento ao revelar um nível de preocupação com a saúde de Trump incomparavelmente inferior ao exibido aquando daquela sua viagem a Cuba para confraternizar com um debilitado Fidel Castro.

Entretanto, a propósito da América e à conta dos fundos europeus que para aí vêm, por cá está a montar-se uma comboiada das antigas. É que dá mesmo ideia que estamos no faroeste. Se não, reparem. Lá ao fundo vislumbra-se um comboio, vindo da Europa e com a maquinista Ursula von der Leyen aos comandos, carregadinho de dinheiro. À sua espera, no Desfiladeiro da Asfixia Democrática, estão Costa e os seus comparsas, prontos a deitarem as mãos ao saque. E nem precisaram de montar uma grande cilada, uma vez que, previamente, expulsaram do povoado o xerife do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira. Estou em crer que a única diferença entre o Portugal de 2020 e o faroeste é que, se fosse cá, aqueles típicos tufos de plantas secas, que vemos nos filmes a rolarem pela estrada fora, pagavam Imposto Único de Circulação.

Ainda assim, calma, pois há óptimas notícias no que ao sistema político português diz respeito. Parece que aqueles desabafos do género “Eh pá, vai roubar para outra freguesia!”, que tantas e tantas vezes frustrados munícipes dirigem ao autarca da sua predilecção foram, enfim, escutados por quem de direito. Tanto é, que, segundo noticiado ontem, o Governo já chegou a consenso junto das associações de municípios e freguesias para avançar com um aumento do número destas últimas. Se tudo correr como quer o PS, ou seja, mesmo muito bem, estamos perante o cenário da criação de mais 600 freguesias em Portugal. Portanto, vai haver inúmeros novos poisos para que nenhum pequeno líder político do nosso país fique sem junta de freguesia onde saquear à vontade o erário público. É o alcançar da mítica taxa de desemprego zero para caciques locais.

Conclusão. Bem pode a cientista portuguesa, Elvira Fortunato, limpar tudo o que é prémio que, enquanto o PS estiver no Governo, nunca as escolas nacionais serão equipadas com o seu ecrã transparente feito com materiais ecossustentáveis. E bem pode a cantora Rihanna esperar sentada que o Fernando Medina a convide para vir à Moda Lisboa apresentar a sua nova colecção de lingerie. Se há coisa que já percebemos, é que os socialistas não querem saber de qualquer espécie de transparência.

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