A ONU recebeu, entre julho e setembro deste ano, 31 novas queixas de abuso e exploração sexual presumivelmente cometidos por funcionários da organização, segundo anunciou esta sexta-feira a organização.

Do total, 12 das denúncias referem-se a atos cometidos durante este ano, enquanto dois são de 2016, seis de 2015 ou antes e 11 em data desconhecida, explicou o porta-voz Stéphane Dujarric.

Das 31 acusações, 12 são contra pessoal das operações da paz, concretamente membros das missões da ONU na República Democrática do Congo (quatro), na Libéria (três), na República Centro-Africana (duas), no Mali, no Sudão do Sul e ainda no Haiti (uma cada).

Outras 19 acusações são contra trabalhadores de diversas agências, fundos e programas, a maioria do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

De acordo com a ONU, do total de 36 vítimas, 72% são mulheres e cerca de 19% são raparigas menores de idade.

No total, 38 homens estão ligados a essas denúncias como alegados autores dos crimes, embora as Nações Unidas salientem que nem todas as denúncias foram verificadas e algumas estão numa fase de análise preliminar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Neste momento decorrem 14 investigações, das quais uma já se encontra fundamentada, enquanto outras estão sob estudo preliminar ou revisão, uma vez que a informação recebida é limitada.

A ONU indicou que a partir deste momento vai informar de forma regular acerca das denúncias de abusos que receber, parte integrante de uma estratégia de transparência posta em prática após os casos dos últimos anos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, aprovou um conjunto de medidas para responder ao problema, combater a impunidade e dar apoio às vítimas.