Uma mulher, de 47 anos, foi detida, esta quinta-feira, pela GNR pelo crime de ameaças agravadas a profissionais de saúde, em Campo Maior, no distrito de Portalegre, anunciou aquela força de segurança.

O Comando Territorial de Portalegre da GNR explicou, em comunicado, que a detenção ocorreu na sequência de uma denúncia por ameaças a duas assistentes operacionais, no Centro de Saúde de Campo Maior.

De acordo com a GNR, os militares “presenciaram a suspeita a proferir ameaças às vítimas”.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Comando Territorial de Portalegre da GNR revelou que este caso aconteceu durante a manhã, quando a mulher se deslocou ao centro de Saúde para recorrer uma consulta de urgência, tendo-lhe sido transmitido que esse serviço só estaria disponível a partir das 14h00.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A mesma fonte indicou que, perante essa situação, a suspeita proferiu no interior do centro de saúde “ameaças verbais contra as duas funcionárias“.

A fonte da GNR explicou ainda que este caso é tipificado como ameaças agravadas porque as vítimas são funcionárias públicas.

Os factos foram comunicados ao Tribunal de Elvas, tendo o processo passado à fase de inquérito.

A suspeita foi constituída arguida e saiu em liberdade, com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR).

No comunicado, a GNR recordou que está em curso o programa “Profissionais de Saúde em Segurança”, direcionado a profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, assistentes técnicos, assistentes operacionais, entre outros.

A iniciativa pretende “ser uma plataforma de articulação e de entendimento com os restantes atores com responsabilidades, ligados à área saúde, na promoção da segurança nas Unidades de Saúde”, de acordo com a Guarda.

Este programa, acrescentou, tem um “cariz marcadamente preventivo” de situações de violência, injúrias e discriminação, procurado reduzir ou minimizar os fatores de risco e aumentar ou potenciar os fatores de proteção deste grupo-alvo.