Os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão desde as 00:00 desta quinta-feira em greve, uma paralisação que só termina às 24:00 de sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, a greve pretende exigir a reposição do acordo que os sindicalistas dizem ter sido “violado pelo Governo, em Conselho de Ministros”.

O presidente do sindicato disse, na semana passada, no parlamento, que tinha sido acordado entre sindicatos e Governo uma quota de 30% de lugares de topo de carreira para os profissionais de diagnóstico e terapêutica. Contudo, em Conselho de Ministros, essa quota foi diminuída para 15%.

O calendário negocial com o Ministério previa que até final de setembro estivessem negociadas matérias essenciais para a nova carreira profissional destes técnicos, como os mecanismos de transição na carreira ou tabelas salariais. Mas o sindicato considera que o Ministério da Saúde “continua a não cumprir os acordos estabelecidos”, mesmo em matérias que não têm incidência financeira no Orçamento de Estado.

Análises clínicas e exames complementares de diagnóstico devem ser os serviços mais afetados por esta greve nacional de dois dias. Caso nada se altere, a partir do dia 20 de outubro estes profissionais avançarão para uma greve por tempo indeterminado.

Esta quinta-feira, primeiro dia de paralisação, estão previstas concentrações de profissionais em Lisboa, no Porto, em Coimbra e no Funchal. A paralisação dos técnicos de diagnóstico e terapêutica ocorre um dia depois da primeira greve regional dos médicos, que aconteceu na quarta-feira na zona Norte e deve repetir-se nas próximas semanas no resto do país.

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