O advogado do presidente Donald Trump, Marc Kasowitz, pretende apresentar uma queixa contra o ex-diretor do FBI, James Comey, junto do Departamento de Justiça e do Comité de Justiça do Senado norte-americanos.

A informação foi avançada por vários órgãos de comunicação social norte-americanos, que citam fontes próximas do processo. A confirmar-se a queixa, os representantes jurídicos de Trump devem centrar o caso no facto de Comey ter revelado no Senado que divulgou conversas que manteve com o Presidente norte-americano através de um amigo, que depois fez chegar essa informação à imprensa.

Na audição de quinta-feira, o ex-diretor do FBI contou detalhes sobre como revelou a conversa que teve com Trump — onde o Presidente lhe disse que “esperava” que a investigação a Michael Flynn não continuasse. Comey explicou que, quando viu o tweet de Donald Trump a dizer que era bom que não existissem gravações das conversas que tiveram, acordou a meio da noite e percebeu que ia ter de fazer chegar a sua versão à imprensa, como recuperava aqui o Observador.

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“Decidi que a informação devia chegar à imprensa. Então, pedi a um amigo para partilhar o conteúdo do memorando com um repórter. Não o fiz eu mesmo por várias razões, mas a principal é porque pensei que, se não fosse eu fazê-lo, era mais fácil provocar a nomeação de um procurador especial. Foi por isso que pedi a um amigo próximo para o fazer”, revelou o ex-diretor do FBI.

No entanto, e como recorda a CNN, ainda não é claro de que forma a equipa de Trump pode formalizar a queixa contra o antigo diretor do FBI. O Departamento de Justiça tem jurisdição limitada sobre ex-funcionários — como é o caso de Comey.

Recorde-se que Trump já reagiu à audição de Comey, negando a versão apresentada pelo ex-diretor do FBI e classificando Comey de “bufo”.

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