Certeza que alguma vez ouviste a famosa frase de Einstein em que diz que se a sua vida dependesse de solucionar um problema e só tivesse uma hora passaria 55 minutos a reflexionar sobre a questão e os outros 5 a resolvê-lo.

Podes desde logo imaginar qual é a primeira estratégia para resolver problemas de qualquer natureza: reflexionar sobre o problema. Todas as perspetivas e possibilidades, a sua origem e forma. Se não entendemos bem o problema, usaremos uma possível solução, mas não a indicada. Querer solucionar muito rapidamente o problema nem sempre é a melhor opção, já sabemos que nas empresas acontece muito, mas há que usar isso como tempo para procurar uma solução melhor.

Uma segunda estratégia é a comunicação. Enquanto procuras entender todo o problema vai ser essencial comunicar com tudo e todos, assim, entre as descrições de cada, um farás uma melhor ideia das diferentes perspetivas. Na hora do problema a confiança criada, seja com o cliente, o operário, o fornecedor, ou qualquer outro, joga a teu favor. Podes conseguir que as pessoas falem e ajudem porque já foste criando esta ligação e confiam em ti.

Há departamentos como os de controlo de qualidade que detalham os problemas e soluções que encontram nos seus turnos, isto deveria ser norma geral para todos. Saber os problemas que já ocorreram e como foram solucionados pode ajudar a ver erros repetitivos, frequência dos problemas, boas e más soluções. É difícil de manter em memória quando foi a ultima vez que aconteceu ou como foi exatamente, os auxiliares de memória nunca são demais. Isso leva-me para a seguinte estratégia, já sei que para recordar-te das coisas escreves post-its e os pões aí onde se veja bem. Mas que costuma passar com esses papelitos? Umas vezes já perdeste o papel, outras vezes já não te lembras a que se referia, mas, pronto, de vez em quando funciona. O melhor é mesmo ir apontando as ideias, interpretações e os acontecimentos, mesmo que tenhas o papel para quando chegas pela manhã refrescar a memória preferível ter onde recorrer para ver o resto da informação.

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E por último, mas não menos, como quinta estratégia sugiro fazer revisões do trabalho já feito e dos avanços, dos sucedidos. Isto pode ser simplesmente a nível pessoal, para ter uma ideia, mas também está bem incluir outras pessoas neste processo, porque quando um problema custa resolver é porque está em falta mais perspetiva, mais voltas ao tema talvez com diferentes cabeças pensantes. E quase de certeza que está na hora de simplificar o problema.

Tudo isto para permitir encontrar uma solução mais adequada e permanente para virar página completamente.

Mónica Coelho é especialista em I+D

O Observador associa-se à comunidade Portuguese Women in Tech para dar voz às mulheres que compõe o ecossistema tecnológico português. O artigo representa a opinião pessoal do autor enquadrada nos valores da comunidade.