O Governo português anunciou recentemente o lançamento de concessões para exploração de energia eólica offshore na costa Atlântica. A potência instalada poderá atingir os 10 GW, o que corresponde a cerca de metade da potência elétrica total instalada de todas as fontes energéticas (solar, eólica, hídrica, gás, biomassa). O aproveitamento daquele potencial energético vai exigir investimentos de dezenas de milhares de milhões de euros em torres gigantes ao largo da costa de Viana do Castelo, de Leixões, da Figueira da Foz, da Ericeira e de Sines.

Este e outros investimentos na área das renováveis fazem parte da resposta que em todo o mundo os países estão a dar à crescente procura de eletricidade. A eletrificação com recurso a energias renováveis é essencial para alcançar os objetivos de descarbonização para fazer face às alterações climáticas. Este movimento foi acelerado pela prioridade dada à segurança energética pelos governos europeus no seguimento da guerra na Ucrânia.

No caso de Portugal, é também urgente acelerar os investimentos nas renováveis para reduzir a elevada dependência energética, sobretudo devido ao consumo de combustíveis fósseis na área dos transportes. A grande dependência do petróleo, e também do gás, expõe a economia portuguesa a choques externos, agravando os défices da balança comercial.

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