A China defendeu o seu comércio com a Coreia do Norte, justificando com a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que aponta que as sanções impostas a Pyongyang não devem afetar “necessidades humanitárias”.

Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, afirmou hoje que a China “implementa com rigor” as sanções, tendo banido as importações de carvão, ferro, marisco e têxteis norte-coreanos.

A China é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial da Coreia do Norte. Cerca de 90% do comércio externo de Pyongyang é feito com o país vizinho.

Dados das alfandegas chinesas revelam que as exportações da China para a Coreia do Norte aumentaram 31,4%, em agosto, face ao mesmo mês de 2016, enquanto as importações recuaram 9,5%.

“O Conselho de Segurança sublinhou que as resoluções não devem infligir um impacto negativo no bem-estar e necessidades humanitárias da Coreia do Norte”, justificou Geng.

A China, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com direito de veto, aprovou várias sanções contra Pyongyang, mas rejeita isolar totalmente o país, por temer uma queda do regime de Kim Jong-un.

O colapso do regime norte-coreano resultaria numa crise de refugiados no nordeste da China e na reunificação da península coreana pela Coreia do Sul, país aliado dos Estados Unidos, que disputa com Pequim a influência na região da Ásia Pacífico.

Em setembro passado, a Coreia do Norte realizou o sexto e mais poderoso teste nuclear até à data, no que revelou ter sido a detonação de uma arma termonuclear para ser colocada num míssil balístico intercontinental.

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