«Há muito tempo, quando a economia era pouco mais do que um conjunto de frases bonitas, um crítico da ciência disse: “Se queres um economista de primeira água, arranja um papagaio e ensina-o a dizer ‘Oferta e Procura’ como resposta a qualquer pergunta que lhe façam. O que determina os salários? A Oferta e a Procura. O que determina o juro? A Oferta e a Procura. O que determina a distribuição de riqueza? A Oferta e a Procura.”» (Irving Fisher, 1910, Introduction to Economic Science, tradução minha).

A estas perguntas podemos acrescentar outras: o que determina o preço da habitação?; o que determina as rendas das casas?; o que determina o preço de cada noite em alojamento local? A resposta é sempre a mesma: a Oferta e a Procura. Como notou Fisher, esta resposta está sempre certa, mas, infelizmente, não explica nada. Para se encontrar a explicação, «temos de desvendar as forças que determinam a Oferta e a Procura».

Quando as forças de mercado levam a resultados de que, por qualquer motivo, os políticos não gostam, é normal que estes procurem corrigir o seu funcionamento através de políticas públicas. Até aqui tudo bem. Mas o sucesso de uma política depende crucialmente de se entender de que forma é que se vai interferir no jogo da oferta e da procura e que incentivos gerará.

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