A Noruega vai recorrer ao dinheiro do fundo soberano e reduzir os subsídios pagos aos refugiados como forma de responder ao aumento de custos associado às entradas recordes de candidatos a asilo, informou esta sexta-feira fonte governamental.

O Governo espera a chegada de 33 mil candidatos a asilo em 2016, cerca do triplo da média dos últimos anos, e estima um custo orçamental de 9,5 mil milhões de coroas (mil milhões de euros), um valor muito acima do que previu no orçamento, divulgado a 7 de outubro.

Para financiar o aumento de custos, o Governo de direita, no qual se inclui o Partido do Progresso, populista e anti-imigração, propôs a retirada de 1,2 mil milhões de coroas do fundo público de pensões, o maior fundo soberano do mundo. O fundo, que é composto por receitas da exploração de petróleo e gás da Noruega, está avaliado em 7,36 biliões (milhão de milhões) de coroas.

O Governo também planeia redirecionar 4,2 mil milhões de coroas do seu orçamento para a assistência internacional para ajudar a cobrir os custos com os refugiados. Os restantes 4,1 mil milhões devem ser financiados com o adiamento de reduções de impostos e outras poupanças, de forma a reduzir os subsídios pagos aos refugiados e as horas letivas das turmas de ensino do norueguês.

O Governo pretende ainda acelerar a deportação dos candidatos a asilo cujo pedido foi rejeitado. O executivo minoritário deve enfrentar negociações difíceis para conseguir fazer aprovar as propostas no parlamento.

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