O Governo chinês negou esta sexta-feira ter qualquer intenção de desvalorizar a sua moeda, o yuan, para impulsionar as exportações e assegurou estar “pronto” a coordenar as suas políticas económicas e comerciais com os Estados Unidos. O Presidente norte-americano, Donald Trump, acusa frequentemente a China de manipular o valor da sua divisa, mantendo-a artificialmente baixa para estimular as exportações do país.

“A China não tem a intenção de conseguir vantagens comerciais ao desvalorizar a sua moeda”, disse hoje Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa.

Geng apelou a Washington para que se pronuncie sobre o valor do yuan de forma “objetiva”, reiterando a intenção do país asiático em continuar a reforma do seu regime cambial. Na quinta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, disse querer reunir-se em breve com o seu homólogo chinês, Xiao Jie. Geng Shuang disse esta sexta-feia que a China “também quer estabelecer relações de trabalho em vários níveis com os EUA para ter uma comunicação e coordenação efetiva”.

O porta-voz disse que o encontro entre Mnuchin e Jie poderá ocorrer durante a reunião entre os ministros da Finanças dos países do G20, que ocorrerá em Baden-Baden, na Alemanha, entre 17 e 18 de março. “A China tem a vontade e sinceridade para coordenar com os seus colegas norte-americanos, visando levar as suas relações com os EUA para um caminho sólido e saudável”, indicou Geng. “A relação entre a China e os EUA é uma das mais importantes do mundo a nível bilateral. Esta relação não só afeta o bem-estar dos dois povos, como a paz, estabilidade e prosperidade da região Ásia-Pacífico”, afirmou.

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