De visita a vários países asiáticos, o Presidente norte-americano Donald Trump não deixou de levar consigo, entre outros pertences, o “The Beast”, assim é conhecido o automóvel oficial em que se faz transportar. Aliás, para baralhar ainda mais os orquestradores de eventuais atentados, os serviços secretos americanos transportam sempre duas “bestas” idênticas, para que seja mais difícil saber em qual delas se desloca o líder dos EUA.

O transporte destes dois veículos, obviamente à prova de bala, envolveu uma complicada operação de logística, tanto mais que as “bestas” não vão sozinhas a lado nenhum, como aliás demonstram as fotos entretanto divulgadas, de forma algo surpreendente, pelos Serviços Secretos norte-americanos. Juntamente com as “bestas”, deslocaram-se oito SUV Chevrolet, também eles blindados, mas de forma mais ligeira do que as unidades ao serviço do Presidente, destinadas a transportar os homens que protegem Trump, bem como o resto da comitiva.

O imponente parque automóvel obrigou os serviços secretos a requisitar um enorme avião, um C-17 Globemaster, só para transportar as viaturas com que fará as suas deslocações em terra, nos diferentes países a visitar.

Quanto ao automóvel presidencial, também conhecido como “The Beast”, trata-se do mesmo Cadillac utilizado pelo antecessor de Trump, Barack Obama, e que entrou ao serviço em Janeiro de 2009.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Construído com base numa plataforma de um camião de médio porte, rumores avançam que existirão, pelo menos, 12 exemplares deste automóvel na Casa Branca. Qualquer um deles fortemente blindado mas, também devido a este facto, incapazes de ultrapassar os 97 km/h de velocidade máxima. Além de com médias nos consumos que deverão variar entre os 29 e os 64 litros para cada 100 quilómetros. Contudo, impulsionada por um enorme motor V8 a gasolina, a “besta” é capaz de ser bastante rápida de 0-100 km/h, ou seja, para fugir de qualquer atentado.

Nada melhor do que uma “besta” nova

Se Trump ainda utiliza a “besta” que serviu Obama, prepara-se em breve para estrear uma nova “The Beast”, pois desde 2013 que a Cadillac está a desenvolver numa nova limousine presidencial. O novo modelo, que não deverá inovar em termos de blindagem – pois esta já inclui o que de melhor existe no mercado, sendo um verdadeiro tanque de guerra (mas sem o armamento) -, deverá adaptar grande parte do actual design exterior, ao nível da grelha frontal e grupos ópticos, de forma a aproximá-lo da estética do Cadillac CT6.

Se a Cadillac vai conseguir produzir um novo automóvel blindado – ou um camião com aspecto de automóvel, para sermos mais precisos – não se sabe quem vai conseguir evitar que Donald Trump continue a cometer as gaffes que já o celebrizaram. A último teve lugar no Japão, logo no início desta incursão pela Ásia – nada melhor do que começar logo com o pé… esquerdo –, quando Trump exigiu que os japoneses passassem a construir veículos nos EUA, em vez de os fabricarem no Japão, para depois exportarem para a América. Esta posição até faria sentido, não fosse o caso de os japoneses já produzirem nos EUA 75% dos veículos que ali comercializam, o que só é possível porque já possuem 26 fábricas e 36 centros de investigação no país de Donald Trump. Ups!