A Polícia Judiciária está neste momento em Tojais, Vila Real, a investigar uma habitação de onde o suspeito de homicídio Pedro Dias terá roubado roupa. Os moradores dessa casa disseram esta quinta-feira à PJ que tinham roupa a secar no estendal no exterior da casa e que parte das peças desapareceu. Visto que a habitação está dentro do perímetro crítico onde estará Pedro Dias, suspeita-se que terá sido o próprio a passar por ali e a roubar a roupa.

Os moradores, um homem e uma mulher, foram questionados pela Polícia Judiciária sobre o que faltava. Resposta: dois cobertores, um casaco e dois gorros. Há ainda a possibilidade de Pedro Dias ter roubado material de caça e outros bens, escreve o DN. A habitação situa-se perto da autoestrada A4.

O paradeiro de Pedro Dias é desconhecido desde 11 de outubro. A data marca o dia em que o homem se tornou suspeito de matar um militar e um civil em Aguiar da Beira, distrito da Guarda, e de ainda ter causado ferimentos a mais duas pessoas. O homem de 44 anos está a monte desde então, tendo decorrido buscas em São Pedro do Sul, Arouca e Vila Real. Foi avistado em pelo menos duas localidades, mas conseguiu fugir.

Governo elogia atuação das forças de segurança

O Governo disse entretanto estar satisfeito com a atuação das forças de segurança no caso Aguiar da Beira e desmentiu quaisquer problemas de coordenação. As declarações são da ministra da Presidência e do ministro dos Negócios Estrangeiros. Em declarações à imprensa, Maria Manuel Leitão Marques disse: “Não há descoordenação entre as forças de segurança”. Augusto Santos Silva foi mais longe e elogiou mesmo a condução do processo: “Neste momento importa saudar, apoiar e agradecer o enorme esforço que todas as forças de segurança e a polícia de investigação criminal estão a fazer para a detenção do suspeito”, disse.

As declarações surgem na sequência de outras opiniões menos favoráveis à atuação das forças envolvidas nas buscas por Pedro Dias. Esta quinta-feira, o ex-secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SIS), Mário Mendes, disse ao DN que “as falhas de coordenação” entre as forças policiais na busca pelo suspeito dos homicídios “são bastante grandes”. O mesmo jornal anunciava ainda que a PJ, a PSP e a GNR não estão a partilhar informações nem se têm reunido para planear a estratégia a seguir.

Entretanto, a polícia portuguesa está a trabalhar com a polícia espanhola para o caso de Pedro Dias fugir para Espanha. O El Español anuncia em reportagem que a hipótese mais provável dada pela GNR é a de que o suspeito permaneça em Portugal, mas as autoridades espanholas estão em alerta.

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