Os distúrbios do sono são frequentemente ligados a vários problemas de saúde como depressão, diabetes, demência ou perturbações cardíacas. Várias são também os conselhos para quem quer ter uma boa noite de sono. Mas um estudo recente acrescentou um novo segredo: um objetivo de vida pelo qual se tenha de acordar no dia seguinte.

Comer adequadamente, fazer exercício físico ou não usar tecnologias antes dormir são algumas das técnicas já conhecidas para se conseguir alcançar um sono descansado. Apesar dos inúmeros conselhos, a má qualidade do sono é algo que se mantém bem presente na nossa sociedade. Segundo este novo estudo, os afro-americanos têm maiores taxas de prevalência de distúrbios do sono e maior suscetibilidade ao desenvolvimento da apneia.

O estudo da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos da América, analisou cerca de 825 pessoas com idades compreendidas entre os 60 e os 100 anos, das quais 428 eram afro-americanas e 397 caucasianas. Publicada no Sleep, Science and Practice, a pesquisa examinou as respostas a um conjunto de dez perguntas sobre os objetivos e propósitos de vida dos voluntários. Posteriormente, realizaram-se uma série de perguntas sobre a qualidade e quantidade de sono das mesmas pessoas.

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Os investigadores aperceberam-se que aqueles que tinham um propósito de vida eram 63% menos propensos a sofrer de apneia de sono e 52% ter síndrome de pernas inquietas – uma doença crónica e progressiva. Consequentemente, estas pessoas tinha uma qualidade de sono mais elevada, com um menor número de alterações durante as horas de descanso.

A pesquisa sugere que a construção de um propósito de vida entre adultos séniores, juntamente com outros fatores já referidos, pode promover uma boa noite de descanso. Num futuro próximo, os investigadores pretendem também estudar o efeito da terapia mindfulness na melhoria das práticas de descanso.

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